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segunda-feira, 25 de março de 2019

Minha Opinião sobre o Google Stadia


Nessa última terça-feira (19/03/2019) houve um pronunciamento da Google na Game Developers Conference (GDC) -em São Francisco, Califórnia- na qual a mesma apresentou ao mundo uma proposta ambiciosa voltada ao púbico gamer. Trata-se de uma plataforma de games com uma biblioteca de jogos em nuvem com disponibilidade de acesso em tempo real.

Esse projeto a qual foi batizado de ''Google Stadia'' tem gerado as mais diversas reações no publico, alguns entrando em um nível de ''histeria hype'' enquanto outros apresentam cinismo quanto a noticia.

Por motivos de ''furo de reportagem'' estarei fazendo um artigo a respeito desse tema, parafraseando alguns sites de noticias e dando o meu parecer e minhas expectativas quanto a essa que promete ser a mais nova revolução no mercado de games.

Fala pessoal, como vão vocês? Hoje lhes trago um artigo sobre o Google Stadia, o que ele é, qual sua proposta, seus possíveis prós e contras.

Sem mais delongas, vamos ao tema desse texto então.



Diversos portais e sites de grande destaque ao público gamer tem feito matérias sobre o evento da GDC. Alguns tiveram o prazer de estarem lá ao vivo para poder assistir as conferencias e testar os novos produtos nas bancadas. Dentre os produtos anunciados eis o Google Stadia.


O Google Stadia será uma plataforma de games produzida pela Google e que tem como objetivo dar capacidade de acesso e transmissão em tempo real a jogos que estiverem disponíveis em sua biblioteca virtual em qualidade 4k a 60 fps, com a promessa de chegarem na marca de qualidade de 8k e 120 fps.

Essa plataforma gerá mantida no ar graças ao uso de diversos Data Centers (Centro de processamento de dados) do Google em sintonia para seus usuários acessarem os jogos que lá ficaram (já foram confirmados Assassin's Creed Origins e Doom Eternal)

O Project Stream como também fora batizado tem como proposta inicial ser lançado nos Estados Unidos, Canadá e Europa, porém sem data de previsão para demais países e nem uma data de lançamento da mesma.

Os requerimentos para seu funcionamento é o uso de uma conexão a internet constante a pelo menos 25mbps (Megabytes por segundo).

Seu grande trunfo são suas características como uma plataforma de ''jogos streaming''. Os jogos seriam disponíveis através de algum aplicativo por meio do Google Chrome e do Chromecast e não seriam necessários o uso de consoles, downloads ou loadings, pois seriam acessíveis em nuvem para Pcs, Tablets, Celulares e Notebooks tendo a possibilidade de serem gravados e compartilhados através de um botão em seu controle similar ao usado pela Microsoft.


O controle do Stadia seriam controles Wireless (sem-fio) com conexão direta ao servidor da plataforma e que teriam a capacidade de procurar pelos jogos, assistir outras pessoas jogando, compartilhar seu gameplay e até mesmo comando de voz.

Acho que a melhor definição que eu já ouvi sobre o Google Stadia (Obrigado Amer) é que ele se equipara a um ''Netflix dos jogos''.

Pois bem...

Para um maior compreendimento do assunto leiam essas matérias aqui e aqui sobre o Google Stadia.

Se vocês repararam, a grande sacada da Google é inovar criando uma plataforma virtual para jogos sem a necessidade de consoles. Algo que parece fantástico e que caso de certo provavelmente se tornaria tendencia no mercado de jogos. O problema começa já pela sua proposta...é algo muito futurista para se termos em mãos em pleno 2019. A ideia foca em servidores online com a necessidade de estar conectado a internet durante toda a experiencia e não obstante com uma exigência de operadora de pelo menos 25 megas.

Isso acaba quebrando as pernas de muitos consumidores (boa parte dos brasileiros inclusos) pois os serviços de operadoras móveis de internet são caras por aqui (Lá fora também é assim) e seus pacotes de banda-larga não possuem na prática uma conexão tão forte quanto a esperada.

Eu não sou de dizer estas coisas, mas o fato é que o projeto do Stadia acaba sendo muito elitista pois apenas uma parcela minuscula de pessoas terão acesso aos recursos para joga-lo.

Pode parecer besteira com lugares onde os planos de dados passem de 25 mbps, mas fora a necessidade de conexão minima para jogar no Stadia, o servidor estará processando e enviando uma quantidade imensa de dados...algo que em escala global -como eles planejam atingir como público alvo- acaba exigindo muito mais da internet, fora os efeitos colaterais disso como por exemplo o lag que deixaram partidas online injogaveis.

Outro ponto que pode ser preocupante seriam os servidores do Google: Como tudo ficaria alocado por lá, caso os servidores caiam, tchauzinho jogos.

Eu gostaria de ter mais para falar, mas acho que tem gente capaz de dar uma noção melhor da situação, com isso estarei encerrando o texto.

Colocarei aqui um podcast do Amer, na qual ele fala mais a fundo sobre alguns dos problemas que o Google Stadia pode vir a ter e fazendo algumas previsões a respeito.

(Aviso: O Amer possui um humor ácido e pode falar alguma coisa que lhe ofenda).


Outro comentarista a respeito das propostas do Google Stadia é o Minicastle Org


As opiniões deles são bastante similares e ao mesmo tempo complementares, pois um foca no público (Amer) enquanto o outro aborda os problemas do Google Stadia pelo ponto de vista de mercado e tecnologia.

Eu estou um pouco com o pé atrás do Stadia, as cobranças que ele faz parece faze-lo se direcionar a público nenhum...é um suicídio de mídia.

Como sempre quando eu tenho uma péssima previsão de alguma coisa eu sempre tento ser no fundo um pouco otimista e torcer para queimar a língua, mas aqui fica difícil. A Google fez promessas e não deu nenhuma garantia ou previsão de seu lançamento, não parece algo profissional vindo de uma grande companhia da tecnologia como ela.

Esse artigo claramente morreu durante seu desenvolvimento...lamento quanto a isso, mas eu tinha um ''script'' mental sobre o tema, mas acabou se perdendo logo em seguida. Eu esperava citar os pontos fortes e os fracos, mas estaria trabalhando apenas com suposições.

Meu conselho aos que leram isso aqui (ou melhor, aos que viram os vídeos anexados) é que permaneçam cínicos, o que vier é lucro, pelo menos não serão abatidos pelo hype.


Então é isso, não tenho mais o que dizer, espero que tenham gostado do artigo, caso não eu compreendo, recomendo que vejam outros artigos se você for novo para ter um melhor compreendimento da forma como trabalho aqui nesse blog, e caso venha a gostar, será muito bem vindo para dar suas sugestões e críticas.

Quanto a mim, voltarei a programação local, me aguardem.

domingo, 10 de março de 2019

A Moralidade ambígua de Tate no Yuusha no Nariagari


(Faz um tempão que não escrevo nada...)

(Tosse)

Tate no Yuusha no Nariagari é uma obra de fantasia que tem feito bastante polemica recentemente por conta de alguns personagens e suas atitudes, de modo geral as críticas negativas que são disferidas através das redes sociais são voltadas principalmente ao seu protagonista, Naofumi Iwatani...

Bem... eu gostaria de dedicar um pedaço desse artigo para dar meu parecer das coisas e de bônus falar sobre essa grande obra (no sentido de imersão) que é Tate no Yuusha.

Eu assisti o anime que foi apresentado a mim pelo meu amigo Alexandre lá pelo começo do ano, gostei e decidi acompanhar o mangá para ter um maior compreendimento da história, então vocês leitores já devem imaginar que irei dar muitos Spoilers.

Pois bem...eu irei falar muito, talvez fique confuso e divagante demais, mas quero testar esse ''formato'' e precisava expor minhas opiniões, não só pela analise em si, mas também para mostrar o ''outro lado'' dessa história.

Antes de mais nada, vamos a introdução padrão dos meus artigos, então acomode-se e me acompanhe.

Fala pessoal, como vão vocês? Hoje lhes trago uma analise de Tate no Yuusha no Nariagari, e em especial focado na exploração das facetas de seus ''heróis'' e porquê eles são tão fascinantes ou desprezíveis aos meus olhos (e possivelmente ao de vocês também).

Sem mais delongas, vamos ao texto.



Aviso: Esse artigo contém SPOILERS, veja o anime aqui.

Tate no Yuusha no Nariagari (The Rising of the Shield Hero/ A Ascensão do Herói do Escudo) é uma obra nascida como Web Light-Novel pelas mãos de Aneko Yusagi em 29 de Outubro de 2012 e posteriormente adaptado para mangá por Minami Seira em 5 de Fevereiro de 2014 e ganhando uma versão em anime por Takao Abo & Keigo Koyonagi (Diretor e Roteirista respectivamente) em 9 de Janeiro de 2019.



Sinopse:

A história gira em torno de Naofumi Iwatani que após interagir com um livro misterioso é transportado junto de outros três jovens para um mundo medieval na qual enxergam nos quatro jovens os ''heróis lendários da profecia''. Munidos com armas lendárias, eles teriam que salvar aquele mundo de ''ondas'' de calamidade que afligiam ao reino de Melromarc.
Tudo ia bem, até Naofumi ser enganado e traído por Malty S. Melromarc, a princesa que forja uma acusação de estupro e destrói a reputação de Naofumi perante a todos. Humilhado, em um mundo novo e desconhecido e sem ter como voltar para casa, Naofumi viaja em busca de salvar a todos enquanto busca se vingar pelas injurias que sofreu.


Ok... (quero que vocês se recordem desse trecho para mais tarde).


Agora que a sinopse foi dada, apresentarei os 4 heróis e a partir dai vou destrinchando o assunto que quero abordar:


Naofumi Iwatani:
Naofumi Iwatani (Herói do Escudo) tem 20 anos e em seu mundo era um universitário ingênuo e despreocupado cujo maior prazer era ler histórias de fantasia. Numa ida a biblioteca local, acaba se deparando com um livro que narrava a aventura de quatro heróis portadores de armas mágicas, sendo elas a ESPADA, a LANÇA, o ARCO e o ESCUDO.

Naofumi após ser roubado e acusado de estupro pela princesa Melty, é tratado pior que lixo por todos e acaba quebrando emocionalmente...o resultado disso foi ele tomar uma postura fria, pouco ou nada comunicativa e objetiva. Naofumi após os eventos do começo da história se fecha em uma casca de amargura e raiva e recorre a compra de escravos para ter alguém para lutar ao seu lado já que um escravo faz todas as ordens de seu amo, enquanto uma pessoa qualquer poderia ganhar a confiança de Naofumi e trair ele novamente.

Embora seja uma pessoa de semblante sério e aparente ser oportunista e ganancioso (cobra para fazer boas ações), Naofumi realmente se importa com as pessoas, possui uma natureza gentil dentro de todo aquele ressentimento e tem grande afinidade com magias de cura e afins.

(Por conta da obra girar em torno dele, sabemos mais coisas sobre ele do que dos demais).


Motoyasu Kitamura:
Motoyasu Kitamura (Herói da Lança) tem 21 anos, é um rapaz bem intencionado, porem é muito orgulhoso para assumir seus erros e é facilmente manipulável. Motoyasu é um mulherengo cujas suas aparições se resumem a cenas de ação (afinal é um guerreiro), alívio cômico (pois sempre acaba se ferrando) e cenas que nos deixam putos com ele (Isso eu não preciso explicar).


Ren Amaki:
Ren Amaki (Herói da Espada) tem 16 anos e é um sujeito reservado, ''lobo solitário'' e perspicaz, porém é muito arrogante e não mede as consequências de seus atos, sempre sendo emboscado por fortes vilões da série por subestima-los.


Itsuki Kawasumi:
Itsuki Kawasumi (Herói do Arco) tem 17 anos e a primeira vista parece ser um sujeito legal (só parece...). Itsuki é um rapaz tão orgulhoso quanto Ren, além de ser extremamente avarento e portador de um complexo de superioridade que só fica mais evidente com o desenrolar da história. A diferença dele quanto aos demais em relação aos seus defeitos...bem, ele sabe ''esconder''.


Tendo em vista que os quatro foram convocados para salvar o mundo, não fica difícil de se presumir que eles não podiam ser mais distantes do pensamento de senso comum sobre o que é um herói. Todos eles possuem sérios desvios de caráter enquanto alguns deles (Arco, Espada e Lança) mantem uma postura quase infantil e segura de si por basearem as experiencias naquele mundo com as experiencias ''vivenciadas'' em seus respectivos jogos online favoritos.

Para poder explicar melhor a respeito do tema, irei dar alguns spoilers pesados do mangá sobre a história do mundo magico de Tate no Yuusha.



No inicio das eras, haviam os primeiros quatro heróis que lutaram para salvar a humanidade, em forma de agradecimento aos seus atos, as pessoas fundaram a ''Religião/Igreja dos Quatro Heróis''.

Esse igreja cultuava aos quatro e seus respectivos atributos...porém uma guerra movida por razões politicas e raciais entre humanos e demi-humanos enfraqueceram a força da igreja que ficou dividida em dois lado hegemônicos: A ''Igreja dos três heróis'' (Espada, Arco e Lança) e a ''Religião do Escudo''.

A primeira ficou sediada em Melromarc e tinha uma regência similar ao Catolicismo, onde a figura máxima dela era um Papa.

Essa mesma igreja tinha invertido alguns valores que eram do firmamento da religião dos 4 heróis, uma dessas alterações foi a mudança de status que o ''Herói do Escudo'' carregava, de um santo, ele foi rebaixado para um demônio.

A Igreja dos três heróis possui grande influencia em diversos lugares, em destaque em Melromarc onde a mesma atuava em parceria da monarquia (similar a Idade Média).

Já a ''Religião do Escudo'' ficou sediada em Sheltwelt, um reino predominantemente povoado por demi-humanos e que alavancaram a posição do Herói do Escudo para um ''Padroeiro dos enfermos e oprimidos'', enquanto os outros três heróis apenas perderam seus status.

Nos sonhos da Raphtalia ela tem lembranças desse dialogo com seus pais...Coincidência? (Episódio 2)

Por fim...a grande sacada da ''Moralidade Ambígua'' é a forma em que são construídas narrativas e personagens que são intitulados de um jeito, porém demonstram não ser...ou então quebram paradigmas e mostram que podem ser falhos...algo que deixa um grande potencial para histórias com arcos conspiracionais repletos de reviravoltas.

Quem leu o mangá ou uma das Light Novels sabem quem é esse cara e como ele encaixa nessa temática.

Algo que é interessante de notar por conta da maneira que é descrita os heróis lendários é que aparentemente eles seguem um arquétipo estabelecido na hora de determinar a sua arma.

O ''Padroeiro dos ENFERMOS e dos oprimidos'' coincidentemente trabalhando como um curandeiro nas vilas por onde ele vai enquanto atuava como caixeiro viajante (episódio 7)

Naofumi manifestando as marcas da ''maldição do escudo'' depois de se deixar levar pelos sentimentos de ódio e desespero...algo que foi destravado depois de ser submetido as humilhações da monarquia em Melromarc. ''Coincidentemente'' a figura mais ''santa'' dentre os heróis apresentando uma forma corrompida (episódio 8)


Os quatro heróis são descritos como figuras quase divinas graças aos seus poderes e por supostamente serem figuras altruístas, valentes e nobres...porem fica claro que todos eles possuem objetivos próprios e fazem o que fazem ou por obrigação ou visando algo maior, seja ela a glória para inflar seus egos ou recompensas, e muitas vezes por conta dessa postura, acabam não se preocupando com as consequências de suas ações e o que seria ''bom'' acaba se tornando uma catástrofe

Exemplos de catástrofes geradas por atitudes idiotas.


Voltando a focar no Naofumi...armaram para ele por ele representar o simbolo máximo de algo que uma nação rival adorava. Naofumi fica tomado pelo ódio e sem ter a quem recorrer comete uma das maiores atrocidades (falando de moral) porem ao mesmo tempo uma das suas ações mais sensatas e vai em busca de um comerciante do mercado negro.

Voltando a assistir o anime em busca de imagens para o artigo, eu paro e penso: ''Não é engraçado como dentre todas as criaturas com grande potencial de força bruta, Naofumi demonstra interesse logo na Raphtalia (Uma Demi-Humana)?''


Pois bem, vamos falar de uma das melhores personagens da obra e de seu envolvimento com Naofumi, falemos de Raphtalia:

Raphtalia era uma criança alegre que vivia com os pais em uma pequena vila aos arredores de Melromarc, até que um dia uma onda de calamidade assolou o lugar. Como a vila era povoada apenas por demi-humanos, o reino fez vista grossa do ocorrido mandando uma patrulha de busca mais tarde ao local apenas para levar os sobreviventes para serem escravos.

Raphtalia acabou passando por muitas coisas até chegar doente e sem esperanças na jaula onde foi vendida pelo comerciante do mercado negro para o Naofumi.

Mesmo com um desejo latente de vingança e não dando a minima para nada, Naofumi mimava a garota e atendia algumas das necessidades básicas da mesma, em troca, ela teria que ser a sua ''espada'' e lutar por ele para que ambos pudessem prosseguir.

Dona de uma personalidade manhosa no principio, Raphtalia descobriu quem era Naofumi e passa a admira-lo, prestando assistência ao mesmo e chegando ao ponto de seguir suas ordens por livre vontade ao invés de fazer pelo medo e pela condição da marca da escravidão que a eletrocutaria caso desobedecesse.

O grande trunfo da Raphtalia é que mais do que a ''espada'' de Naofumi, ela se tornou seu ombro amigo, alguém que conseguiu atravessa toda aquela armadura de ressentimento e magoas e salvar o seu companheiro do pesadelo que estava vivendo.

Raphtalia se tornou a coisa mais preciosa (por mais que Naofumi não admita) para o Herói do Escudo, ela se tornou tão importante que ela era a voz de ternura e razão que fazia ele voltar a si depois de entrar no modo frenesis da ''maldição do escudo''.

Porem...independentemente das boas intenções de ambos os lados, tanto dentro quanto fora da obra, o fato dela ser a escrava de Naofumi gerou revolta e polemica.

Bem...eu gostaria de tomar a dianteira e falar sobre o que eu penso, mas ficarei só como fala complementar e deixar a própria autora falar a respeito disso (alias, você pode ver a entrevista dela aqui)


''Eu gosto de pensar em Naofumi como um espelho. Ele responde a gentileza com gentileza, e ao mal com mal. Como um fragmento de um espelho quebrado, ele tem algumas pontas que machucam, mas no fim das contas ele é um personagem empático que se importa com os outros.

Quanto à compra de um escravo, ele foi forçado a fazê-lo por causa de sua situação – ele precisava de ajuda de outros em um local e época onde ninguém queria ajudá-lo. No mundo moderno, onde as pessoas são movidas e controladas pelo dinheiro, funcionários de empresa têm muito em comum com escravos.

É preferível ter moral, mas criamos um mundo onde quem é totalmente ético não consegue mais sobreviver. Tem muita gente por aí que simplesmente não responde à ética – diante de pessoas assim, que opção resta além de insistir emocionalmente em seu espaço e seus pontos de vista? Minha intenção é mostrar que, diante de inimigos assim, muitas vezes não temos escolha a não ser lançar um contra-ataque.''

(Nota: Grifei algumas partes que achei serem relevantes)


O mundo fantasioso de Tate no Yuusha no Nariagari é inspirado em um universo medieval, com praticas e visões similares aos datados da época, naqueles tempos era algo extremamente normal as pessoas terem vassalos (escravos).

 Naofumi nada contra a maré de tudo aquilo que prega o que é ser um ''herói bom''. Ele é um dono de escravos, é enigmático com seus sentimentos, faz suas ações como moeda de troca, foi acusado de molestar uma herdeira ao trono (mesmo sendo inocente, essa acusação feriu gravemente sua reputação e a ele) e demonstra desinteresse aos problemas alheios. Mas mesmo assim, Naofumi se importa com as pessoas ao seu redor, tem um grande senso de proteção, salvou centenas de vidas seja curando enfermos ou salvando de um ataque de monstros e mima suas companheiras como se fossem suas filhas.


Para poder sobreviver por mais um dia e bancar as despesas de viagem e suprimentos, Naofumi adquiriu posse de Raphtalia e Firo (um ''chocobo'' que pode se transformar em uma menina com asas), treinou e providenciou equipamento para ambas, aprendeu a ler o idioma daquele mundo, se tornou um artesão de jóias, curandeiro e caixeiro viajante (Eventos que podem ser vistos no anime mesmo).

Ao invés de simplesmente demonstrar indignação ou revolta pelas coisas que acontecem com os camponeses assim como os outros heróis quando embarcam em alguma missão, Naofumi Iwatani vai além, ele demonstra empatia e não tendo muitas opções, vive uma vida comum e luta pelas causas dos necessitados, enquanto os outros três heróis vivem de regalias no palácio e só carregam consigo uma força superficial...pois não detêm posse das experiencias e conhecimentos que o Herói do Escudo tem por viajar por ai por sua conta e risco.

Naofumi foi desafiado no episódio 4 pelo Motoyasu (lança) valendo a liberdade da Raphtalia. Naofumi não tinha nada alem do seu escudo (que convenhamos, mesmo sendo categorizado como uma ''arma lendária'', não tem poder ofensivo real na hora do aperto) e uns monstros de nível baixo em suas vestimentas, contra um sujeito com quase o dobro do nível e com ataques elementais de diferentes propriedades.

Resultado? (Tirando a parte onde Naofumi perde pois alguém interfere na luta)


Alias...um pequeno spoiler para o pessoal que só acompanhou o anime, eles chegam a ter uma revanche.
Acho que não preciso explicar o que aconteceu...

E pra encerrar quero falar do ''Elefante na sala'', que são as polêmicas que cercam a obra e a minha opinião a respeito das mesmas.

Pois bem...lembram no começo que eu pedi para ''guardarem'' aquela sinopse? Pois é aqui que ela entra.


Muitas pessoas tem se sensibilizado com a história de Tate no Yuusha, não compreendem o que a autora quis passar e começam a acusar a obra do que ela não é.

Uma das críticas que li a respeito sobre a acusação de estupro que a Malty fez ao Naofumi é que ela estaria ''relativizando o estupro'' e fazendo as mulheres parecerem mentirosas e oportunistas...
Ta ai uma acusação forte, mas eu tenho uma ideia melhor...A Malty é uma antagonista psicopata!!!

O que eu vou falar (escrever) pode ter sentido ou não, ai vai da interpretação e da opinião de vocês, mas uma coisa que o senso comum sempre pregou foi o sacro-santismo feminino.

Vocês sabem, sempre existe uma comparação (normalmente feita com crianças), onde falam/pensam de forma generalizada que todo menino é briguento, mal-educado, bagunceiro, burro, desleixado, e etc... Enquanto as meninas eram fofas, meigas, delicadas, esforçadas, belas, cooperativas entre outras coisas...

Isso é uma base de arquétipo. Levando em consideração esse tipo de visão, quando algum autor de uma obra, seja um filme, uma animação, uma peça de teatro ou um game faz um vilão, é quase certeiro que esse vilão será marcante se for protagonizado por uma mulher (minha opinião, e sim, sei que é polemica e talvez idiota).

O fato é que as pessoas não esperam por isso, é isso que traz o climax na hora da revelação.

Querem ver exemplos de vilãs que se demonstraram grandes desafios para os heróis?


Azula de Avatar: A Lenda de Aang não só é uma vilã, como também uma das maiores antagonistas da série, ela é prodigiosa, estrategista, habilidosa e sempre esta um ou dois passos a frente de seus adversários, se não bastasse isso, como personagem ela é fria, psicótica, abusiva, controladora, e manipula as pessoas através do medo.


Querem mais?


As vilãs da Disney que são em sua maioria o exemplo clássico de ''Rainha Má'', ''Madrasta Má'', ''Bruxa má'', entre outras coisas. Vale lembrar que todas elas carregam alguma característica marcante de algo que consideramos perigoso ou hediondo. A Rainha má da Branca de Neve é uma narcisista egomaníaca que não suportando a ideia de ter alguém mais bonita do que ela, manda um mercenário para mata-la. Cruella De Vil é uma poderosa mulher de negócios, excêntrica e com status financeiros para conseguir ter posse de tudo, não dando valor a vida animal se ver potencial em suas peles para fazer um casaco elegante. Ursula de A Pequena Sereia era uma estelionatária que vivia na parte mais podre do Oceano (ninguém gosta de se imaginar indo ou interagindo com os ''mal elementos'' de um lugar perigoso)

Esther de A Órfã é uma ''garotinha'' com um terrível segredo sobre sua identidade, é violenta e engenhosa.


(Tosse)


Eu odeio a Malty, ela foi feita justamente para ser desprezível, é uma pessoa que faz coisas absurdas apenas porque sabe que pode pois tem poder real e portanto ninguém seria louco de a confronta-la. Porem, se por um lado ela é odiosa, ela é fantástica, pois por conta das ações que ela fez/faz culminou no começo da história do Naofumi como o herói ambíguo que tem um dever, mas reluta em ajudar aqueles que o prejudicaram. Entendem...foge do marasmo.


Agora se tratando do tema de escravidão:


Histórias fantasiosas sobre viagens no tempo, viagens a outras civilizações/planetas, universos alternativos ou de realidades pós-apocalípticas nos dão a liberdade de visualizar culturas primitivas ou não, que podem compactuar com coisas que a nossa sociedade atual aboliu e abomina.

Quer um exemplo de um mundo futurista onde coisas terríveis acontecem?

Quer um exemplo de um mundo medieval onde coisas terríveis acontecem?

O ponto que quero chegar é que não é porque uma obra apresenta um conteúdo questionável que ele serve de propaganda para aquilo acontecer. Tate no Yuusha se passa em um universo medieval, é irônico as pessoas de Melromarc abominarem o fato do Herói do Escudo deter posse de um escravo, sendo que essa mesma escrava em questão foi capturada e vendida ao mercado negro por eles mesmos e pela sua nação dar liberdade para que pessoas tenham posse de um. Então é ok capturar e vender escravos nesse mundo, mas é errado te-los? WTF?


Enfim...



Considerações Finais:

Tate no Yuusha no Nariagari tem sido o anime do momento...possui uma ambientação fiel a temática medieval, cenários riquíssimos de detalhes (observe as comidas das tavernas nos episódios mais focados em slice of life), bons personagens, efeitos visuais bacanas e uma comédia engraçada.

Acho legal também alguns elementos visuais estilo layout de RPG que o anime e o mangá apresentam na hora de mostrar as habilidades e arvore de skills dos 4 heróis.

A interação e o carisma da party do Naofumi também é algo fantástico, você se apaixona por cada cena dele interagindo com as pessoas a sua volta e revelando aos poucos seu lado gentil novamente.

Porém, uma coisa que é valido criticar é o posicionamento e o desenvolvimento dos outros três heróis...eles raramente aparecem e quando aparecem sempre fazem alguma merda. Seria bacana se fossem protagonizadas mais cenas como essa.
Ignorem por um momento a última fala do Motoyasu. Por um breve momento ele se abriu para Naofumi  reconhecendo suas ''habilidades'' e pediu sua ajuda para amparar uma garota com tendencias suicidas em uma praia.

Eu já devo ter enchido o saco de tanto falar das partes que eu admiro no Naofumi, de quebrar paradigmas, e isso e aquilo, porem os outros três heróis possuem tanta importância narrativa e tanto potencial e quase não são mostrados os desenvolvimento deles, seja treinando ou crescendo como pessoas.

Motoyasu serve como personagem ''suporte do herói'', aquele cara que é bem intencionado, luta ao lado do protagonista, tem carisma, é engraçado porem sempre faz alguma besteira. Yamcha de DBZ era assim.

Ren é o menos desenvolvido dos heróis, ele quase nunca se expressa, normalmente solta alguma fala óbvia e inteligente sobre o tema da conversa e volta a se tornar elemento do cenário. Seria legal se tirassem essa coisa ''Sasuke'' dele e ele fosse mais aberto tanto a interações quanto a sua história, dos quatro ele também parece ser o menos ''sujo'' então um pouco de esforço o colocaria nos eixos.

Já Itsuki...fica bem difícil trabalhar esse cara sob a visão de um herói. Eu acharia uma grande reviravolta se um dos heróis se tornasse um vilão, e até o presente momento Itsuki é o com maior potencial para isso. No anime que não esta muito avançado na história, Itsuki é basicamente um ''Ren segundo''.

Eu imagino que futuramente eles irão deixar suas diferenças de lado e trilhem um caminho de redenção em busca de salvar o mundo. Motoyasu não é irritante por si só, acontece que ele anda pra cima e para baixo com a Malty e não percebe que ela usa de seu título para facilitar os podres que ela comete.

Tanto é verdade, que a autora da obra desenvolveu uma ''sequencia'' chamada ''Yari no Yuusha no Yarinaoshi'' onde o protagonista é o herói da lança que após (SPOILER), acaba voltando no tempo para o começo de ''Tate no Yuusha no Nariagari'' e possuindo a experiencia que adquiriu ao longo da série, luta em busca de ajudar as pessoas e impressionar a Firo.
Não cheguei a ler, mas pelos comentários que vi, a série foca mais em um humor despreocupado. É uma expansão do universo da obra interessante e ajuda a conhecer mais sobre um dos personagens da trama.


Bom...disse tudo o que eu tinha para dizer, então cheguei na parte onde encerro as coisas.

Para falar bem a verdade foi difícil produzir esse artigo, não pela sua complexidade ou porquê faltava material para apresentar a obra em si, mas porque eu simplesmente não sabia como começar o artigo...eu fiquei tanto tempo parado que tinha enferrujado de vez e ficava praticando sobre o que escrever para ''criar coragem'' e trazer esse tema a vida.

2019 até o momento tem sido um ano bem medíocre em relação as minhas postagens aqui no blog, peço desculpas quanto a isso, mas a verdade é que muita coisa aconteceu que me mantiveram ocupado: Volta as aulas da faculdade, Autoescola, Serviço, minha procrastinação e uma quase crise nervosa.

Eu estou bem se quiserem saber, porém ainda estou me acostumando com a nova rotina, tem sido um pouco duro dar conta de tudo, mas o importante é que estou fazendo.

Se tiramos uma lição disso tudo é nunca deixar para depois o que você pode fazer agora e nunca se dar por vencido...

É...

E antes que eu me esqueça, estarei passando o link do Blog Anime21 que eu achei enquanto procurava imagens para esse artigo. Ele faz resenhas/reviews de animes e eu particularmente gostei do formato e da sua narração, depois desse artigo gigantesco, deem um pulo por lá.

Então é isso, espero que tenham gostado desse texto. Sejam bem-vindos aos que descobriram o Blog nesse artigo, e quanto aos demais, me sigam no Twitter e no Facebook.

Até a próxima e tchau.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

Boku no Hero Academia: O amadurecimento e a rivalidade de Midoriya e Bagukou


Feliz 2019 galera!!!!!!
...

(tosse)

...

E então, quais as novidades que vocês contam? Passaram o Réveillon ao lado de seus amigos e familiares? que bom. Para começar o ano com o pé direito eu irei dar continuidade a temática de Boku no Hero Academia da qual falei da última vez sobre a Visão de Mundo dos Vilões.

Dessa vez, o meu objetivo será explorar as origens e o desenvolvimento de dois dos mais importantes personagens da obra da série; basicamente o protagonista e o co-protagonistas, falo de Izuku Midoriya e Katsuki Bakugou.

Sem mais enrolações, vamos a analise (Eu já falei antes sobre a sinopse do anime no artigo anterior, mas irei dar uma breve pincelada mesmo assim).

Ah, quase esqueci de comentar uma coisa:

''Eu não vou tentar nutrir uma bolha de hype por esse anime''

Então...Eu acabei sendo tomado pelo hype e acabei lendo o mangá online de Boku no Hero até onde ele lançou (Sim...eu li em um dia uns 100 capítulos), neste caso, esse artigo será recheado de SPOILERS de coisas que nem sairão ainda, e usarei parte dos eventos do mangá para dar complemento ao crescimento pessoal, acadêmico e heroico dos dois personagens, traçando em diversos momentos paralelos entre eles durante as fases da obra.

AVISO: Esse artigo contém SPOILERS, veja o anime aqui.

Boku no Hero Academia (Conhecido nos Estados Unidos e em outras regiões como ''My Hero Academy) é uma obra Shonen (ação & aventura) de comédia dramática, fantasia e ficção cientifica criado por Kõhei Horikoshi em 7 de Julho de 2014, adaptado para anime por Kenji Nagasaki em 3 de Abril de 2016.

Na obra acompanhamos um mundo onde ''super-poderes'' existem e a forma como eles acabaram modelando a sociedade, girando em torno de Super-Heróis e Super-Vilões que se confrontam por seus ideais usando suas ''individualidades'' (O nome dado aos ''super-poderes'').

Nessa obra acompanhamos os passos de Izuku Midoriya de um garoto sem individualidade com uma forte ambição de se tornar um herói seguindo os passos de seu maior ídolo, o ''Simbolo da Paz e Herói Nº1, All Might, para um herdeiro do poder ''One for All'' e indo estudar em uma escola para super-heróis para aprender a usar seus poderes e aprender valores que serão essenciais para o futuro.

Pois bem...vamos então nos ater em Midoriya:
Midoriya é um menino gentil e de forte ideologia, inspirado nos grandes heróis, a criança fala pelos cotovelos e segue para cima e para baixo com um caderno de anotações da qual usa para escrever sobre individualidades de outros heróis com o objetivo de estudar elas e descobrir com elas alguma forma de se aprimorar.
Embora fosse uma criança sonhadora, o mundo inteiro colocava ele para baixo no que se referia ao seu sonho: Izuku nasceu sem individualidade em um mundo onde 4/5 da população global possui alguma característica especial, e por conta disso seria impossível ele poder se tornar um herói.
Por conta desse tratamento que ele recebe, Izuku Midoriya cresceu até seus 14,15 anos com uma baixa alto-estima e uma grande timidez, mesmo quando é posto contra a parede e confrontado pelos seus sonhos, o garoto não reagia por ser inseguro quanto a ausência de suas habilidades.
Izuku tem como pais pessoas com individualidades (O pai ausente pelo trabalho tem poder de ''cuspir'' fogo e a mãe tem o poder de atração de objetos) e que vendo as limitações do filho, nunca deixaram de o apoiar, mas já houveram momentos em que eles foram realistas e precisaram falar para o filho que seu sonho não era realidade.

Agora vamos falar de Katsuki Bakugou, um colega de infância de Midoriya, a qual ele (Midoriya) via como um amigo, mas a relação não era reciproca:
Katsuki Bakugou é um garoto aventureiro, impulsivo e violento que conheceu Midoriya nos tempos de Jardim-de-Infância e seguiram estudando juntos até o Ensino Fundamental. Filho de uma mãe de temperamento explosivo e exigente, Katsuki cresceu em seus moldes e se tornou um pavio-curto que não leva desaforo para casa. Onde ele ia, Bakugou se destacava devido sua enorme coragem e sua individualidade de gerar nitroglicerina a partir de seu suor e assim poder criar explosões.
Assim como Midoriya, Bakugou nutria uma enorme admiração por All Might, visando em ser FORTE como ele e um dia poder supera-lo.
Por se destacar por sua personalidade e força, a criança cresceu com um enorme ego e passou a destratar aqueles que ele visse como inferior, o que resultou no Bakugou destratando o jovem Midoriya.

Isso acaba nos trazendo para os eventos iniciais do anime quando All Might chega na cidade dos dois, em busca de um monstro de lodo.

 Ao ser salvo do ataque do Sludge (o monstro de lodo) por All Might, Midoriya tenta com todas as forças se agarrar ao herói com o objetivo de perguntar a ele se seria possível ser um herói mesmo não nascendo com nenhuma individualidade. All Might que não queria saber do garoto de cabelo de brocolis, nega e vai embora, mas acaba tendo que salvar outro garoto (dessa vez o Bakugou) do ataque do sludge que havia escapado por culpa do Midoriya.

All Might se surpreende em meio ao caos que estava acontecendo e vendo que mesmo sem nenhuma individualidade, Midoriya tenta fazer de tudo para salvar a Bakugou, não se importando em por sua vida em risco. Sem maiores dificuldades o herói derrota em definitivo o vilão e decide ter um papo com o Midoriya.

Dentro de uns 10 meses haveriam vagas para novos alunos que ingressassem na U.A (A escola de super-heróis) e ao ver o potencial de Midoriya, All Might se encontra disposto a treina-lo e concede-lo o seu poder.

E então 10 meses de um duro treinamento se passam e vemos os resultados:

Midoriya depois de crescer muito em força física e resistência, estaria com o minimo necessário para poder suportar o One for All em seu corpo, porem, ainda era um garoto inseguro e chorão que não sabia controlar bem seus poderes. Devido a enorme força que ele carregava agora, sem maiores esforços seus ataques tinham como efeito colateral vários de seus ossos quebrados o limitando muito no fim de cada luta e o forçando sempre a treinar mais e mais.

E então começa as aulas na U.A

Midoriya acaba fazendo amizades com quase todos, com exceção inicial de Todoroki Shoto que seria em determinado ponto um rival de Midoriya por questões ''familiares''.
Entre seus amigos, Midoriya conheceu e se afeiçoou com Ochako Uraraka da qual gosta muito porem não tem coragem de assumir e Tenya Lida, o líder de classe certinho com uma história incrivel de admiração pelo irmão que o fez crescer para ser um herói.

Midoriya passa por muitas transformações graças a seus amigos e professores, fazendo despertar um lado mais competitivo, corajoso e até imprudente em relação aos perigos. Midoriya sempre acaba ganhando os holofotes de grandes acontecimentos por sempre usar de sua inteligencia para formar planos mirabolantes que ajudam a sair de uma situação arriscada sem maiores prejuízos.

Já Bakugou passou por algumas leves mudanças, continuava arrogante e destratando a todos, porem fez duas amizades da qual uma em especial é com alguém da qual ele não trata feito lixo, seria o caso de Kirishima Eiijirou (o Ruivo) e Denki Raminari (o loiro).
Bakugou era competitivo, ansioso por mostrar suas habilidades e tinha uma visão bruta do oficio, da qual se fosse preciso ser rude e quase matar uma pessoa com uma de suas famigeradas explosões para salva-la, ele o faria.
Em alguns momentos desse arco seria possível ver um lado que só mais tarde seria desenvolvido por parte de Katsuki, que é a impotência que ele sente e guarda para si mesmo; ele vive eternamente em guerra com o Midoriya e não consegue acreditar que alguém que ele humilhou tanto do nada adquire um grande poder e consegue supera-lo em diversos momentos.

No primeiro confronto em que Midoriya e Bakugou travam em um teste de desarmamento entre ''heróis e vilões em duplas'', Midoriya não era páreo para o poder de fogo e a agilidade de seu oponente, mesmo assim usando de trabalho em equipe com Uraraka, conseguiu ludibriar seu adversário e chegar ao objetivo, fazendo Bakugou sentir o gosto amargo da derrota e ficar PUTO com Midoriya. 

E então vemos mais um crescimento em Midoriya (já que o estágio não surte efeito no Bakugou) após os eventos da competição entre salas e o ingresso para o estágio com um super-herói.

Ao treinar e receber ensinamentos sem-nexo de Gran Torino (Antigo mestre de All Might), Midoriya aprende a controlar melhor seus poderes, fazendo com que a energia do One for All percorresse por todo seu corpo de maneira continua, podendo assim aumentar sua velocidade e usar todo o seu corpo para superar obstáculos além de ter controle total de 5% da força do One for All.

Essa saga esta interligada com a do assassino de super-heróis Stain, e foi o ponto de partida para grandes eventos da qual eu expliquei no ultimo artigo; Midoriya ficou de frente para a morte e precisou treinar mais seus movimentos, o que fez ele em um breve momento se inspirar na movimentação agressiva de saltos do Katsuki.


Após o pessoal da 1-A (Sala de aula ministrada por Aizawa Shouta da qual Midoriya é aluno) passar em um teste de aptidão, eles vão fazer um treino rigoroso sob pretexto de que iam tirar uma folga em um acampamento de verão, mas as coisas não saem como planejado e o pessoal é atacado pela Liga dos Vilões e Katsuki é sequestrado.
Prestem atenção em dois detalhes: Midoriya todo machucado pelas consecutivas lutas que travou durante esse arco, e Bakugou sendo raptado diante de seus olhos dizendo para que Midoriya não o siga...um raro momento de preocupação de Katsuki perante Midoriya que seria morto assim que fosse parar do outro lado do portal (era destinado ao covil da Liga dos Vilões que embora tenham sofrido algumas baixas, os demais membros estavam levemente feridos ou ilesos).

Esse acontecimento é responsável por uma série de eventos catastróficos porem necessários para o amadurecimento de ambos: Midoriya teve que lidar com a ''perda'' de seu amigo e foi as escondidas com alguns amigos resgata-lo e tremeu diante de All for One, e Bakugou mesmo tendo sido resgatado, ficou com um enorme peso na consciência pelo fato de All Might ter se ferrado na luta contra All for One e deixado de ser o Herói número 1.

Após esses eventos, o pessoal se recupera quase que totalmente, com exceção do Midoriya que após quase perder os braços pelo uso excessivo do One for All (também, queriam o que? o garoto usou ''1.000.000%'' em um golpe para derrotar o Muscular), é advertido de que se abusar demais de seu poder de novo, se tornaria irreversível.

Com o objetivo de fazer modificações em seu uniforme para dar melhor segurança em seus ataques durante um treino de ''golpes próprios'', Midoriya acaba tendo a ideia de sair da sombra do All Might e começar a usar chutes como técnica exclusiva.



Alem desse crescimento pessoal e de destreza, Midoriya saberia controlar em todo o seu corpo o poder de 8% de sua individualidade e de usar ataques com até 20% sem maiores efeitos colaterais.

Por outro lado, Bakugou não estava muito distante:
Bakugou aprendeu a criar explosões muito maiores e a canalizar todo esse poder de fogo em um único ponto para que a força de seus golpes fosse muito maior.

E então temos o mini-arco da competição entre escolas de heróis na qual Midoriya acaba aprendendo mais sobre resgates e trabalho em equipe e acaba sendo aprovado recebendo uma licencia temporária para atuar como herói, enquanto Bakugou falha devido sua personalidade violenta.

No final desse arco, Bakugou acaba ligando os pontos e percebendo que Midoriya herdou os poderes de All Might e decide tirar essa história a limpo com Midoriya.

E os dois lutam novamente, diferente da última vez, eles lutam de forma equilibrada (e que luta senhoras e senhores), mas mais importante que isso, essa luta acaba ajudando os dois a verem o lado do outro e a dicotomia que eles levavam em suas vidas começa a trilhar um caminho mais próximo.

Após o fim do combate (Midoriya perdeu), All Might aparece para separar a luta e conta toda a história para Bakugou.
Diante o sentimento de culpa pelo fim da era do All Might, Bakugou se martiriza e remoí sua fraqueza, chegando ao ponto de admitir diante de Midoriya que ele se sentia fraco.


E a partir desse ponto (finalzinho da 3ª e até então última temporada do anime), Midoriya e Bakugou começam a trabalhar melhor sua amizade (Isso não significa que Bakugou tenha mudado a forma ofensiva e arrogante de ser, porem reconheceu Midoriya como um rival e faz de tudo para se espelhar nele em suas ações, da mesma forma que a partir dai Midoriya faz um juramento de nunca mais perder e passa a lutar com mais coragem e até desafia Bakugou).


...

Só daqui vocês já podem sentir o progresso que ambos carregaram: Midoriya teve um crescimento constante, aprendendo com seus erros e sempre superando desafios usando de sua inteligencia e força de vontade. Já Bakugou vemos um lado aflorado nunca antes mostrado dele, um sujeito que possui uma casca forte de violência e orgulho, porem que era abalado por dentro por acompanhar em ritmos irregulares o crescimento de Midoriya e em determinado momento passa a enxerga-lo como uma inspiração para crescer, desenvolvendo mais compaixão e paciência (por mais que não demonstre).


Ainda existem os eventos presenciados no mangá, mas pensando bem, acho que irei parar por aqui pois esse artigo já esta ficando longo, e já usei alguns trechos futuros para explicar melhor a relação de confiança que ambos um dia terão e quão fortes ficaram. Aos curiosos que queiram saber o progresso que eles tiveram, eu deixei linkado acima o mangá para vocês acompanharem.



Considerações Finais:

E é isso, esse artigo focou apenas em explorar a dicotomia (olha que legal essa palavra aparecendo de novo, não é mesmo?) que é a personalidade e relação entre esses dois personagens, mas se eu quisesse abordar como tema universal o amadurecimento do elenco, dai eu não iria mais acabar o assunto, pois o anime tem um cast de jovens em fase de adolescência onde as transformações são constantes.

Eu poderia citar o desenvolvimento de Todoroki Shouto de um garoto frio e sem a menor intenção de fazer amigos ou de usar seus poderes de fogo herdados de seu pai desgraçado, para um sujeito que encontrou a verdadeira paz, fez amizades com Midoriya e Momo e que mesmo com grande ressentimento de seu pai, aprendeu a usar seu poder de fogo.

Eu poderia citar o caso de Tenya Lida que mesmo sendo tão centrado, caiu por conta de sua sede de vingança durante o arco do ''assassino de super-heróis'' por conta de uma das vitimas ter sido seu irmão.

E mais uma porrada de outros personagens da qual o anime trabalha de maneira maravilhosa um sistema de ''rodizio'' que permite que todos tenham em algum momento a oportunidade de brilhar.

Então era isso, espero que o pessoal tenha gostado de ler até aqui, desejo a todos boa sorte com esse ano que acabou de começar e vamos nos esforçar para sermos pessoas melhores do que no ano passado.

Pois é...

Caso tenham sugestões, dúvidas e críticas para fazerem, me mandem nos comentários, me sigam no Twitter e no Facebook, é isso, que venham mais artigos, até a próxima e tchau.