sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

Não tirem suas vendas, uma analise sobre Bird Box


Nesse ano de 2019 que mal começou mas já considero ''pakas'', uma coisa que eu tento fazer é acompanhar a moda e a febre das pessoas em relação a qual a obra badalada do momento, vocês sabem, aquilo que as pessoas fazem memes, entopem as timelines das redes sociais com debates a respeito de seu universo e que ficam no em alta em sua plataforma de exibição até ser colocado algo que apeteça ainda mais ao seu publico e faça as pessoas esquecerem da moda antiga.

...Sword Art Online foi um anime ''badalado'' em sua época e hoje ninguém se lembra dele...

Mas não é sobre SAO que irei debater hoje, mas sim de um filme de suspense/terror que esta/esteve (fiquei tempo demais em ausência com o blog, aposto que deu uma esfriada no assunto inclusive) dando o que falar na boca do povo, e o assunto do momento é Bird Box.

Pois bem...vamos fazer a iniciação padrão dos meus artigos e ver do que se trata esse filme e se ele merece esse prestigio todo ou se ele só é supervalorizado.

Fala pessoal, como vão vocês? hoje pretendo fazer um artigo sobre Bird Box, um filme que assisti recentemente e que estava pipocando por ai devido ser o assunto do momento.

Sem mais delongas, vamos a analise.


Aviso: Esse artigo contém SPOILERS.
Bird Box (''Caixa de Pássaros''/Gaiola/Casa de Pássaros) é um filme de suspense e terror pós-apocalíptico criado por Susanne Bier em 12 de Novembro de 2018 e adaptado de um livro homônimo escrito por Josh Malerman em 27 de março de 2014.


Susanne Bier (1960-) é uma cineasta dinamarquesa que começou seu trabalho em 1991 produzindo filmes de gênero drama, romance e suspense.

Josh Malerman (???-) é um escritor, produtor, compositor e vocalista norte-americano. Malerman era/é vocalista de uma banda chamada ''The High Strung'', e tinha como passatempo durante as viagens de turnê escrever histórias dramáticas, um amigo de Malerman que tinha contato com alguns empresários de Hollywood pediu permissão de Malerman e acabou mostrando ao mundo suas obras, o que fez Josh Malerman ganhar renome e tempos mais tarde acabar ganhando notoriedade no Reino-Unido com o lançamento de um de seus livros mais famosos: ''Bird Box''.

Sinopse:
Em um mundo pós-apocalíptico, Malorie e seus filhos precisam chegar em um refúgio para escapar do problema de criaturas que ao serem vistas fazem pessoas se tornarem extremamente violentas e serem levadas ao suicídio. De olhos vendados para não serem afetados, a família segue o curso de um rio para chegar à segurança.






Universo da Obra:

A história do filme começa com relatos estranhos ocorrendo na Rússia e em outros pontos da Europa, algo, ou alguém estava fazendo as pessoas entrarem em um estado de panico e fúria, sendo responsáveis por acidentes urbanos e suicídios em massa, de alguma forma isso acaba chegando para os Estados Unidos (bem provavelmente com alguma pessoa ''infectada'' pelo o que inicialmente era visto como uma doença chegando de avião).

Enquanto isso, somos expostos ao dia-a-dia de Malorie Hayes (Sandra Bullock), uma futura mãe solteira com notáveis problemas pessoais e de relação social. Junto de sua irmã, Jessica Hayes (Sarah Paulson), as duas vão fazer o pré-natal e na volta para casa, ocorre um surto daquilo que atingiu a Rússia e o caos toma a cidade. Malorie após perder a irmã atropelada, consegue abrigo em um casarão nas proximidades onde algumas pessoas haviam buscado refugiu anteriormente, e em meio a essa situação que ela busca saber o que esta acontecendo e a trama vai se desenrolando.

O filme intercala em diversos momentos cenas do ''presente'' com Malorie descendo as correntezas de um rio com um casal de crianças com as cenas do ''passado'' que seriam os eventos que ajudam a entender o que aconteceu e que teriam ocorrido em um espaço de alguns anos.

Um ponto forte do filme em relação a temática de ''calamidade urbana'' é a atuação dos personagens: todos eles estão atônitos, catatônicos, com medo e falando coisas insanas que vão desde teorias conspiratórias até menções apocalípticas religiosas.
Charlie foi uma síntese desse desespero pós-apocalíptico...gostei do personagem, pena que logo após sua morte, já é deixado de lado qualquer menção ou importância. 

O filme me lembrou a mesma sensação que eu senti quando assisti a série do ''Nevoeiro'' (The Mist), pessoas presas em ambientes fechados enquanto alguma coisa ronda lá fora. Esse tipo de atmosfera, do ''nada'' que esta os observando é uma forma excelente de se manter o suspense e gera bons resultados quando bem utilizado.

No filme a ''criatura/entidade'' não nos é revelada, deixando um ar de mistério para interpretarmos a nossa forma de como ela deve se parecer, foi uma tomada interessante se considerarmos que o filme é uma adaptação de um livro, e na obra original os eventos são causados por aliens...algo que daria um ar mais sci-fi a história, porem que não foi aprofundada no longa.

Algo que acredito ter chamado a atenção do publico em relação a obra foi o cast diversificado, posso estar falando bobagem, mas foi uma das coisas que me chamou a atenção como o elenco é variado em etnia, sexualidade e idade, algo que consegue ser passado batido (não soa forçado) quando vemos como esse grupo acabou sendo formado, por meio da aleatoriedade entre pessoas em meio ao caos fugindo por suas vidas.

O ponto forte disso é que permitiu que todo mundo que viu o filme ser representado, os personagens do longa-metragem em sua maioria são cativantes, e alguns por mais escrotos ou desfuncionais que fossem para a sobrevivência do grupo como um todo, ainda sim, podíamos compreender em partes a sua visão das coisas, um bom exemplo disso é o Douglas.

Temos aqui um personagem caricato que representaria o ''Homem homofóbico, machista e individualista'' do grupo, mas mesmo ele teve seus momentos de lucidez, sendo o único pensando em preservação e segurança.

Embora os personagens tenham sido bem variados e alguns até possuem carisma em tela (como por exemplo o Tom), é inegável o fato que eles eram arquétipos utilizados enquanto não houvesse a necessidade do sacrifício ou enquanto a base-segura deles não fosse invadida, o que fez com que eles fossem rapidamente esquecidos e a trama voltasse a girar em torno da Malorie e do Tom que teriam que sobreviver em meio da mata criando duas crianças que não tem uma noção do que é brincar entre outras coisas pois a sociedade a qual eles jamais conheceram se foi antes deles nascerem.

Batizados de ''Boy'' (Menino) e ''Girl'' (Menina), a dupla seriam os co-protagonistas nos eventos presentes do filme enquanto Malorie e eles tentam chegar a um lugar seguro seguindo o curso de um rio e se orientando pelos pássaros que Malorie carregava consigo em uma caixa (Por isso do nome do filme), pois as aves se agitavam na presença da entidade.

O filme consegue ser perturbador nos mínimos detalhes (não como um filme de terror, nesse sentido ele é fraco, talvez por conta das pessoas estarem vacinadas contra esse tipo de obra e apelem mais para algo explicito e violento, mas isso é tema para outro assunto), as cenas com o trio na floresta ou no rio sem poder ver nada e sem poder confiar na própria audição pelos poderes da ''coisa'' que os cerca, ou as cenas de perseguições ou quando as crianças ficam sozinhas, são algo aflitivo pois a qualquer momento esperamos pelo pior, e é nisso que Bird Box trabalha bem.




Considerações Finais:

E no fim acho que eu devo algumas explicações correto? Esse artigo estava previsto para começo de Janeiro, mas acabei arrastando ele por tempo demais e no fim Bird Box se tornou outra moda passageira (agora as pessoas estão falando do Salsicha espancador de ninjas da NetherRealm Studios). Bem, o fato é que eu havia perdido o interesse pelo artigo de Bird Box, fiquei procrastinando e jogando/assistindo outras obras que me pareciam mais interessantes do que essa e fiquei meio sem jeito para terminar esse artigo que tinha ficado pela metade, a verdade é que Bird Box é um filme legal, não é uma coisa que vá te deixar traumatizado e talvez nem seja memorável, porem conseguiu ser um sucesso de bilheteria muito embora a crítica especializada tenha detonado esse filme (acho justificável chama-lo de sem-sal, mas falar que ele é previsível e dar nota 5.0 é exagero)

Esse artigo diga-se de passagem não foi grande coisa, a sensação que me passa é que ele saiu superficial pois não deu para extrair algo chamativo desse tema, se vocês leitores possuem uma visão diferente e queiram me mostrar algo que eu deixei batido, sintam-se a vontade nos comentários para complementar a obra.

Meu objetivo com Fevereiro vai ser fazer artigo das coisas que andei acompanhando no final do ano passado até o momento presente e tentar correr contra o tempo, pois estamos com os dias de férias contados. Mesmo assim, eu não desanimarei, irei fazer meus artigos esporadicamente e não pretendo entrar em hiatos repetidos e prolongados como foram no ano passado por exemplo.

Antes de encerrar esse artigo, quero agradecer pelas visualizações de Janeiro, eles bateram recorde e fiquei muito contente com o resultado; embora esse blog seja com fins informativos/entretenimento, me alegra ver que tenho algum feedback e pessoas que se importam e apoiam esse recanto do blogger.

Enfim, sem mais encheção de linguiça, estarei deixando aqui meu Facebook e meu Twitter para aqueles que queiram me seguir a fim de saber de novidades antecipadas ou para bater um papo e me indicar temas.

Não se esqueçam de escrever nos comentários também as suas opiniões quanto a obra analisada ou quanto ao artigo em questão em busca de sugestões e criticas, é sempre importante para que eu possa melhorar.

Recado dado, estarei esperando vocês no próximo artigo, então é isso, até a próxima e tchau.

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