Breath of Fire 2

Fala Pessoal, como vão vocês? hoje eu irei fazer uma continuação a um artigo que eu já produzi no ano passado. O artigo de hoje foi sugerido pelo meu grande amigo e camarada de Facebook, Danilo.

Então como vai funcionar? eu irei fazer uma analise completa de Breath of Fire 2, como fiz com o primeiro e depois irei fazer um comparativo entre os dois. Espero que gostem.

Alias, a parte 1 de Breath of Fire esta aqui para vocês verem.

(AVISO: Esse artigo contém SPOILERS)

Breath of Fire 2: The Fated Child (火の息吹：亡くなった子 ou O fôlego de fogo: a criança marcada) é um jogo de gênero RPG de ação e aventura produzido em 2 de dezembro de 1994 por Tokuro Fujiwara e pela Capcom e foi distribuído para Super Nintendo e futuramente para o Game Boy Advande (GBA) e para o Wii.

Tokuro Fujiwara (1961-) É um dos maiores funcionários da Capcom, tendo trabalhado antes para a Konami até 1983. Ele foi o criador de obras como Bionic Commando e Ghosts 'n Goblins, além de ter participação na produção de outras obras, tais como Resident Evil, alguns jogos de Mega Man e Final Fight. Segundo a IGN em algum ano entre 2010 à 2016, Tokuro Fujiwara estaria classificado como sendo o 13° maior criador de jogos de toda a história (em um rank de 100, ele é o 13°, sente a moral).

Capcom, produtora de jogos fundada em 11 de junho de 1983 pela fusão de duas empresas (I.R.M Corporation e a Japan Capsule Computer Co Ltd). Capcom é uma empresa famosa e renomada conhecida mundialmente por suas obras, tais como as franquias de Street Fighter, Darkstalkers, Breath of Fire, Resident Evil, Devil may Cry, dentre outras. A Capcom quando era uma empresa ''menor'' já sabia como ser grande, trabalhando com parceria de diversas outras empresas no ramo do entretenimento, como por exemplo a Disney.

Sinopsia:

Há muito tempo atras, um grande mal havia se erguido com o objetivo de conquistar e destruir o mundo dos homens, felizmente ele foi derrotado e aprisionado em um portal escondido no interior de uma montanha. Uma mulher do clã dos dragões, temendo por seus filhos, decidiu abdicar de sua vida e selou a entrada para aquela montanha transformada em dragão para todo o sempre. Algum tempo depois, esse mesmo mal retornou, não em sua forma física, mas a sua presença causa panico e caos por onde passa, a sua influencia faz com que pessoas se transformem em demônios e o mundo parece querer mergulhar em uma era de desgraças de novo. As pessoas desesperadas começaram a virar devotos de uma nova religião, o Evanismo. O pai de Ryu (nosso protagonista) era o marido da mulher que se sacrificara e ele havia virado um padre influente do Evanismo em sua vila. Um dia, ele (seu nome é  Garner) mandou Ryu buscar sua irmã que havia indo visitar o tumulo de sua mãe, acontece que tudo muda ao retornar para casa depois dos outros; pois Ryu vive agora em uma vila onde ninguém se lembra dele. Ryu é mandado para um orfanato e lá conhece o seu melhor amigo a qual o trata como irmão; Bow, e decidem fugir daquele orfanato. O tempo passa e agora os dois são jovens aventureiros que passam a vida trabalhando como caçadores de recompensa/aventureiros/salvadores (fazem qualquer coisa por um trocado) mas em uma de suas missões, eles teriam que viajar em uma aventura que culminaria no destino de Ryu (SPOILER SUPREMO).

Personagens:

• Ryu: Ele é o garoto da profecia e um dos últimos remanescentes do clã do dragão. Ryu é um jovem bondoso,cheio de energia e aventureiro com espirito e mente sendo postos a prova devido as duras situações a qual ele passou e ainda terá que passar. Ryu não se lembra de algumas coisas de seu passado (ou finge não lembrar) e  busca encontrar o seu pai e a sua irmã que desapareceram a muito tempo atrás.
  
• Bow: Ele é um homem-cachorro e é o melhor amigo de Ryu e seu braço direito. Bow é extrovertido, habilidoso e possui bons contatos desde a época em que ele era um ladrãozinho. Bow se endireitou nesses 10 anos que passaram e agora tenta seguir uma vida honesta como caçador de recompensas.
  
• Katt: (minha favorita) Ela é de uma raça de híbridos de homens com felinos (tigres). Katt havia se tornado a campeã de um Coliseu e estava fadada a ficar lá dentro até que alguém a derrotasse (tarefa dita impossível devido a sua força e a sua agilidade). Katt é manhosa, mas também sabe ser cavala (ignorante) ela tem uma quedinha por Ryu e o segue por 2 motivos: primeiro pois ele é mais forte que ela (atração por caras fortes?) e segundo pois ele salvou a vida dela (ta explicado).

  

  Os Otaku, os games, todo mundo pira na Katt, deve ser por ela ser uma Cheetara sem causas. Alias, cuidado ao pesquisar seu nome na internet.

• Rand: Quem vê Rand a primeira vista pensa que ele é um brutamonte sem piedade, o que não é bem por aí. Rand é de um clã de...Homens-Tatu?, situados no continente oeste. Rand é dono de uma enorme força e de um enorme coração, estando disposto a morrer por seus amigos. O grandalhão é calmo e quieto, mas vai tirar ele do sério para ver o estrago que ele faz. Ele estava no coliseu quando as trevas surgiram e se juntou mais pela necessidade da ocasião do que por alguma dívida ou cena impactante.(Tecnicamente, o Rand é de dois em uma: uma criança ou um jovem adulto, isso se deve a ele ser o ''filhinho da mamãe'').
  
• Nina: Ela é a princesa de Windia, o reino das pessoas do clã wing (conhecidas aqui como o clã dos pássaros). Nina assim como Ryu foi esquecida de sua existência, mas diferente de Ryu, ela foi esquecida por ser considerada maldita em seu povo. Reza a lenda que quem possuir asas negras trara grandes desastres, por isso ela foi expulsa da realeza por assim dizer. Nina é perita em magias, possui uma personalidade calma e gentil, sendo até tímida em algumas ocasiões e ela possui uma irmã (E agora todos que jogaram BoF 2 começam a chorar)
  
• Sten: Ele é um macaco que luta artes marciais, só isso já vale como descrição. (tosse) Sten é oriundo de um reino altamente desenvolvido, situado no deserto. Sten é alguém de alta patente politico/militar (sendo sincero eu não entendi bem a história dele) que decidiu dar as costas para o seu povo devido a um acontecimento. Após isso Sten vivia trabalhando como artista de rua (ele faz mágica) até se encontrar com Ryu e sua turma. Sten é engraçado, habilidoso e um pouco medroso também, sendo bem sério quando vocês precisam ir para o reino dele.
  
• Jean: Ele é o príncipe exilado de uma raça de homens sapo. Jean é uma pessoa educada, com etiqueta e postura, e até possui um linguajar mais sofisticado. Jean é um nobre e aprendeu a lutar para ser um guerreiro, exímio na arte da espada. Nossos heróis encontram Jean enfeitiçado em um pântano e para poder tira-lo dali, eles teriam que primeiro derrotar a feiticeira que fez isso a ele, e depois alguma garota bonita (Nina ou Katt) teriam que beijar Jean para poder quebrar a maldição (bem naquele estilo a princesa e o sapo).
  
• Spar: Spar é uma entidade andrógena (eu descobri o seu sexo pesquisando muito, é Mulher) híbrido das plantas. Spar é uma criatura isenta de sentimentos, e que era o guardião da floresta (Recapitulando: Spar é uma mulher-planta sem sentimentos e que era uma druida que servia a mãe natureza). Isso tudo muda quando Spar é capturada para servir de atração em um circo.
  
• Bleu: Nossa querida Lâmia esta de volta. Não existe uma trama desenvolvida com ela, aqui em BoF2 ela é uma poderosa feiticeira que morava em uma caverna escondida no meio do deserto e que era negligente com seus deveres de limpeza doméstica (deixou tudo a serviço dos fantasmas que a protegiam desde BoF1) Bleu é uma poderosa feiticeira que estava se disfarçando como aluna de uma escola de magias apenas para ver o que acontecia de ''interessante'' por ali.
  

Detalhes Técnicos:

No jogo, começamos nossa aventura de uma maneira bem parecida com a qual começamos a de Breath of Fire 1.

Na tela inicial nós avançamos para a opção ''New Game'' para dar a nossa partida

E segue para um painel para batizar o nosso personagem principal (com 4 caracteres disponíveis para poder formular o nome)

E em seguida temos o modo de ajuste do jogo, onde mechemos da velocidade dos balões de dialogo e outras opções que envolvem a parte áudio-visual.

E feito isso o jogo se inicia.

(A partir de agora, eu irei fazer algumas comparações entre os dois jogos (BoF e BoF2, ressaltando no final o que da para se tirar de bom e o que da para se tirar de ruim do jogo).

Questões gráficas:

BoF 1

BoF2

Como podemos ver, houve um certo desenvolvimento por parte da tecnologia da época e em BoF 2 temos personagens com moldes remodelados e figuras mais arredondadas, diferente da primeira versão de Breath of Fire, onde os design's dos personagens era mais voltados para ''formas retangulares''.

Também se nota que que houve um acréscimo na palheta de cores de Breath of Fire 2, o jogo possui mais variedade de tons, cores mais vivas e até foi trabalhado a questão de jogo de luz e sombra desse jogo, aqui nós podemos contar com a presença das nuvens, essas que estão ali para enfeitar o cenário do ''Mapa-Mundi'' do jogo.

E falando em mapa Mundi...

BoF 1

BoF 2

O Mapa de BoF 1 era muito mais extenso e as possibilidades eram maiores, tanto pelo número de masmorras, quanto a de cidades presentes no jogo.

Mas não se engane, todos os pontos vermelhos do mapa de BoF 2 são cenários interativos, e dentro deles temos uma variedade de ambientações, entre cidades, tendas, cavernas, calabouços, vilarejos, palácios, florestas e ''mundos'' (falo mais disso sobre)

O cenário de BoF 2 também esta mais bonito, veja uma comparação de Windia, a cidade do clã dos pássaros, terra natal da Nina.

BoF 1

BoF 2

Reparem na riquesa de detalhes, na arquitetura das casas, nas tabuas da ponte e até no fundo do rio do segundo cenário, podemos ver melhor essas tais diferenças gráficas, fora que os prédios agora apresentam, como posso dizer? Uma proporção mais aceitável de tamanho em relação dos demais personagens.

Em ambos os jogos estão inseridos a mecânica de dia e noite, o que é responsável por algumas alterações em diálogos e acontecimentos dentro do jogo, como por exemplo as janelas das casas com a iluminação de dentro.

Em ambos os jogos ha a presença de animais para a caça, na qual podemos pegar os itens que eles dropam caso a gente consiga os encurralar, a diferença em Breath of Fire 2, é que agora esses animais estão dentro de uma ''mini-dungeon'' com bioma de floresta que aparece de maneira aleatória conforme se enfrenta os monstros do Mapa-Mundi.

BoF

BoF 2

Neste game, os animais estão mais difíceis de serem pegos, o que aumenta o desafio.

E já que entrei em uma parte das mecânicas de interação...

Existem trechos que aparecem com peixes próximos de áreas com água após algumas lutas randômicas no Mapa-Mundi. Assim como no antigo jogo, você pode pescar e os itens adquiridos podem ser os melhores do jogo.

O pessoal da Capcom fez o favor de deixar a experiencia de pesca mais realista (desgraçados), então pescar baus e peixes de dentro de um córrego ficou mais difícil , pois existem outros fatores para levar em conta, como tamanho da linha, força aplicada, força da correnteza, etc...

Interações e Modo de Luta:

Como vocês devem se lembrar, em BoF haviam inúmeros trechos específicos nas dungeons e nos Mapa-Mundi onde você era OBRIGADO a passar com algum personagem na liderança, pois bem, em BoF 2 isso não foi mexido, mas esses mesmos trechos são mais flexíveis com o jogador, podendo ser contornados de outras formas, mas que levariam mais tempo ou que aumentariam o risco do jogo.

Em Ambos os jogos nós temos as seguintes interações dentro de uma dungeon/cidade: Andar, conversar e interagir com baús e prateleiras em busca de itens, em BoF 2 não existe mais aquela baboseira de ''itens invisíveis'' (Graças a Deus) 

Em Dungeons/Mapa Mundi permanecemos com as mesmas habilidades, tirando a interação com prateleiras, até porque esse não faz parte do background do cenário.

Fora a existência de trechos onde você só pode passar com algum personagem na liderança.

Em ambos os jogos, as lutas no mapa-mundi acontecem de maneira randômica, sendo que vemos a principal diferença de quesito gráfico dentro do modo de batalha:

BoF 

BoF 2

Aqui o painel de luta é muito mais claro e mais fácil de entender, basicamente temos os personagens em fila horizontal, onde vemos o seu nome, HP, AP (Mana do jogo) e Lnl, alem do painel de luta do jogo, com os dizeres Auto (modo automático), Run (para fugir), Atc. (atacar), Guts (que no caso é a habilidade unica de um personagem, no caso o Ryu), Spl (onde usamos as magias dos personagens) e Item (onde acessamos o inventário).

As lutas aqui estão mais dinâmicas e é mais fácil de se programar, que estratégia fazer e o que fazer, valendo lembrar que esse jogo possui NOVE personagens, diferente de seu antecessor que eram OITO.

E já que comecei a falar dos personagens:

Personagens em luta:

• Ryu: É um personagem equilibrado e forte. Ryu é um personagem com uma das melhores agilidades do jogo e possui magias de cura (uma inovação muito agradável) além de poder usar as suas magias de transformação em dragão.(Não possui habilidade como líder)
  
• Bow: É um personagem mediano e que não possui muita defesa, ele compensa por ser um excelente healer.(Não possui habilidade como líder)
  
• Katt: É a personagem mais rápida e forte em força bruta do elenco. Infelizmente Katt possui pouco HP. (A função da Katt como líder é de poder quebrar umas pedras no caminho e de abrir passagem por partes estreitas)
  
• Rand: É uma muralha de defesa e um monstro em termos de vida e de Força, infelizmente ele possui uma velocidade ridícula de baixa, mas pasme...O cara também é Healer e é um Buffer.
  
• Nina: Ela tem uma velocidade considerável, mas possui ataque e defesas horríveis, alem do mais, ela diferente da Nina do BoF não é uma healer, aqui ela é magia de destruição pura. (A função da Nina como líder é no futuro poder invocar um pássaro para poder viajar para qualquer lugar do mundo)
  
• Sten: É o membro masculino mais rápido da party, infelizmente a força dele é que nem a metáfora do Magikarp (começa uma bo*** e depois fica monstruoso depois de tempo e dedicação), infelizmente Sten tem uma defesa mais ou menos para baixo. (A função de Sten como líder é a de poder atravessar para o outro lado de um desfiladeiro, onde há a presença de um poste)
  
• Jean: É um membro habilidoso e que conta com ataques mistos de força e magias que podem ser usadas para causar debuffs em inimigos ou simplesmente os destroçar com magias elementais. Jean tirando isso é um personagem mediano em todos os outros aspectos (A função de Jean é a de se transformar em um sapão e poder andar sobre qualquer terreno desde que não seja montanhoso e ele pode atravessar lagos e rios)
  
• Spar: Spar é a 3° melhor healer do jogo e possui a melhor variedade de magias do jogo todo, sendo usada tanto como maga de cura quanto buff, debuff e auxilio, seu dano é meio baixo e não tem muita resistência (Eu vi em detonados que ela era a PIOR PERSONAGEM DO JOGO...BULLSHIT.) (A função de Spar é a de conversar com arvores, essas que podem te contar algum segredo útil e tem aquele poder do Bo de atravessar florestas em mapa-mundi)
  
• Bleu: Disparada a personagem mais roubada do jogo. Bleu não tem muita resistência, mas que se dane isso uma vez que ela pode entrar para a party estando 15 NÍVEIS ACIMA DO PESSOAL, fora o fato que ela é a maga mais poderosa do jogo. (Ela não tem função como líder).
  

Os personagens desse jogo estão melhores distribuídos em suas funções, apesar de eu reclamar da Nina não ser mais a Healer do grupo.

Dentro de Breath of Fire 2, existe a presença das Shaman's, 6 jovens moças dotadas com o poder de um dos seis elementos: Fogo, Água, Terra, Vento, Luz e Trevas e que se unem em sua aventura, auxiliando o grupo com ''Fusões'' que aumentam os poderes dos personagens, além de conceder transformações novas a eles e que só são desfeitas se o personagem estiver para morrer.

Da Esquerda para direita: Terra, Luz, Trevas, Água, Fogo e Vento.

As Shaman's são quase que uma sidequest do jogo, uma vez que não é muito difícil de encontra-las, mas fazendo o modo história do jogo você ira topar com apenas 2 delas (Fogo e Trevas) (As outras você precisa atingir certos requisitos ou voltar para uma determinada parte de uma dungeon para encontra-las).

Só para sentir o gostinho do poder delas (e provar que Spar é uma mulher), saca algumas transformações dos personagens (Obs: Ryu e Bleu não se transformam):

Jean

Rand

Nina

Spar

Katt

Sten

No decorrer do jogo, a gente vai ajudar um velho com o problema de infestação de baratas em seu recinto, e como agradecimento ele decide deixar vocês reformarem o lugar e transformar aquilo ali em TownShip, uma cidade e também esconderijo do seu pessoal.

Em TownShip você poderá escolher os membros da sua party (uma desvantagem de BoF 2 em relação do primeiro: você não pode trocar a sua party em qualquer hora e em qualquer lugar) e eventualmente poderá convidar certos NPC's para morarem em sua vila, cada um desses NPC's garantem uma função nessa cidade, como por exemplo: Taverna, loja de armas, pintor (quem não gosta de decorar sua casinha não é mesmo?), A casa das Shaman's, dormitórios para a sua party, etc...)

Para salvar o jogo, você precisa ir nas estatuas de dragões, assim como no game anterior, mas a diferença aqui, é que tirando TownShip, a unica forma de trocar a sua party é indo nessas estatuas de dragão.

Como já devem ter reparado nesse jogo também exite a chance de formar equipes de 4 integrantes.

Quando entramos em um lugar novo e queremos saber se aquele lugar esta limpo de criaturas, basta abrir o menu do jogo e observar essa criaturinha:

Quando essa coisinha estiver dormindo, não há monstros e quando esta acordada, há.

Trilha Sonora:

A trilha sonora de ambos os jogos são bons, mas as músicas do segundo jogo não sofrem do mesmo mal que a do primeiro, de serem repetitivas e maçantes a longo prazo, algumas faixas são versões remixadas do primeiro jogo, e as outras músicas são músicas de suspense, tristeza, e alegria e tocam em diversos momentos e lugares, e se encaixam bem.

Ambientações: 

Em ambos os jogos há a presença de um universo misto de feudalismo com idade das trevas, mas que recebe alguns toques de SteamPunk.

Em Breath of Fire 2 ainda é melhor explorado cenários como castelos, igrejas e calabouços, devido a história conforme ela vai avançando.

História e Personagens:

A história de BoF 1 era bem explicada, simples e de fácil digestão, era um conceito simples sobre um ''Imperador do Mal'' que queria extinguir um clã rival para evitar possíveis ameaças do seu plano de dominar o mundo.

Em Breath of Fire 2, a história é tão complexa e rica em conteúdo que chega a ser fácil de se perder no jogo.

Em BoF 2 a história é contada em 4 pontos: O Começo-A chegada dos personagens-A metade do jogo-A reta final.

O jogo parece algo ''mal contado'' e confuso pois demora para ser explicado certos pontos da história, isso se deve pois conforme vamos encontrando membros novos na party e indo para novos lugares, vão surgindo tramas paralelas, fora que Breath of Fire 2 não é tão linear quanto Breath of Fire 1.

Existem pontos de escolha nesse jogo, como por exemplo na luta perto do fim do jogo e a forma como você finalizar essa luta ira determinar o seu final.

• ''O Começo'': Nessa parte do jogo nós temos acesso a algumas informações que só serão trabalhadas mais a frente no jogo, então é fácil se esquecer da trama tratada, o ponto forte nessa parte é a história de Ryu e Bow e a forma como uma missão vai desencadeando eventos que irão acarretar no destino de Ryu.
• ''A Chegada dos personagens'': É o momento do jogo onde os outros personagens vão entrando para a sua party e nesse momento começa a ''história dele'', que seria a forma como tal sujeito esta enfrentando os últimos acontecimentos vivenciados, fora que é onde temos o desenvolvimento desse mesmo personagem como pivô de um breve momento da história.
• A metade do jogo: É a partir dai que a história principal volta a tomar cena e o pessoal começa a se juntar para lutar contra os maiores hecatombes narrativos desse arco, como por exemplo a guerra contra os falsos profetas.
• A reta final: A história volta a dar papel principal no Ryu e temos todas as reviravoltas sobre a sua história revelada e a grande escolha que ira determinar o rumo do mundo.

A história do jogo meche com temas pesados de maneira madura e trazem a tona um pouco da realidade em uma obra ficcional, são temas como família, sacrifício, política, religião, Deus e até sobre uma mesma história sendo contada por lados antagônicos.

Quer um exemplo?

Era dito que Ryu era o ultimo remanescente do clã dos dragões, então em determinado ponto da história aparece Ray. Ray é outro membro do clã dos dragões, um homem nobre, humilde e muito mais experiente que Ryu; alias, ele é o tipo de sujeito que gostaríamos de ter na party, mas tem uma diferença: Ray é uma espécie de padre andarilho da igreja de Evans. Devido a Ray ser um devoto do Evanismo, ele não percebeu que seus ideais não eram tão nobres e beneficentes quanto o disseram para ele, e por um erro de conduta, que para ele parecia ser o correto, faz ele se tornar um dos vilões da história. No meio do confronto, depois de tudo o que Ryu e sua party passaram, Ryu desenvolve uma transformação de dragão muito mais poderosa e consegue vencer Ray. Em seu leito de morte, Ray fala sobre seu sonho de um mundo em paz e diz estar feliz que Ryu se tornou um dragão mais poderoso que ele.

Vale lembrar (caso eu não tenha dito no começo do artigo, eu digo aqui) A religião Evanismo é uma religião ''falsa'' que conseguiu inúmeros adeptos através de promessas de paz e milagres realizados com os poderes dos adeptos da tal seita. Acontece que por de trás da mascara de religião da paz, se escondia uma corporação corrupta que trabalhava a mando do Demônio supremo e que usava os fiéis como escudo de todas as investidas que os heróis pudessem fazer contra a religião, mesmo depois de descobrir que o ''Papá'' dessa religião, o Senhor Evans tinha uma passagem secreta na igreja que levava para um lugar onde ele torturava, matava e absorvia os ''hereges''.

Neste jogo, os personagens, mesmo os coadjuvantes possuem em algum momento um enorme destaque a trama, vale lembrar da importância de Tiga Lee por exemplo, o líder de uma resistência que lutava contra a religião de Evans e que teve uma grande contribuição com o desenvolvimento da história da Katt.

Os protagonistas do jogo são muito bem construídos, as suas tramas e suas histórias são muito bem contadas, são personagens carismáticos e é fácil você se apegar a eles.

Agora, lembra que eu falei que a história tinha algumas escolhas a qual você podia decidir? Pois bem, existem uma parte muito avançada no final onde os gurus do seu clã te oferecem um grande poder em troca de sacrificar um dos teus amigos.

Em termos de história, esse jogo não segura nenhum soco, e você vai hora ou outra se impactando com o desfecho de certos personagens.

Como por exemplo o sacrifício da Mãe do Rand e o sacrifício de Mina, a irmã de Nina.

A Mãe do Rand nunca o tratou bem, e a principio a gente nem sente nada por ela por causa disso, mas a cena em que ela empurra o filho para ele não morrer em uma armadilha que acaba a matando no processo...

Ta aqui para vocês verem. 

Eu chorei vendo essa cutscene.

E sobre a Irmã da Nina

Imaginem a trama da Nina de Breath of Fire 2: Ela é uma princesa que foi exilada de seu próprio reino e esquecida por todos de sua raça por causa de suas asas negras que segundo a sua cultura estariam associadas a caos e desgraça.

Em determinado ponto da história nossos heróis precisam ir para o outro lado do mundo e a unica forma de fazer isso é viajando a vôo. Neste momento Nina decide se sacrificar e decide fazer o ritual de passagem espiritual de seu clã, cumprindo tão ritual a pessoa do clã dos pássaros pode se tornar em um, mas com um grande preço a pagar:

Você perdera todo o traço de humanidade que você tinha, junto de suas lembranças e personalidades.

Mina era a irmanzinha caçula de Nina e que deixou o conforto do palácio apenas para se oferecer no lugar da irmã para sofrer esse triste destino.

Obs: essa transformação é irreversível.

Em termos de maturidade e desenvolvimento, BoF 2 faz o primeiro parecer um lixo

No jogo ainda contamos com 3 finais (sendo que um deles não é bem um final).

O primeiro você consegue após dizer não, quando te perguntam se quer ir na dimensão do mal e destruir o vilão supremo do jogo, o que gera essa cena (game over irreversível)

O mal ficou tão poderoso e numeroso dentro daquela dimensão que em determinado momento eles conseguem romper o selo e invadem em uma grande horda o reino dos humanos, matando e conquistando TUDO.

O segundo final você obtêm após derrotar o vilão supremo depois de decidir matar um homem que estava tendo seus poderes drenados por uma maquina (Obs: esse homem era seu PAI que havia desaparecido) O resultado daquilo? no final do combate, o monstro não é totalmente vencido e diz que em um futuro próximo ira retornar, Ryu não vendo outra solução decide ocupar o espaço que era de sua mãe (Sim, ele decide virar um dragão e morrer para selar a entrada daquele lugar para que a terra voltasse a ficar em paz)

Aqui esta o final triste do jogo.

O terceiro final você faz a mesma coisa que fez no segundo, mas com a diferença que você não mata o seu pai. Em vez de você se sacrificar, o seu pai lança a TownShip (que nessa altura se transformou em uma cidade/nave) em cima da montanha selando a passagem para sempre (E é claro que ele morre no processo)

Aqui esta o final bom do jogo

Vale ressaltar que em ambos os dois últimos finais do game, a trilha sonora é de cortar o coração e a qualidade gráfica que mostra essas sequencias de ações não ajuda muito o sujeito de tentar conter o choro.

Universo de Breath of Fire:

Uma coisa estranha a se observar na franquia de Breath of Fire é que o seu universo é individual, ou seja, a história de um jogo não tem nenhuma relação com a história de outro jogo, são como universos alternativos de uma mesma trama.

Os unicos elementos que nós temos presentes em todos os jogos sem distinção é a presença de um garoto de cabelo azul do clã dos dragões e que se chama Ryu, e de uma garota com asas que se chama Nina (é como se o destino deles estivessem entrelaçados).

O engraçado é que Breath of Fire 2 ignora esse conceito, possuindo um pouco de cada desses elementos, uma vez que é dito que BoF 2  é uma sequencia direta na cronologia de BoF, isso a gente tira por parte da Nina:

É dito que ela é uma descendente (obviamente ela e toda a sua família) da primeira Nina de BoF

A forma como Nina se desenvolve de maneira madura e independente nessa dungeon não é brincadeira.

Críticas ao jogo:

Esse jogo é magnifico, mas eu não consigo deixar passar algumas cagadas presentes nesse jogo, então vamos a elas:

• Grinding Obrigatório: essa é de praxe, normal em todos os jogos de RPG, mas e se eu dissesse que a sua party começa com 2 membros e mesmo assim vocês tem a chance de morrer para as criaturas mais fracas da primeira dungeon? BoF 2 te obriga em determinadas partes do jogo dar uma parada para poder desenvolver os seus personagens, do contrário você esta muito ferrado.
• Trechos temporários: Existem certos ''coletáveis'' presentes no jogo que só podem ser pegos em partes especificas do seu progresso, e o pior é que você só se da conta depois de já ter passado dessas partes. Eu pessoalmente fiquei muito puto, pois deixei uma pá de itens e equipamentos valiosos para trás, alem de não conseguir recrutar mais ninguém para a minha cidade, e o motivo eu não sei.
• Katt: Eu amo essa personagem (Eu disse AMO), Mas algum sádico infeliz que trabalhava na programação do jogo decidiu dar a ela as magias mais poderosas do jogo. E é então que alguém me pergunta: -Mas Matteus, por que isso é ruim? -Simples meu caro amigo, a Katt NÃO tem mana o suficiente para executar tais magias, a caixa de mana dela é pequena demais para isso e você só consegue usar tais magias se gastar os pontos de magias que você vai obtendo no decorrer do jogo e dar tudo para ela. E vale a pena? Para essa altura do jogo, eu tenho que dizer que não. 
• Partes do jogo que podem te custar a vida: Lembram quando eu falei sobre a Katt no começo do artigo? dizendo que ela te segue pois você salva a vida dela? Então, existem diversos momentos assim com o resto do elenco, e que podem te custar a vida pois se eles ficam ''inválidos'' nesse trecho do jogo, você ficara com um personagem a menos para lutar contra um Boss.
• O Ritmo próprio de cada personagem: Cada personagem possui o seu próprio ritmo de grinding, para começar, eles não upam juntos quando todos adquirem X de experiência, alguns se desenvolvem de maneira precoce enquanto outros demoram para atingir um misero lnl. Por exemplo o Rand que demora muito para se desenvolver enquanto Spar esta toda hora upando.
• A porquice que fizeram com o inventário: Você possui uns 40 slots que podem ser preenchidos no seu inventário...Isso não é 1/4 do inventário a qual tínhamos disposição no primeiro BoF. Fora que o jogo tem um jeito retardado de acumular tralha. No primeiro BoF se você conseguia 2 maças (exemplo), em um único slot estaria assim: ''2x Apple''. Enquanto em BoF 2, O mesmo item iria computar dois slots diferentes, quando eles podiam se amontoar em montes de 9 assim como no antigo jogo. Toda santa hora você precisa selecionar a opção reorganizar mochila para liberar espaço, isso quando não é obrigado a jogar algo fora devido o monte de tralha importante que você vai adquirindo ao longo do game.
• As Transformações de dragão de Ryu: Por alguma razão que eu desconheço, o pessoal decidiu nerfar e muito os poderes de Ryu, No primeiro jogo, as transformações custam tanto de Mana e permanecem até o fim do combate ou até o Ryu ser morto (Mas morrer com Ryu transformado é um feito) Já em BoF 2, você gasta TODA sua mana para infringir um ÚNICO ataque em um alvo (por sorte é um ataque em área) e a duração da transformação dura naquele mesmo round, o que faz você ser obrigado a carregar um estoque de itens de mana para poder usar mais vezes.
• Sidequests:  As Sidequests desse jogo não são algo cancerígeno como no primeiro BoF, mas elas passam batido por você por estar mais ocupado em outros afazeres, fora o fato de partes onde você só pode conseguir certo itens apenas uma unica vez, se avançar aquele trecho do jogo, perdeu. 

Curiosidades: 

• A versão japonesa do jogo é muito mais bonita, com cores mais vivas e com uma capa descente:

• Jean foi inspirado no conto da  princesa e o sapo.
• Sten foi inspirado em Sun Wukong, o rei macaco do livro ''A jornada para o Oeste''.

Dentre outras

Minha Opinião:

 O jogo é bom, possui alguns momentos engraçados e outros tocantes, ele é divertido e envolvente e conta com uma boa trama e um bom elenco, infelizmente tem as suas falhas, mas todo jogo as têm, não é mesmo?

Eu gostaria de agradecer ao Blog Mil, foi de lá que eu tirei algumas imagens para poder colocar nesse meu artigo, eu gosto muito dos artigos deles e foram parte responsável de eu querer fazer um blog.

Então é isso pessoal, espero que tenham gostado desse artigo, se tiverem sugestões ou críticas, escrevam nos comentários.

Até a próxima e tchau.