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segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

Boku no Hero Academia: A visão de mundo dos vilões


Não é nenhuma dúvida de que em anos recentes, Boku no Hero Academia surgiu e se tornou um dos animes shonens mais bombásticos de todos...claro, não é equiparável a febres do passado como Cavaleiros do Zodíaco, Dragon Ball e Naruto, mas é certo afirmar que assim como eles, BnHA se tornou responsável por apresentar o mundo dos animes para a nova geração.

Da primeira vez que eu assisti o anime de BnHA, ainda estava sendo lançado episódios da 2ª temporada (na época em que parei de assistir, o último episódio a sair foi aquele onde o Midoriya foi fazer estágio de herói com o GranTorino). Pois bem...eu estava tentado a voltar a assistir a esse anime na expectativa de encontrar alguma coisa relevante para poder falar sobre, mas mesmo assim eu ainda precisava de um ''empurrãozinho''.

A uns dias atrás eu estava assistindo um compilado de vídeos de temática ''Gif with Sound'' e foi quando me deparei com esse vídeo.


Resumo da ópera: Aos 40 segundos de vídeo, aparece uma cosplayer (linda de doer os olhos) chamada Stellalasaurus fazendo cosplay de Himiko Toga e isso me deixou hypado ao ponto de voltar a assistir Boku no Hero.

E foi o que eu fiz...passei os últimos dias botando em dia o anime e achei bastante material para poder debater sobre o lore da série, mas algo que me chamou mais ainda a atenção é a forma como é vista e trabalhada a visão de mundo de Boku no Hero pelos tenebrosos e pragmáticos membros da Liga dos Vilões.

...

Fala Pessoal, como vão vocês? hoje eu irei falar sobre ''A Visão de mundo dos vilões'' e de quebra irei contar um pouco sobre o universo da obra ''Boku no Hero'' e seus vilões.

Antes de mais nada, vocês precisam saber que as informações que irei apresentar serão todas retiradas do ANIME, então muita coisa que pode ser crucial para o complemento desse artigo passou batido, algo que posso corrigir futuramente no próximo ano quando lançarem a 4ª temporada do anime e eu vá buscar mais a respeito no mangá.


AVISO: Esse artigo contém SPOILERS, veja o anime aqui.
Boku no Hero Academia (My Hero Academy/ Minha Academia de Heróis) é uma obra de gênero shonen (ação & aventura), comédia dramática, fantasia e ficção cientifica criada por Kõhei Horikoshi e publicada pela Shueisha em 7 de Julho de 2014 e que foi adaptada para anime por Kenji Nagasaki produzida pelo estúdio Bones em 3 de Abril de 2016.

O universo de Boku no Hero é inspirado no nosso mundo contemporâneo, tendo como mudança o fato de existir pessoas dotadas de habilidades especiais, chamadas ''Individualidades''.

A muitas décadas atrás um fenômeno raro passaria a ter inicio e se tornar cada vez mais comum, seriam os casos de nascimentos de crianças dotadas com alguma habilidade ou formação corporal fora do comum...tudo isso teve inicio na cidade de Qingqing na China, onde o primeiro sobre-humano nasceria com o poder da luminescência (ele emitia luzes pelo corpo).

Desde então em diversos lugares do mundo foram surgindo casos de crianças super dotadas de capacidades físicas, psíquicas e cognitivas que iam alem da compreensão da sociedade da época.

Com o passar dos anos, houve uma grande onda de preconceito, medo e revolta pela parte ''normal'' da população com aqueles abençoados com algum tipo de poder (bem ao estilo X-Man).

Depois de algum tempo, mais e mais pessoas especiais nasceriam e em determinado momento eles adquiririam direitos como qualquer outro e passariam a ser parte integrante da sociedade.

Por conta de seus incríveis poderes, a humanidade evoluiu muito em diferentes aspectos devido a facilidade de se realizar determinadas tarefas por conta de seus poderes.

Isso acabou virando uma faca de dois gumes e eventualmente passaria então a ter uma nova onda de criminosos, dessa vez dotados com essas habilidades. Para que pudessem ser combatidos, nasceu o conceito de ''Herói'', um sujeito justiceiro que faria o bem sem olhar a quem e que combateria a todo tipo de mal enquanto resgataria pessoas em perigo.

Nessa época de muito tempo antes do tempo presente, houve um vilão que se destacou dentre os demais por causar o terror. Esse vilão era All for One.

All for One era considerado uma ameaça sem igual, tendo até mesmo a alcunha de ''Rei dos Demônios'' devido seus atos de vilania, este ser misterioso era considerado imbatível por conta de sua individualidade homônima ao seu nome de vilão que lhe permitia absorver para si as individualidades daqueles que ele enfrentasse e se fosse de sua vontade, poderia dar parte de seus poderes a outras pessoas, estratégia essa que ele usava para adquirir lealdade entre gangues de arruaceiros e outros tipos de criminosos.

Ao fazer o Japão entrar em uma era de caos, em algum momento de sua vida, All for One teria sido traído por seu irmão mais novo e doente após receber dele um poder de ''armazenagem''.

Mas uma coisa que o vilão não esperava era que seu irmãozinho tinha uma individualidade de ''geração'' (seja o que for, em sua morte, ou ao passar sua essência para alguém, suas habilidades físicas iriam encarnar em um novo receptáculo). All for One acaba com a raça de seu irmão, porem os poderes combinados da criança formariam uma individualidade nova e avassaladora chamada ''One for All' que de tempos em tempos iria surgir nas novas gerações e seria a última linha de defesa da humanidade contra as tiranias de All for One.

Eventualmente o vilão acabaria envelhecendo e necessitando usar um poder roubado para manter sua juventude em uma forma improvisada de imortalidade, desapareceu nas sombras, nesse meio tempo a sociedade evoluiu e decidiu esconder qualquer vestígio da era de trevas que havia vivido.

Com o passar dos anos, a taxa de humanos dotados ultrapassava com folga a de pessoas comuns e por conta disso certos poderes que outrora foram considerados como dons e ameaças se tornaram banalizados e usados como ferramenta de trabalho. Nessa época surgiram os ''Super-Heróis'' da era atual, esses que teriam ambições e desejos alem da vida sofrida de herói e passariam a serem considerados celebridades/funcionários do governo, e por conta disso a visão do que era um ''super'' acabou sofrendo muitas mudanças...

Eis que chegamos ao tempo presente de Boku no Hero Academia, nele 80% da população global possui alguma individualidade e o quadro social de uns anos atrás se inverteu, agora as pessoas consideradas sem poderes seriam vistas como fracas e seriam em algum momento de suas vidas seriam descriminadas.

Dentre essas pessoas sem poderes, temos Izuku Midoriya:

Izuku Midoriya é um garoto extremamente apaixonado pelo mundo a sua volta, tendo como maior desejo se tornar um herói, inspirado em seu maior ídolo de todos os tempos e 8º receptaculo do One for All, All Might.

A obra gira em torno de Midoriya que mesmo sem nenhum poder, demonstra grande valentia ao tentar proteger seu melhor amigo, o babaca do Bakugou, isso acaba chamando a atenção de All Might que comovido pela história de origem do garoto e pela sua determinação, acaba treinando ele para ser o novo receptáculo de seu poder.

Uma vez com individualidade, Midoriya assume a identidade de ''Deku'' e passa a ingressar na academia de heróis U.A, escola onde as grandes lendas sairão de lá para se tornarem o que são.

Mas se por um lado, haviam jovens como o Midoriya que acreditavam em heróis e lutavam em nome da justiça, haviam aqueles que nutriam um grande ódio pelos heróis como um todo e que estavam dispostos a destruir tanto a eles quanto a reputação que eles formaram com a sociedade.

Esse é Shigaraki Tomura, um vilão trágico que segue os passos de All for One e que criou a ''Liga de Vilões'' com o objetivo de aumentar seus poderes e espalhar o terror.

Em sua primeira investida contra nossos protagonistas, eles quase obtêm exito porem tem seus planos frustrados por All Might. Shigaraki compreende que assim como a nova geração de heróis ele precisa se fortalecer para cumprir seus objetivos, dono de uma personalidade mortífera e mimada, Shigaraki é calculista e até um pouco infantil em seus planos, seu objetivo é apenas ''Destruir aquilo que ele não gosta''.

Após a primeira derrota da Liga dos Vilões, uma nova ameaça acaba ganhando os holofotes da mídia devido uma série de assassinatos, o responsável por isso seria Stain, o auto-proclamado ''Assassino de Super-Heróis''.
Stain era um ex-aluno da U.A com sérios problemas com a sociedade atual. Stain possui uma visão distorcida e extremamente idealista a respeito de como os super-heróis deviam se portar e agir.

Stain perdeu seus pais ainda muito cedo e teve que viver na parte podre da cidade, onde lá ele descobriu da pior forma que as coisas não são tão perfeitas como parecem ser por conta dos super-heróis... (alias, reparem que haverá uma constante).

Stain acreditava que o mundo precisava voltar a ser como era no passado: com heróis dispostos a morrer em nome de seus ideais sem pensar em recompensas ou títulos, revoltado como muitos heróis são tratados como celebridades intocáveis e símbolos absolutos de segurança, Stain começou uma onda de assassinatos na cidade de Hosu com o objetivo de criar panico entre a população e faze-los perder a crença nos super-heróis. Apesar de ser um lutador experiente e com uma personalidade forte, Stain tinha um código de honra na qual ele poupava aqueles que segundo ele eram dignos de serem heróis.

Ao ser derrotado por uma ação conjunta de diversos heróis locais enquanto a cidade era atacada pela Liga dos Vilões, Stain aterroriza e desperta a admiração de todos com sua convicção e sua derrota acaba servindo de impulso para que diversos vilões que andavam sem rumo na escuridão, passassem a seguir seus ideais e fossem se juntar a Liga dos Vilões.

Agora que eu expliquei o evento que culminaria num dos maiores choques entre as forças do bem e do mal, irei falar dos integrantes da Liga dos Vilões e irei terminar falando sobre os problemas que de fato existem na sociedade de heróis e porque na 4ª temporada eu aposto numa reformulação radical dos moldes e da concepção de um herói.




Shigaraki Tomura:
''Criar um mundo sem o All Might. E causar destruição suficiente para mostrar a todos como sua justiça é realmente frágil. A partir deste dia... essa é a minha convicção.''

Shigaraki Tomura é uma figura enigmática em vários pontos: ele é neto de Nana Shimura, a falecida mestra de All Might, porem parece não carregar qualquer vinculo com o histórico heroico da família; Sofreu algum tipo de trauma e ficou abandonado ferido e amedrontado na rua, onde ficou lá até ser resgatado por All for One, já que ninguém acudiu o garoto por acreditar que um herói faria isso...mas ninguém veio.

Não se sabe se Shigaraki nasceu com a sua individualidade ou foi lhe dada por All for One; no caso, sua individualidade é chamada de ''degradação'' e lhe concede o poder de derreter/apodrecer objetos sólidos e seres vivos.

Shigaraki Tomura é um sujeito bastante perturbado, analítico e infantil, de primeira impressão as suas ações parecem o pedido de socorro de uma criança com raiva que busca chamar atenção.



Dabi:
Dabi é o pseudônimo usado por um vilão frio e objetivo cujos ideais trilham o mesmo caminho de Stain. Dabi é um habilidoso lutador usando sua individualidade de gerar chamas azuis, ele conseguiu (isso usando um clone fabricado por Jin) bater de frente com Shouta Aizawa.



Himiko Toga:
''Meu nome é Toga! Himiko Toga! A vida é dura e eu gostaria de um mundo em que seja mais fácil viver! Eu quero me tornar o grande Stain! Eu quero matar o Stain! Vamos, deixe-me entrar, Tomura!''

Himiko Toga é uma garota imprevisível, instável, psicótica e com um senso emotivo completamente afetado, esboçando grande excitação ao matar ou ver pessoas severamente feridas.

Toga possui grande destreza em se movimentar sem deixar rastros, sendo habilidosa em ataques furtivos e no manuseio de facas, com sua individualidade, ela pode se transformar na pessoa da qual ela tiver tomado o sangue e por conta disso carrega em suas costas uma maquina de extração de sangue, da qual usou para coletar amostras da Ochako Uraraka durante o arco do acampamento da floresta.


Muscular:
Muscular é um brutamonte conhecido por seus crimes de assassinato a heróis. Diferente de Stain ou dos dois anteriormente citados, Muscular não possui uma ambição de mudar o mundo ao seu bel prazer, ele apenas quer matar quem ele encontrar pelo caminho e viu na Liga de Vilões a oportunidade perfeita para poder fazer isso.

Muscular como seu próprio pseudônimo indica possui como individualidade a capacidade de aumentar, criar e modelar sua massa muscular com a finalidade de aumentar sua força física, resistência e velocidade.


Kurogiri:
Kurogiri é um dos membros veteranos da Liga dos Vilões, o que me fez acreditar de inicio que ele era uma espécie de guia para Shigaraki (o que não deixa de ser verdade).

Kurogiri é o mais inteligente e cooperativo da Liga dos Vilões, sendo o responsável por deixar Shigaraki na linha e servindo de braço direito para que ele possa cumprir seus objetivos. Esse vilão possui a forma de uma sombra que pode mudar de forma e tamanho e possui como individualidade a capacidade de criar portais para qualquer lugar do mundo.


Jin Bubaigawara:
Jin Bubaigawara é um personagem interessante...dependendo do rumo que a história trilhar ele (na minha opinião) tem tanto chance de redenção quanto tem chance de se destacar devido ao seu background.

Jin não era nenhuma flor que se cheire, porem não tinha nenhum objetivo nefasto como matar pessoas inocentes ou espalhar o caos, ele apenas era um sujeito ferrado que usava sua individualidade ''Double'' para fazer cópias de si e conseguir algumas vantagens com isso, como por exemplo limpar a própria casa em menos tempo...entretanto, o uso abusivo de seu poder fez com que seus clones adquirissem autonomia e matassem uns aos outros, restando apenas um deles que ficou tão quebrado psicologicamente com isso que acabou adquirindo transtorno de personalidades múltiplas, alem de esquizofrenia.

Jin foi um membro de suporte dentro da equipe de captura da Liga dos Vilões com a importante tarefa de ganhar tempo para os demais cumprirem seus objetivos enquanto mantinha os professores ocupados lutando contra os seus clones.


Atsuhiro Sako:
Atsuhiro Sako é um magico enigmático capaz de desaparecer e flutuar (truques de mágica) além de usar de sua individualidade ''Compress'' capaz de aprisionar objetos e pessoas em pequenas esferas.

Atsuhiro foi capaz de sequestrar Bakugou no arco do acampamento devido seu poder.


Mustard:
Mustard é um garoto da mesma faixa etária da Toga e que possui como individualidade a capacidade de criar e manipular gases venenosos de diferentes propriedades. Por não ser muito resistente e nem apto a uma luta corpo a corpo, desenvolveu uma espécie de ''visão'' da qual enxerga tudo aquilo que estiver dentro do espaço de propagação de seu gás, e para eliminar suas vitimas, manuseia armas de fogo.


Moonfish:
Um canibal preso em um traje que lembra uma camisa-de-força devido sua alta periculosidade. Possui como individualidade a ''Blade Teeth'', que lhe permite modelar seus dentes para ficarem no formato e tamanho que quiser, alem de dar a eles a afies de uma espada.


Kenji Hikiishi:

Um vilão com o poder do magnetismo...não se sabe muito sobre ele pois foi um ''peixe-pequeno'' no grupo vanguarda (A equipe de captura do Bakugou).

Shuichi Iguchi:
Mais um dos vilões que segue declaradamente os ideais de Stain. Shuichi é habilidoso em lutas com espadas, sendo até similar a um ninja, porem não revelou sua individualidade ou deixou claro se parte de sua destreza vinha da mesma.


Noomus:

Pelo o que da a entender, Nomu/Noomu são criaturas geradas a partir de experimentos feitos em pessoas nos laboratórios secretos do All for One com o objetivo de criar uma linha de frente capaz de usar várias individualidades simultaneamente e que seriam criaturas selvagens e instintivas o bastante para causar um rastro de destruição por onde passasse, porem que fossem ''racionais'' o suficientes para obedecer ao seu mestre (que no caso poderia ser All for One ou o Shigaraki).


E esses sãos os integrantes da Liga dos Vilões e suas informações mais relevantes e contextos para ingressarem na Liga dos Vilões.

Agora não sei se consegui ser claro enquanto falava sobre eles, mas uma coisa que boa parte deles tem em comum é que eram pessoas comuns de índole duvidosa que tiveram qualquer oportunidade de ser alguém na vida longe de alcance por viverem marginalizadas na sociedade pseudo-utópica formada pelos heróis.

O que me faz crer (isso pelas minhas expectativas quanto ao anime, não duvido nada que o mangá inclusive já deve estar bem mais avançado do que o trecho onde a história na animação parou) que a 4ª temporada será sobre mudanças, é porque na última temporada ocorreram grandes eventos que foram catastróficos demais para manter o estado de estabilidade da sociedade na qual o mundo da obra se encontra.

Houveram uns 3 ataques na escola U.A renomada por seus super-heróis e que mesmo assim não pode fazer nada na hora em que seus alunos correram perigo devido os ataques; All Might conseguiu derrotar e prender All for One, mas nada garante que ele (All for One) permaneça por muito tempo dentro de sua quarentena, além disso, All Might abusou tanto de seus poderes que perdeu sua forma heroica, e o pior disso tudo...sendo visto no mundo inteiro em rede nacional durante o confronto, o que foi responsável por por em cheque a credibilidade e confiança que as pessoas tinham nos super-heróis e por fazer o título de ''simbolo da paz'' morrer, levando muitas pessoas ao desespero e a desconfiança, pois por mais que o bem tenha triunfado naquela noite, foi uma vitória amarga que gerou consequências negativas.
O Simbolo da Paz e herói numero 1 visto por todos em sua verdadeira e decadente forma após as sequelas de uma luta do passado...algo que o fez se aposentar da carreira de super-herói em tempo integral.

O mundo necessita agora que os jovens peguem a ''tocha'' e sigam adiante com o legado do heroísmo, ao mesmo tempo em que eles precisam amadurecer e superar seus limites prontos para o pior.

E isso acaba me fazendo lembrar em dois pontos interessantes mostrados em duas animações completamente distintas de super-heróis, mas que dialoga perfeitamente a respeito dos momentos conflitantes da obra da qual estou falando agora; essas obras seriam As Meninas Super Poderosas e Liga da Justiça.

No primeiro caso vamos relembrar os eventos do episódio ''Too Pooped to Puff''' (não lembro o nome que deram aqui no Brasil): Nesse episódio vemos as meninas super poderosas cansadas de suas tarefas de super-heroínas devido o reflexo gerado a partir de suas ações: Com as meninas super poderosas fazendo de tudo pelos habitantes de Townsville, as pessoas de lá se tornaram preguiçosas e incrivelmente dependentes das Meninas até mesmo nas tarefas mais cotidianas...algo que poderíamos traduzir em Boku no Hero como o descaso e falta de tato que os civis apresentam pelos seus semelhantes pela crença de que para tudo o que houver de ruim, haverá um herói ali próximo a disposição pronto para o resgate. Se tivesse um maldito infeliz para cuidar do Shigaraki quando ele era uma criança aparentemente de rua, a merda não teria batido tão forte no ventilador e não teriam acontecido nenhuma das tragédias presenciadas no anime (talvez até acontecesse, porem seriam mais difíceis de saírem impunes).



Já no desenho da Liga da Justiça, eu posso me recordar de 2 momentos importantes: a ''Morte do Super-Man'' (que para efeitos de comparação vamos acreditar que foi definitiva) e a morte da Ás: No primeiro caso vemos o resultado da luta de um Super-Herói (que diga-se de passagem tinha o mesmo prestigio que o All Might tem dentro de sua obra) na qual as vezes ele não sobrevive aos ferimentos do combate; essa segunda a visão dos vilões de Boku no Hero é o mais próximo do ideal que um super-herói deveria seguir, estar disposto a morrer sem se preocupar em ser famoso ou viver por frivolidades; enquanto na segunda imagem temos o Batman, segundo em comando da Liga da Justiça e alguém tão popular e competente quanto Superman no que se refere a fazer seu serviço, e que mesmo assim se encontra desamparado sem poder fazer nada para evitar a morte da garotinha ao seu lado (a mesma tinha um poder forte demais de distorção da realidade, e o preço a se pagar por esse abuso foi um aneurisma cerebral). O máximo que o Batman pode fazer foi ficar ao seu lado e a reconforta-la em seus últimos minutos de vida. O que eu quero dizer com essa segunda imagem? Que pessoas morrem! Super-heróis são tão humanos e falhos como qualquer outra pessoa, sendo ela outro super-herói ou um civil, e mesmo que não seja possível salvar a todos no seu pior dia de trabalho, a pessoa não pode abaixar a cabeça e nem a humanidade deve perder a fé naqueles que juraram lhes proteger. 

Claro, a ideia de Boku no Hero foge da forma como o desenho da Liga da Justiça tenta apresentar a realidade crua e nua do oficio, porem dialoga em diversos momento e inclusive caminha para esse caminho, o Próprio All Might fala que lamenta não poder salvar a todos, mas que faz o possível para resgatar aqueles que estiverem ao seu alcance, isso até é usado em um momento do anime para mostrar o sentimento de fraqueza e impotência do Midoriya ao falhar no objetivo de salvar o Bakugou das garras dos mal-feitores.









Midoriya senhoras e senhores...um futuro herói tendo que lidar com um fardo grande demais para suportar em plena fase escolar.

Mas os eventos que ocorreram foram todos partes de um plano para fazer a humanidade perderem a sensação de confiança ao estarem ao lado de heróis diante a tantas desastres...talvez isso acabe bem e os façam abrir os olhos e aprender a se virar usando seus próprios meios...mas até lá muita gente vai morrer e quebrar a cara até que os heróis possam triunfar novamente sem nenhum pesar.

Até lá eu ficarei no aguardo.



Considerações Finais:

Meu Deus do céu, como esse artigo ficou grande, hehehe.

Pois então, o meu objetivo com esse artigo (alem de pagar pau para a Stellalasaurus como eu fiz no começo dele) é puramente de caráter informativo, eu fiquei encantado com o desenvolvimento que a série tomou daquele momento em que eu parei para onde ele se encerrou agora.

Eu não vou tentar nutrir uma bolha de hype por esse anime pois até sair a 4ª temporada (que só ira voltar lá para Outubro do ano que vem) eu estarei arrastando as asinhas para outra animação ou ocupado com outros projetos.

Então é isso, espero que tenham gostado desse artigo, parabenizo aos que tiveram foco, coragem e saco para acompanhar tudo o que eu escrevi até aqui, espero que tenham gostado e se possível me sigam no Twitter e no Facebook, mandem sugestões e críticas e farei o possível para poder atender.

Até o próximo artigo e tchau...

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Plus Ultra!!!!

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Feliz Ano Novo!

quinta-feira, 26 de julho de 2018

Com a Pulga Atrás da Orelha: Dragon Ball Super


Recentemente saiu o trailer do novo filme de Dragon Ball Super, longa-metragem esse que promete trazer um soft-reboot (Soft-Reboot é quando fazem um recomeço, mas que ao mesmo tempo é continuidade dos eventos de tal história, tipo o que foi Ben 10 Omniverse se comparado ao Supremacia Alienígena) do Broly, eu pessoalmente desgosto da ideia de trazer de volta o Broly, acharia muito mais sensato a criação de um personagem com outro nome, mas assim como no anime do Dragon Ball Super, o pessoal quer ganhar hype em cima de nostalgia e ideias antigas que foram sendo deixadas de lado no Dragon Ball Z.

De qualquer forma, é esperar para ver como esse filme vai sair, embora eu admita: Que trailer bonito, o pessoal voltou a trabalhar com os traços do Dragon Ball Z, achei legal a aparência do que parece ser o Paragas (O pai do Broly) mas achei a roupa dele ridícula; e o Broly vai atingir a sua ''forma'' de lendário super-saiyajin para bater de frente com Goku e cia em suas transformações mais poderosas (menos o Goku que vai estar em ssj blue), o que por um lado é bom, pois todo mundo que gosta de shonen esta ali pra ver porrada, porem isso mostra um dos pontos ruins que irei debater no artigo de hoje.

Enfim, para os que querem ver o trailer, apreciem com moderação; o tema que irei falar vai ser outro.


Fala pessoal, como vão vocês? Hoje estarei criando um gênero novo no meu blog chamado ''Com a pulga atrás da orelha'' que assim como o ditado popular, quer dizer que algo anda perturbando a nossa pessoa, seja algo que nos deixa apreensivos, cismados ou confusos.

Nesse novo bloco do meu blog irei abordar temas que me deixaram incomodados com algo, normalmente irei ''meter o pau'' nessas coisas e usarei bastante de comparativos com outras obras que seguem uma ''receita de bolo'' similar, mas que não chegaram a fazer tais coisas que irei comentar nos tópicos.

Mas eu serei bastante justo, apesar de malhar em cima de Dragon Ball Super, reconheço que ele teve diversos pontos altos e irei listar alguns ao fim do artigo para não ficar tão parcial e negativo quanto posso deixar a entender.

Sem mais delongas, vamos a uma breve introdução para aqueles que não sabem do que eu estou falando.

(Aviso: Esse artigo contém SPOILERS, aqui você pode assistir o anime)
Dragon Ball Super (ドラゴンボールスーパー) é um anime de gênero shonen (ação e aventura) e fantasia produzido pela Toei Animation em 5 de Julho de 2015 e sendo finalizada em 25 de março desse ano, 2018 com um total de 131 episódios.
Dragon Ball Super é um anime que da continuidade aos eventos de Dragon Ball Z após a derrota de Majin Boo; a Terra fica em paz por cinco vindouros anos, até que surge uma nova ameaça, Beerus (Leia-se Bills) um Deus da Destruição que acordou de seu sono milenar com uma profecia que dizia que nos tempos atuais ele iria lutar com um poderoso guerreiro intitulado como ''Super Saiyajin Deus''. Goku junto de seus amigos fazem um estranho ritual para fazer com que ele (Goku) se torne o Super Saiyajin Deus e possa confrontar Bills tendo o destino da Terra em jogo.
Apesar de perder, Goku consegue a simpatia de Beerus que decide poupar a Terra e treinar Goku e Vegeta para futuras ameaças que estariam por vir. (Tudo isso são os eventos descritos em Dragon Ball Z: A Batalha dos Deuses)
Em cima dessa primícia o anime se inicia e vai se desenrolando ao longo dos seus mais de cem episódios.



Agora que vocês já se situaram a respeito do que é Dragon Ball Super, vamos as críticas.





Animação:

E para iniciar vamos começar tirando do caminho um dos principais motivos de reclamação do começo do anime, a animação (traço).
É impressionante parar para pensar que Dragon Ball Super é um anime de 2015 e que tinha uma certa quantia de dinheiro investida para cada episódio; essa quantia variava de episódio para episódio, mas mesmo assim devia ser o suficiente para a montagem de um capitulo tendo a disposição a tecnologia computacional da época, é muito diferente se compararmos por exemplo a saga androides onde o trabalho era manual.

Alias, vejam essa comparação entre o anime do Super fazendo um ''flashback'' da história do Mirai Trunks, com a cena do filme ''Guerreiros do Futuro'' de 1995.


A desculpa dada é que na produção do anime, Dragon Ball Super foi sofrendo rodizio de supervisores de animação e o responsável pela fase cagada (até o comecinho do arco do Goku Black) do anime foi Yukihiro Kitano, o que pessoalmente eu acho balela, na hora de produzir a obra todos estão envolvidos e quando da merda somente um é o responsável pelo fiasco? Segunda a história, Kitano teria que supervisionar os animadores para que o anime saísse fluido e bem feito, mas isso não quer dizer que ele estava sozinho com esse fardo e tão pouco que os animadores não se davam conta das tosquisses que estavam criando. Eles eram o que, retardados?

Pois bem, uma forma de consertar esse erro foi quando o anime já tinha avançado bastante com a história e já tinha audiência o suficiente para ser vendidos pacotes com os episódios mundo a fora, quando isso aconteceu, decidiram refazer as cenas para a edição de blue-ray e esse problema nunca mais retornou, mas até lá já tinha virado meme o amadorismo dos animadores.







Descaracterização de Personagens:


Outro grande male que Dragon Ball Super sofre é a descaracterização que os personagens sofreram ao seres transcritos do Z para cá. Goku sempre foi um personagem ingênuo, de coração puro e amante das lutas, mas aqui ele esta insuportável: Nessa nova versão Goku demonstra-se mais imaturo e estupido do que seria justificado se o fosse quando criança, e demonstra um fascínio tão insano pelas lutas que já chegou a por o destino do universo em risco pois queria lutar com pessoas mais fortes do que ele.

Vegeta também é outro personagem que passou por algumas transformações: Aqui o príncipe orgulhoso dos saiyajins vira e mexe esta contracenando cenas de humor pastelão (como a postada acima) e voltou a se ver como um rival de Kakaroto. Ok, talvez alguns de vocês não recordem dos fatos, mas durante a luta contra Kid Buu no planeta dos Supremos Senhores Kaioh, Vegeta havia refletido a respeito da motivação de Goku por lutar, e havia percebido que independentemente do quanto ele fosse ficar mais forte, Goku sempre seria o número 1, não se tratava do quanto você lutava, mas pelo o que você lutava e foi assim que os dois finalmente se tornaram amigos; mas em Super todo esse amadurecimento foi descartado em prol de reavivar a rivalidade entre os dois saijajins de raça pura.
Piccolo se tornou um terra-planista, limpando a sujeira (rastro de destruição) que o pessoal faz na corporação capsula.

Entre tantos outros. No caso dessa reclamação, aqui não tem desculpas pois foi um tipo de alteração que levaram até o final do anime.






Transformações:


Quem diria que o ponto-chave das lutas dos saiyajins seria listada por aqui não é mesmo? Pois deixe-me explicar, o que acontece não seria UM problema, mas na realidade TRÊS problemas (mas irei explicar melhor o último no próximo tópico).

O primeiro problema aqui ocorre pelo número de transformações que ocorrem no decorrer da história e a sequencia quebrada de transformações que cada personagem tem.

É o seguinte:
Tirando o SSJ4 que aparece ali no canto, todas as outras formas estão presentes no anime.

Se vocês perceberem as transformações seguem uma certa ordem númerica: SSJ, SSJ2, SSJ3, SSJ GOD (SSJ Red), SSJ Blue (Melhor do que chamar de ''SSJ GOD SSJ''), Migatte no Gokoi Imperfect (O Instinto Superior de cabelos pretos) e Migatte no Gokoi Perfect (SSJ White)

Enfim, um dos principais problemas na série é o seu ritmo: com pouco tempo em tela os nossos heróis já estão destravando novas transformações para seus combates mais sangrentos (Ops...pera)

E isso gera um questionamento: Se o Goku pode ativar a transformação Blue, por que caralhas ele insiste em se transformar no super saiyajin convencional contra um inimigo? Sendo que é visível a esmagadora diferença entre poderes de uma forma e outra.

Outro ponto apresentado aqui é que todas essas transformações ocorrendo ao longo de 131 episódios acabam por saturar e inutilizar as demais transformações; ficou uma coisa tão banalizada que em determinado ponto da série o que tinha acabado de ser uma transformação nova já é jogada para escanteio pois uma outra ''mais forte'' tomou o seu lugar.

E isso que estou falando apenas do Goku, Vegeta assumiu uma ordem própria de transformações que acabam destoando legal das mostradas pelo Kakaroto.

Pois vamos a elas.
SSJ 1 (Vale pelo SSJ 2 também, já que não há muitas diferenças entre uma transformação e outra no visual do príncipe dos saiyajins por aqui)

Vegeta pulou a transformação ritualistica do SSJ GOD e adquiriu o SSJ Blue treinando com Whis.


Vegeta na luta contra Toppo na última saga atinge um ''segundo estágio'' da forma Blue (SSJ Blue 2). Reparem nas mechas de cabelo de Vegeta, além de sua aura estar maior e com mais tons de azul em volta.

É confusa a progressão de Vegeta in-anime, vimos ele se esforçando muito e sempre estando no mesmo nível ou pelo menos um passo atrás de Goku no que se referia a uma nova transformação. Vegeta não foi capaz de atingir o SSJ 3, mas muitos teorizam que para adquirir tal forma Vegeta teria que ter treinado no outro mundo ou ainda como uma desculpa para não ter tanto desgaste físico quanto Goku nessa forma, o mesmo decidiu aprimorar a técnica do SSJ2...o que eu acho estranho uma vez que cada transformação é vista como um multiplicador fixo de poder.
Link para o vídeo de onde eu tirei essa tabela.

Por outro lado, Vegeta pulou o SSJ 3, pulou o God, conseguiu o Blue e ainda fez algo que nem Goku conseguiu (talvez uma forma de trazer individualidade ao personagem? Neh, provavelmente para vender mais bonecos), se transformou em ''Super Saiyajin Azul 2''.

Acham que já temos transformações de mais? Calma lá, Mirai Trunks da as caras aqui durante o arco Black, e nele vemos Trunks atingir uma transformação de ssj2 que mescla ki divino, essa transformação é conhecida como ''SSJ Rage''.


E ainda temos o Goku Black com o seu ssj Rose, mas acho que já me fiz entender.

O outro ponto negativo para falar a respeito das novas transformações encontra-se em seu design: As antigas transformações de super saiyajin davam destaque para o aumento da massa muscular, auras de ki maiores e mais intensificadas, correntes elétricas pelo corpo e principalmente o crescimento de um cabelo DOURADO.

Já em Dragon Ball Super decidiram adotar uma nova postura em relação ao design de suas transformações, aqui cada uma delas carregaria uma auria intensa com muitas ''labaredas'' de energia (ponto positivo pro anime) e cabelos coloridos.

E como vimos na imagem dos power rangers, já deve-se imaginar como foi a recepção de tudo isso, não é mesmo?





Cronologia e Tempo:

O outro grave problema que as transformações em DBZ Super sofrem é em relação ao tempo que leva para serem adquiridas.

Aos menos perceptivos, Dragon Ball Z conta com diversos time-skips (saltos no tempo) entre suas sagas. São esses time-skips que garantem a fluidez e autenticidade na narrativa da obra, pois podemos imaginar que durante esse espaço de anos entre uma fase e outra os personagens estiveram se aprimorando e vivendo suas vidas cotidianas.

Grandes e pequenos acontecimentos nos são contados mas não mostrados no anime durante esses time-skips como por exemplo: Kuririn e N#18 ficando juntos e tendo uma filha, o crescimento pessoal/acadêmico de Gohan, Goku aprendendo a dança metamoru (a dança da fusão) e a terceira transformação, Vegeta e Bulma ficando juntos, entre tantas outras.

Ficaria dificil de engolir por exemplo que Vegeta logo após chegar na Terra teria se apaixonado pela Bulma, mas quando colocamos um espaço de tempo de uns 4 anos, ai meu amigo, tudo pode acontecer.

Agora falando de Dragon Ball Super, TODO o anime ocorre em um espaço de mais ou menos um ano, e como se fosse a coisa mais simples do mundo, o pessoal vai quebrando limites absurdos e adquirindo novas transformações; fora a Terra que vira e mexe esta sendo ameaçada. Em DBZ por exemplo o espaço de tempo da primeira ameaça global (Invasão dos Saiyajins) e a segunda (Invasão de Freeza) ocorre em um espaço de um ano e meio quase.

Não bastasse isso, o ritmo do anime é uma coisa que vira e mexe fica bastante comprometida: Temos momentos corridos da série, e outros que supostamente seriam breves (como os acontecimentos de Batalha dos Deuses) que são esticados a um ponto que se torna massante. A saga do Goku Black, uma das mais queridas entre os fãs, foi por boa parte uma pura encheção de linguiça.


Agora falando no aspecto narrativo: Supostamente DBZ Super deveria se passar 5 anos após a vitória de Kid Buu, mas visualmente falando, esta todo mundo igual. Vejam o caso de Goten e Trunks que estão com a mesma cara de pivetes de quando tinham 7 e 8 anos respectivamente e que deveriam na verdade possuir 12 e 13 anos nessa época. Mas eu vou mais além (Obrigado Nerdologia Alternativa), temos a personagem Maron (a filhota de Kuririn e 18) que aqui deveria ter 8 anos, mas é encarnada na forma de uma criancinha de colo.





Discrepância de Poderes:
Alguém disse ''Apelação''?


Essa aqui em partes é justificável, porem esta fortemente entrelaçada ao próximo tópico.
Não é novidade para ninguém que acompanhou/acompanha Dragon Ball que com o passar do tempo os nossos personagens vão ficando mais fortes para poder combater novas ameaças e pouco a pouco os amigos terráqueos de Goku vão deixando de atuar nas lutas pois somente os saiyajins aguentam o tranco.

Acontece que Dragon Ball Super trabalha e ressalta tanto os aspectos ''divinos'' da obra, que fica difícil de crer que alguém que rivaliza com UM DEUS DA DESTRUIÇÃO apanha para inimigos genéricos e capangas dos vilões principais.

A forma como Sorbet (sujeito da foto) fere gravemente Goku é muito imbecil.
Contemplem o nosso herói, Son Goku, aquele que rivaliza com DEUS e consegue ser ferido uma uma arma lazer em um momento de distração.

Mas eu darei maiores detalhes em relação a discrepância de poderes no próximo tópico.




Furos de Enredo e Falta de lógica:

Eu poderia começar falando sobre o Torneio do Poder, mas irei me ater inicialmente ao arco do Renascimento de Freeza (Fukkatso no F). Aqui presenciamos o retorno do Imperador do universo Freeza, que é mostrado como um prodigioso lutador cuja raça tem a habilidade de aumentar o nível de seu poder a escalas exponenciais, e que estaria em busca de vingança com o seu novo exercito.

Se prestarem muita atenção no filme ou no anime, perceberão que Freeza arquitetou como plano para destruição do planeta treinando por apenas 4 meses terráqueos sob as condições do nosso planeta.

E é ai que começa uma das maiores pisadas de bola da história: Freeza era muito poderoso em sua época como vilão, em sua forma final era dono de assombrosos 120 milhões de poder de luta. Acontece que já na saga androides (uns 4 anos após a saga de Namek) o Imperador do Universo tinha se tornado bucha de canhão, podendo ser derrotado por qualquer um dos amigos de Goku (Alguns somente com o uso de inteligencia), se for falar da saga majin buu então chega a ser covardia, onde teríamos personagens como Mystic Gohan com 45 Bilhões de P.L, Gotenks SSJ3 com 37 Bilhões de P.L, Goku SSJ3 com 36 Bilhões, Vegeta SSJ2 com aproximadamente 10 Bilhões, Piccolo com uns 2 Bilhões, enfim, o abismo entre poderes tinha ficado imenso...E mesmo assim, Freeza no auge da sua arrogância e burrice tinha condições de aumentar sem muito esforço seus míseros 120 milhões para algo incalculável que se equiparava aos poderes de um Deus?

Alguns de vocês podem não dar muito a mínima para esse detalhe mas fere a história que nos é passada em DBZ muito antes de Super sonhar em existir.

Freeza era um ditador galático, assustador não somente por sua influencia, ele era dono de um gigantesco exercito, tinha um arsenal tecnológico futurista, um incrível poder de destruição e uma inteligencia a se invejar. Mesmo com tudo isso em mãos, Freeza cresceu com histórias do povo saiyajin (Uma raça subordinada a ele) que dizia que a cada mil anos, um guerreiro com incríveis poderes surgia (Se referindo ao Super Saiyajin de nível 1) e temendo ser morto pela tal lenda, decidiu destruir todos os Saiyajin junto com o seu planeta, deixando só alguns remanescente de BAIXO poder.

Não irei desmerecer a transformação de SSJ, mas se comparada a todo o potencial que os Changelins (O nome da raça do Freeza) parecem carregar nessa adaptação, sendo capazes de ultrapassar a força de ssj3, quão imbecil Freeza não se torna por nunca ter almejado explorar melhor seus poderes?


Continuando: Freeza retorna após seu treinamento sendo capaz de alcançar uma nova transformação. Goku e Vegeta estavam treinando com Beerus e Whis no outro mundo, e ficou nas mãos dos guerreiros Z de segurar a invasão até a chegada dos mesmos.

Agora, os nossos heróis contam com um bom panteão, não teriam que se preocupar com a invasão do Freeza certo? Errado, pois como era ''perigoso'' decidiram deixar de fora 18 (Tinha que cuidar de Maron enquanto Kuririn ia lutar), Yamcha (Ta certo), Chiaotzu (Ok), Goten & Trunks (PQP) e Majin Boo (Ele estava dormindo). Então quem sobrou foi Kuririn, Piccolo, um Gohan incrivelmente fraco, Mestre Kame (Como os soldados de Freeza são perigosos demais para Goten & Trunks, mas são de boas contra o Mestre Kame?), TenshinHan e um personagem novo e muito sem graça chamado Jacob.

Gohan aqui foi humilhado o que chega a ser estranho sendo que a pouco tempo atrás o mesmo tinha acesso a forma ''Mystic'', mas aqui ficou tão enferrujado que perdeu para Freeza forma base com um único golpe e ainda precisou do Piccolo ser sacrificado para não ser morto.

O que muita gente esperava.

O que recebemos.

Resolvidas as tretas com Freeza, passamos ao arco do torneio entre universos irmãos (Universo 6 vs Universo 7 (o nosso)), mas esse eu irei pular pois não teve MUITAS tiradas foras, mas logo em seguida veio a saga Black...

O Arco Black é um dos arcos mais obscuros e dramáticos, se passando no futuro desgraçado de Mirai Trunks, este que dá as caras aqui após uma nova ameaça, chamada Black, um sujeito maligno com os poderes de Goku que planeja destruir todos os humanos como uma forma de purificar o mundo do mal.

Durante essa saga muitas surpresas acontecem, entre elas uma batalha de fusões, uma técnica antiga (Mafuba), uma transformação nova e cenas de luta tão intensas que fazer o queixo cair da cara.

Infelizmente é um dos arcos que é afetado pela falta de lógica (E bom senso) em Dragon Ball Super.

A primeira metade do arco se foca no retorno de Trunks do Futuro ao nosso mundo, conhecendo as pessoas e lugares que mudaram desde sua ultima visita (12 anos desde a saga Cell) e também vendo o amor de sua vida (personagem ''nova'') ainda criança, a Mai.

E que o Diabo me leve, mas eu achei tão errado essas cenas onde o Trunks rasgava seda e declarava para uma Mai de uns 8 anos o quanto ela é especial para ele em sua época.

Essas cenas que supostamente eram para trazer alivio cômico (Ou slá o que deveria trazer) me causavam vergonha alheia.

Ah sim, a turma do Pilaf esta de volta, agora como crianças por terem pedido a Shenlong a sua juventude em um momento não revelado in-anime. Mai nessa adaptação é uma personagem que acaba recebendo um grande destaque, enquanto a trupe como um todo só servia para fazer palhaçada ao lado de Goten e Trunks.

Já na segunda metade do arco conhecemos a verdadeira face do vilão, Zamasu, um Kaioshin corrompido com a ideia de purificar os mundos dos pecadores oriundo do universo 10.

Zamasu teve todo um plano para poder chegar tão longe, basicamente ele matou seu mentor Gowasu (Maior bebedor de chá da história), roubou seu anel do tempo (Uma relíquia que permitia que ele interferisse entre épocas), viajou até a Terra onde reuniu as esferas do Dragão e pediu para trocar de corpo com Goku, tornando-se assim o ''ser mais forte do universo'' e resolveu exterminar todos os amigos e familiares do saiyajin junto com os outros kaioshins para que ninguém com poder ou autoridade pudesse derrotar ele, mas ainda faltava uma coisa...

Ele usou o anel do tempo para viajar para o futuro de Trunks onde lá encontrou a sua versão do futuro e juntos reuniram as Super Esferas do Dragão para pedir a imortalidade para o Zamasu do Futuro, eles haviam se tornado imbatíveis.

E é então que Goku e Vegeta chegam no futuro alternativo de Trunks com o objetivo de derrotar esse mal, algumas lutas acontecem e Trunks desperta sua transformação rage.

O grande problema aqui esta nos níveis de poderes durante o confronto: Mirai Trunks não tinha e continua não tendo poder para lutar contra Zamasu e Black, mas isso não impediu os produtores de colocar ele para lutar de igual para igual contra ambos em determinado momento da série em prol do protagonismo.

Em um breve momento ocorre a luta entre Vegetto Blue e Black Zamasu, que lutam um empasse equilibrado (Embora a dubla de saiyajins tenha se demonstrado mais poderosa do que a dos Kaioshins o que novamente faz a luta das fusões um absurdo), mas as fusões potara (Os brincos) se encerraram de repente com a desculpa nova de que ''as fusões potara são temporárias se o ser criado for muito forte'' o que eu simplesmente achei tosco demais.

Agora esgotados pela fusão, Goku e Vegeta estão fora do pódio, e cabe ao Mirai Trunks derrotar Zamasu Black, como você me pergunta? Conjurando uma Genki Dama do nada (A energia de meia-dúzia de gatos-pingados) e canalizando em sua espada para desintegrar a fusão alá Jaspion.
Não perdoou, Golpe Frontal!!!


E então entramos no último arco, O Torneio do Poder, onde os mais fortes de seus respectivos universos se encontram para lutar...E temos o Mestre Kame (de novo).

Mas o principal motivo para o Torneio do Poder ser citado em furos de enredo e falta de lógica é por causa da equipe de Goku: Em busca de lutadores para representar o universo 7, Goku saiu desafiando cada um de seus amigos no soco e em absolutamente todos os casos os amigos de Goku lutaram contra o mesmo em SSJ Blue de igual para igual!


Encerro por aqui meretissimo.






Personagens deixados de lado:
Todo um Hype para nada...

Em Dragon Ball Super muitos personagens foram rebaixados a meros coadjuvantes secundários/terciários tendo suas participações em histórias filler com a finalidade de ser bobinhos e engraçados (vinde Goten & Trunks com a trupe do Pilaf).

Nesse ponto eu culpo os produtores por não saberem como trabalhar com os personagens que tinham em mãos. Parece que os mesmos nunca viram Dragon Ball Z em suas vidas e esqueceram que embora sejam crianças, os caçulas da dupla de heróis são guerreiros bastante ativos e por diversas vezes demonstraram ser tão competentes quanto os demais lutadores. Sério, eles deixaram de usar Gotenks em diversos momentos quando a necessidade pediu usando alguma desculpa esfarrapada, e quando Gotenks aparece em anime para enfrentar Beerus, ele nem se transforma.




Eu poderia continuar a listar os problemas de Super (Acreditem, são muitos), mas os que mais me incomodaram foram esses. Eu pensei em falar sobre a farofa que é a adaptação da história para mídias diferentes, mas eu seria hipócrita de falar mal de algo que não me preocupei a ver a fundo (Entenda-se, não acompanhei os desfechos do mangá).

Eu poderia falar das censuras a sangue e cenas brutais, mas não é como se outros animes shonens não estivessem fazendo isso também, e o pior de tudo é que eu posso compreender a meta deles com isso: Ao fazerem a censura em sua fase de produção, os produtores podem abaixar a idade minima dos consumidores da obra, assim garantindo um maior retorno financeiro.

Agora, vocês devem estar achando que eu odeio a obra, correto? Há uma meia-verdade nisso tudo. Quando Super começou eu fiquei genuinamente animado com a ideia de uma continuidade da história do Z, mas com o passar do tempo eu via muita encheção de linguiça e coisas sem sentido acontecendo na série que foram responsáveis por me afastar da mesma.

Eu acompanhei o anime mesmo assim pois mesmo não gostando, eu queria ter os argumentos para provar a minha opinião e não ser um daqueles haters estúpidos que pipocam em fóruns.

Agora que eu malhei a obra, irei falar das coisas que me deixaram contente ao presencia-la.




Aberturas Fantásticas:

Um ponto forte desse anime são suas músicas frenéticas e cheias de energias que são capazes de deixar qualquer um eufórico ao ver as cenas de porrada entre os personagens da obra e ainda por cima da bastante material para os mais fanáticos pela série possam debater em fóruns a respeito de teorias e mensagens escondidas na obra, como por exemplo que transformação seria essa que aparece na segunda abertura (No caso estaria falando da Migatte no Gokoi).






Animação Soberba:
Da saga Black em diante os animadores se preocuparam em dar uma atenção maior nos frames dos episódios para que ninguém saísse (muito) torto.
Dragon Ball Super pode soar estranho para alguns fãs antigos devido seu traço e sua palheta de cores ser diferente da época de 1990, mas é mais uma questão de costume do que uma questão de qualidade.
Do episódio 70 até o 131 existem diversos efeitos especiais belíssimos e chamativos que casam muito bem com o áudio do anime, que continua mesmo após tantos anos contando com a presença de uma excelente e clássica equipe de dublagem, não importando qual país seja o responsável pela exibição do desenho. (Alias, antes que eu me esqueça, descanse em paz Hiromi Tsuru, eterna Bulma japonesa).






Personagens novos interessantes:
Dragon Ball Super foi o responsável por nos apresentar personagens carismáticos e com uma história bastante chamativa como eram o caso de Hitto, Caulifla, Kale e Kyabe. No Torneio do Poder ainda somos apresentados a personagens de diversas inspirações a cultura pop e a países, eu admito que quis o elenco de Deuses da Destruição que foi mostrada em um desenho de fã, mas os que temos são bastante competentes também.









As lutas são Incríveis:

E mais uma vez voltamos a apresentar a porradaria comendo solta, com lutas bem coreografadas e rajadas de energias incluídas.
As lutas de Dragon Ball sempre foram boas, mas Super fez um trabalho sem igual utilizando das novas ferramentas disponíveis para deixar tudo mais animalesco, se somarmos com a empolgação que adquirimos com as músicas de abertura, a trilha sonora do anime, os efeitos especiais e as transformações é para qualquer pessoa ficar igual o Vince Mcmahon.
Esse cara.








Coisas Nostálgicas:

Um ponto muito forte de Dragon Ball Super é a de explorar e trazer a tona elementos visuais e narrativos que ha muito tempo haviam sido deixados de lado, como por exemplo o Retorno de Trunks do Futuro, o Mafuba a técnica para selar Piccolo Daimao, a Fusão Potara, O retorno de Freeza, Uma personagem inspirada no Brolly, Os Yadrats e o retorno daquele humor mais leve e descontraído da primeira fase de Dragon Ball.

É um prato cheio para os mais antigos fãs da série.








É Dragon Ball:


Dragon Ball Super faz uma coisa boa ao existir mesmo possuindo todas as suas falhas: Super quebra o hiato de quase 10 anos que a franquia levava após o término de GT.
Dragon Ball Z há muito tempo deixou de ser um anime ou um mangá e passou a ser visto mais como um nome, uma marca; isso se deve ao fenômeno mundial e multi-mídia que a obra se tornou e se levarmos isso em consideração junto com o fato do anime ser aclamado e proclamado como um dos maiores e melhores do mundo seja por sua qualidade ou por inspirar diversos trabalhos ainda hoje (Como Naruto por exemplo, outro grande sucesso mundial), é bizarro como a série permaneceu por tanto tempo parada sem um filme, uma animação ou especial. Claro, se formos considerar as produções de fãs, industrias de games e os remakes, nós temos respectivamente Absolon's, Heroes's e Kai's da vida, mas não é a mesma coisa.


Enfim espero que tenham compreendido a proposta desse novo tipo de artigo: Não é sobre massacrar a obra com as coisas que me incomodam (muitas das mesmas foram corrigidas ou são vistas por muitos como coisas positivas), mas é dar uma visão mais aprofundada do tema explorando partes que me deixaram incomodado, talvez se tivessem outro desfecho poderiam ser evitados, mas não é algo que sirva para tabelar como bom ou ruim. Alias esse tipo de artigo serve de complemento para eu deixar um pouco de mim para vocês, eu vou falando dos meus gostos nesse tipo de tema e deixo mais claro qual é a minha visão das coisas. Sabe, quando te perguntam se você gosta de algo, um sim ou um não são muito rasos e as vezes não temos tempo para elaborar todo um debate com n razões de porque preferir assim.
Principalmente nos dias de hoje onde todos são criticados pela sua opinião; essas pessoas que atacam as opiniões alheias precisam saber que o mundo não é mais preto com branco, existem vários tons de cinza que mostram quem nós somos.

Uau...eu dei uma divagada ferrada agora, pois bem.


Então pessoal, esse foi mais um artigo, eu espero que tenham gostado, se você é novo seja muito bem-vindo; a todos os leitores eu peço que comentem o que acharam, façam sugestões e criticas a respeito do tema e terei o maior orgulho em responde-las.

Até a próxima e tchau.