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sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

Não tirem suas vendas, uma analise sobre Bird Box


Nesse ano de 2019 que mal começou mas já considero ''pakas'', uma coisa que eu tento fazer é acompanhar a moda e a febre das pessoas em relação a qual a obra badalada do momento, vocês sabem, aquilo que as pessoas fazem memes, entopem as timelines das redes sociais com debates a respeito de seu universo e que ficam no em alta em sua plataforma de exibição até ser colocado algo que apeteça ainda mais ao seu publico e faça as pessoas esquecerem da moda antiga.

...Sword Art Online foi um anime ''badalado'' em sua época e hoje ninguém se lembra dele...

Mas não é sobre SAO que irei debater hoje, mas sim de um filme de suspense/terror que esta/esteve (fiquei tempo demais em ausência com o blog, aposto que deu uma esfriada no assunto inclusive) dando o que falar na boca do povo, e o assunto do momento é Bird Box.

Pois bem...vamos fazer a iniciação padrão dos meus artigos e ver do que se trata esse filme e se ele merece esse prestigio todo ou se ele só é supervalorizado.

Fala pessoal, como vão vocês? hoje pretendo fazer um artigo sobre Bird Box, um filme que assisti recentemente e que estava pipocando por ai devido ser o assunto do momento.

Sem mais delongas, vamos a analise.


Aviso: Esse artigo contém SPOILERS.
Bird Box (''Caixa de Pássaros''/Gaiola/Casa de Pássaros) é um filme de suspense e terror pós-apocalíptico criado por Susanne Bier em 12 de Novembro de 2018 e adaptado de um livro homônimo escrito por Josh Malerman em 27 de março de 2014.


Susanne Bier (1960-) é uma cineasta dinamarquesa que começou seu trabalho em 1991 produzindo filmes de gênero drama, romance e suspense.

Josh Malerman (???-) é um escritor, produtor, compositor e vocalista norte-americano. Malerman era/é vocalista de uma banda chamada ''The High Strung'', e tinha como passatempo durante as viagens de turnê escrever histórias dramáticas, um amigo de Malerman que tinha contato com alguns empresários de Hollywood pediu permissão de Malerman e acabou mostrando ao mundo suas obras, o que fez Josh Malerman ganhar renome e tempos mais tarde acabar ganhando notoriedade no Reino-Unido com o lançamento de um de seus livros mais famosos: ''Bird Box''.

Sinopse:
Em um mundo pós-apocalíptico, Malorie e seus filhos precisam chegar em um refúgio para escapar do problema de criaturas que ao serem vistas fazem pessoas se tornarem extremamente violentas e serem levadas ao suicídio. De olhos vendados para não serem afetados, a família segue o curso de um rio para chegar à segurança.






Universo da Obra:

A história do filme começa com relatos estranhos ocorrendo na Rússia e em outros pontos da Europa, algo, ou alguém estava fazendo as pessoas entrarem em um estado de panico e fúria, sendo responsáveis por acidentes urbanos e suicídios em massa, de alguma forma isso acaba chegando para os Estados Unidos (bem provavelmente com alguma pessoa ''infectada'' pelo o que inicialmente era visto como uma doença chegando de avião).

Enquanto isso, somos expostos ao dia-a-dia de Malorie Hayes (Sandra Bullock), uma futura mãe solteira com notáveis problemas pessoais e de relação social. Junto de sua irmã, Jessica Hayes (Sarah Paulson), as duas vão fazer o pré-natal e na volta para casa, ocorre um surto daquilo que atingiu a Rússia e o caos toma a cidade. Malorie após perder a irmã atropelada, consegue abrigo em um casarão nas proximidades onde algumas pessoas haviam buscado refugiu anteriormente, e em meio a essa situação que ela busca saber o que esta acontecendo e a trama vai se desenrolando.

O filme intercala em diversos momentos cenas do ''presente'' com Malorie descendo as correntezas de um rio com um casal de crianças com as cenas do ''passado'' que seriam os eventos que ajudam a entender o que aconteceu e que teriam ocorrido em um espaço de alguns anos.

Um ponto forte do filme em relação a temática de ''calamidade urbana'' é a atuação dos personagens: todos eles estão atônitos, catatônicos, com medo e falando coisas insanas que vão desde teorias conspiratórias até menções apocalípticas religiosas.
Charlie foi uma síntese desse desespero pós-apocalíptico...gostei do personagem, pena que logo após sua morte, já é deixado de lado qualquer menção ou importância. 

O filme me lembrou a mesma sensação que eu senti quando assisti a série do ''Nevoeiro'' (The Mist), pessoas presas em ambientes fechados enquanto alguma coisa ronda lá fora. Esse tipo de atmosfera, do ''nada'' que esta os observando é uma forma excelente de se manter o suspense e gera bons resultados quando bem utilizado.

No filme a ''criatura/entidade'' não nos é revelada, deixando um ar de mistério para interpretarmos a nossa forma de como ela deve se parecer, foi uma tomada interessante se considerarmos que o filme é uma adaptação de um livro, e na obra original os eventos são causados por aliens...algo que daria um ar mais sci-fi a história, porem que não foi aprofundada no longa.

Algo que acredito ter chamado a atenção do publico em relação a obra foi o cast diversificado, posso estar falando bobagem, mas foi uma das coisas que me chamou a atenção como o elenco é variado em etnia, sexualidade e idade, algo que consegue ser passado batido (não soa forçado) quando vemos como esse grupo acabou sendo formado, por meio da aleatoriedade entre pessoas em meio ao caos fugindo por suas vidas.

O ponto forte disso é que permitiu que todo mundo que viu o filme ser representado, os personagens do longa-metragem em sua maioria são cativantes, e alguns por mais escrotos ou desfuncionais que fossem para a sobrevivência do grupo como um todo, ainda sim, podíamos compreender em partes a sua visão das coisas, um bom exemplo disso é o Douglas.

Temos aqui um personagem caricato que representaria o ''Homem homofóbico, machista e individualista'' do grupo, mas mesmo ele teve seus momentos de lucidez, sendo o único pensando em preservação e segurança.

Embora os personagens tenham sido bem variados e alguns até possuem carisma em tela (como por exemplo o Tom), é inegável o fato que eles eram arquétipos utilizados enquanto não houvesse a necessidade do sacrifício ou enquanto a base-segura deles não fosse invadida, o que fez com que eles fossem rapidamente esquecidos e a trama voltasse a girar em torno da Malorie e do Tom que teriam que sobreviver em meio da mata criando duas crianças que não tem uma noção do que é brincar entre outras coisas pois a sociedade a qual eles jamais conheceram se foi antes deles nascerem.

Batizados de ''Boy'' (Menino) e ''Girl'' (Menina), a dupla seriam os co-protagonistas nos eventos presentes do filme enquanto Malorie e eles tentam chegar a um lugar seguro seguindo o curso de um rio e se orientando pelos pássaros que Malorie carregava consigo em uma caixa (Por isso do nome do filme), pois as aves se agitavam na presença da entidade.

O filme consegue ser perturbador nos mínimos detalhes (não como um filme de terror, nesse sentido ele é fraco, talvez por conta das pessoas estarem vacinadas contra esse tipo de obra e apelem mais para algo explicito e violento, mas isso é tema para outro assunto), as cenas com o trio na floresta ou no rio sem poder ver nada e sem poder confiar na própria audição pelos poderes da ''coisa'' que os cerca, ou as cenas de perseguições ou quando as crianças ficam sozinhas, são algo aflitivo pois a qualquer momento esperamos pelo pior, e é nisso que Bird Box trabalha bem.




Considerações Finais:

E no fim acho que eu devo algumas explicações correto? Esse artigo estava previsto para começo de Janeiro, mas acabei arrastando ele por tempo demais e no fim Bird Box se tornou outra moda passageira (agora as pessoas estão falando do Salsicha espancador de ninjas da NetherRealm Studios). Bem, o fato é que eu havia perdido o interesse pelo artigo de Bird Box, fiquei procrastinando e jogando/assistindo outras obras que me pareciam mais interessantes do que essa e fiquei meio sem jeito para terminar esse artigo que tinha ficado pela metade, a verdade é que Bird Box é um filme legal, não é uma coisa que vá te deixar traumatizado e talvez nem seja memorável, porem conseguiu ser um sucesso de bilheteria muito embora a crítica especializada tenha detonado esse filme (acho justificável chama-lo de sem-sal, mas falar que ele é previsível e dar nota 5.0 é exagero)

Esse artigo diga-se de passagem não foi grande coisa, a sensação que me passa é que ele saiu superficial pois não deu para extrair algo chamativo desse tema, se vocês leitores possuem uma visão diferente e queiram me mostrar algo que eu deixei batido, sintam-se a vontade nos comentários para complementar a obra.

Meu objetivo com Fevereiro vai ser fazer artigo das coisas que andei acompanhando no final do ano passado até o momento presente e tentar correr contra o tempo, pois estamos com os dias de férias contados. Mesmo assim, eu não desanimarei, irei fazer meus artigos esporadicamente e não pretendo entrar em hiatos repetidos e prolongados como foram no ano passado por exemplo.

Antes de encerrar esse artigo, quero agradecer pelas visualizações de Janeiro, eles bateram recorde e fiquei muito contente com o resultado; embora esse blog seja com fins informativos/entretenimento, me alegra ver que tenho algum feedback e pessoas que se importam e apoiam esse recanto do blogger.

Enfim, sem mais encheção de linguiça, estarei deixando aqui meu Facebook e meu Twitter para aqueles que queiram me seguir a fim de saber de novidades antecipadas ou para bater um papo e me indicar temas.

Não se esqueçam de escrever nos comentários também as suas opiniões quanto a obra analisada ou quanto ao artigo em questão em busca de sugestões e criticas, é sempre importante para que eu possa melhorar.

Recado dado, estarei esperando vocês no próximo artigo, então é isso, até a próxima e tchau.

domingo, 25 de novembro de 2018

Venom


Fala pessoal, como vão vocês? depois de algumas semanas desde a minha última postagem (Viva - A Vida é uma Festa) estou trazendo hoje a analise de um filme que assisti no começo do mês com um amigo meu, o Alexandre; dessa vez irei falar sobre Venom.



AVISO: Esse artigo contem SPOILERS
Venom é um filme de gênero ação, ficção cientifica e suspense criado por Ruben Fleischer com a parceria da Columbia Pictures e da Marvel Entertainment e distribuído pela Sony Pictures Entertainment em 1 de Outubro de 2018.





Ruben Fleischer (1974-) é um diretor de cinema norte-americano que começou na industria produzindo comerciais de televisão e videoclipes além de fazer parte da produção de seriados de curta duração como por exemplo ''Escape my Life'' e ''Rob & Big''. Além desses trabalhos, como diretor ele dirigiu a produção de ''Zombiland'', ''30 Minutes or Less'' e ''Gangster Squad''.




Columbia Pictures é uma das maiores produtores e distribuidoras de filmes do mundo, criada em 19 de Junho de 1918 pelos irmãos Jack e Harry Cohn, com parceria de um amigo de longa data chamado Joe Brandt originalmente como ''Cohn-Brandt-Cohn'', a Columbia Pictures atualmente se encontra como sendo uma subsidiaria da Sony, sendo uma das principais produtoras de seus trabalhos. Sua sede se encontra em Culver City, Califórnia nos Estados Unidos.




Marvel Entertainment é um aglomerado de mídias de entretenimento áudio-visual nascida da fusão da Marvel Comics com outras industrias menores em Junho de 1998. Atualmente ela detêm posse de diversas subdivisões como por exemplo a MCU (Marvel Cinematic Universe), a Marvel Comics, Marvel Toys, dentre outras. A Marvel acabou sendo comprada pela Disney em 2009.





Sony Pictures Entertainment é uma divisão do conglomerado midiático Sony voltado para a produção de filmes, séries, animações e canais de entretenimento. Essa divisão da Sony foi produzida em 21 de Dezembro de 1987.






Sinopse:
Eddie Brock é um repórter investigativo que levava uma vida perfeita com um emprego bem pago, uma noiva adorável e com uma grande popularidade devido a audiência de seu programa, mas acaba pondo tudo a perder quando decide investigar a Fundação-Vida, uma Corporação que trabalhava com avanços tecnológicos na área farmacêutica e aeroespacial, mas que por debaixo dos panos faziam experimentos ilegais usando amostras de vidas alienígenas como simbiontes para tornar a raça humana adaptável a viver no espaço e imune a doenças. Eddie Brock agora perdeu tudo depois de tentar desmascarar Carlton Drake (o Líder da Fundação-Vida) e vivia como um moribundo até receber uma denuncia anonima sobre as instalações da empresa farmacêutica, lá ele acaba sendo ''contaminado'' com um dos simbiontes e se torna Venom que busca frustrar os planos de Carlton Drake ao mesmo tempo que luta para se manter vivo.





Personagens:

  • Eddie Brock/Venom (Tom Hardy): Eddie Brock é um repórter que após a tentativa falha em incriminar a Fundação-Vida acaba perdendo seu emprego e sua noiva. Eddie após investigar mais afundo sobre a Fundação-Vida acaba se tornando hospedeiro de Venom. Eddie Brock é um cara idealista, compromissado com a verdade e obstinado; já Venom é selvagem, impaciente e dono de um humor acido e sarcástico.
  • Anne Weying (Michelle Willians): Ex-Noiva de Eddie, Anne Weying trabalhava como promotora publica de uma empresa filiada a Fundação-Vida; graças ao seu conjugue, acabou perdendo o emprego e decidiu largar ele e namorar Patrick Mulligan. Anne aos poucos vai voltando a confiar em Eddie depois que descobre sobre Venom.
  • Patrick Mulligan (Reid Scott): Patrick Mulligan é um médico que tenta ajudar Eddie Brock depois que o mesmo começa a apresentar vários sintomas de ''parasita'' depois de ser infectado pelo simbionte...ah, sim, ele é o novo namorado de Weying.
  • Carlton Drake (Riz Ahmed): Carlton Drake é um homem brilhante que tenta fazer a humanidade evoluir e avançar cientificamente ao ponto de irmos viver no espaço; inicialmente era um sujeito com uma ambição enorme e uma ambiguidade moral, levando a crer que ''os fins justificam os meios'', mas acaba se corrompendo com essa ideia com o proceder da história quando descobre sobre os simbiontes.




Universo da Obra:


Resumindo de maneira simples o filme do Venom? Ele é feito para o publico jovem ou com a mentalidade de um jovem.

Venom é um filme produzido pela Sony em uma época onde os direitos de imagem do Homem-Aranha pertencem a Marvel, por conta disso, o filme precisou dar uma nova origem aos simbiontes de forma que estes estivessem totalmente desvinculados com o ''Amigão da Vizinhança''...e foi o que fizeram.

O filme começa com uma nave norte-americana caindo em algum lugar remoto da Malásia Ocidental, dentre os mortos estavam o filho do J. Johan Jamenson (Algo que eu acho importante falar), mas o mais importante, alguém sobreviveu a queda, uma pessoa que estava infectada por uma das amostras de vida alienígena que foi coletada no espaço pelos astronautas, na verdade aquela era uma missão financiada pela Fundação-Vida. E então vamos para o nosso protagonista Eddie Brock e o resto é história...

O que quero dizer é que muita coisa foi ''mudada'' a respeito da origem nos quadrinhos, mas isso quer dizer que o filme é ruim por isso? Claro que não, esse tipo de argumento é estupido, é claro que as pessoas presam pela fidelidade de uma obra que retrata uma conversão de mídia sobre um determinado produto, mas isso não quer dizer que a readaptação não seja boa, é só pensar no primeiro filme do Rambo que foi adaptado de um livro e vocês vão entender o que quero dizer.

Agora, esse filme comete erros? Vários, como por exemplo a forma como a história fica truncada mais a frente: Eddie Brock depois de ter invadido a Fundação-Vida e ''roubado'' uma de suas amostras, acaba sendo perseguido o resto do filme pelos mercenários contratados pela empresa; mas sem mais nem menos, Eddie decide que a melhor coisa a se fazer é parar com os seus planos indo pra cima de Carlton. Sei que essa ideia foi algo apresentado pela persona de Venom, mas mesmo assim não soou tão natural.

Alguns comentam que o filme tem um ritmo lento até a parte ''interessante'' da história, no caso estariam se referindo ao prologo do filme que mostra a vida de Eddie Brock antes de perder sua carreira para se tornar o monstro protagonista de Venom. É válido pensarem que foi um começo lento e até maçante, mas era necessário para estabelecer quem são os personagens e quais as suas motivações, embora alguns personagens não tenham sido totalmente desenvolvidos.

O grande trunfo para mim em Venom se consistem em duas delas...ambas que acabaram sofrendo algumas criticas dos ''críticos especializados'' que seriam o desenvolvimento de Eddie Brock/Venom e as cenas de ação.
Após a primeira manifestação de Venom que deixou um rastro de destruição, Eddie consegue voltar parcialmente a si e vemos nele uma figura doente e assustada lidando com um alter-ego movido pela fome. Desse ponto em diante o ex-repórter passa a atuar em busca de seus objetivos de maneira que ajudem tanto ele quanto a Venom. 

Quanto ao primeiro; o filme decidiu dar uma nova identidade ao Venom, ao invés dele ser um vilão genocida e descontrolado, ele passou para um ''anti-herói selvagem com um pé no caos e age por instinto''. O grande destaque dessa mudança esta na forma como hospedeiro e simbionte acabam se desenvolvendo como estranhos até se tornarem parceiros e uma ''extensão'' do outro. No filme inteiro é retratado que os simbiontes são alienígenas que possuem outros seres vivos em busca de um hospedeiro para poder sobreviver nas condições do planeta Terra (Simbiontes são muito sensíveis aos efeitos da nossa pressão atmosférica (embora não seja mencionado, é deixado algumas menções sutis ao fato deles poderem morrer em contato com o oxigênio), a barulhos agudos e ao fogo) já Eddie Brock é considerado um ''hospedeiro perfeito'' e por conta disso não sofre dos efeitos colaterais que as cobaias de Carlton acabaram sofrendo.

É interessante a forma como os dois acabam se envolvendo e acabam se ajudando, com Venom podendo viver em nosso planeta, e Eddie ganhando ''poderes'' como super-força, regeneração celular acelerada e a manifestação de saliências negras que servem para diversos fins.
Esse que até serve de ponte para explicar sobre a ação do filme, mas antes irei comentar a respeito da critica que foi elaborada em cima dos dois: A reclamação em si não se encontra nos dois personagens, mas mais propriamente nos simbiontes em si. A reclamação gira em torno dos mesmos pela existência de mais de um e a forma como eles acabam sendo usados ou desperdiçados ao recorrer do filme.

Um exemplo citado seria a forma como o filme avança em paralelo com os eventos retratados com o protagonista enquanto um simbionte solto pela Ásia ruma a Fundação-Vida trocando de hospedeiros enquanto causa um rastro de matança. Pois bem, os testes realizados com simbiontes não davam sucesso e os hospedeiros eram estraçalhados em questão de instantes sendo que o ''Riot'' (nome do outro simbionte) conseguia se adaptar rapidamente a outros corpos. A explicação que eu encontro é a seguinte: Nos laboratórios da Fundação eram escolhidos pessoas chaves, normalmente pessoas que se voluntariavam ou então gente sequestrada pela Fundação-Vida para servirem de cobaia, essas pessoas não serviam para o simbionte, mas só tinha aquela pessoa dentro da camara onde ele estava, a criatura não tinha outra opção senão pereceria; já Riot tinha liberdade de possuir qualquer um que ele visse pela frente, imagino que a raça dos simbiontes (chamada de Kylntar, embora o filme nunca faça menção a esse fato) tivesse um grande intelecto apesar da brutalidade e por decorrência disso ele podia escolher o melhor hospedeiro.

Já a ação do filme é repleta de cenas de explosões, lutas, tiros e cenários sendo parcialmente destruídos e gente sendo morta com um certo nível de violência gráfica (em três ocasiões diferentes no filme, Venom acaba decapitando alguém). A reclamação que o filme tomou em relação as suas cenas foram a ausência de sangue e os efeitos especiais. Eu não tenho o que dizer sobre os efeitos especiais do filme, para mim eles parecem normais, não vi nenhuma anormalidade, não são a 7ª maravilha do universo mas também não são intragáveis, agora quanto a ausência de sangue acho uma sacanagem já que se fossem levar a sério a incrementação de sangue nas cenas o filme teria que aumentar e muito a sua classificação etária e talvez não pudesse ter a visualização que teve. A Sony devia ter noção disso e decidiu então dar uma escapulida fazendo as cenas de luta de Venom serem rápidas e com muitas mudanças de câmera, assim não precisando focar em detalhes como pessoas sendo pulverizadas pela criatura.
Essa luta na estação espacial entre os dois Simbiontes é muito Foda, e acaba de certa forma servindo de reflexo aos ''monstros''/obstáculos que um se tornou para o outro.

Venom tem um elenco bom porem mal trabalhado, alguns personagens acabam se tornando até esquecíveis em certos momentos (a própria Michelle Willians é uma delas), suas história parece apressada em alguns momentos e demorada em outros, mas contem um repertório de ''piadas bobas'' e cenas de ação que são o que cativa o publico. 

Era evidente que o vilão do filme acabaria se tornando um hospedeiro também, e a luta final é boa, mas faz pouco sentido Carlton Drake quase sabotar o lançamento de seu foguete por conta de um acesso de raiva após um de seus funcionários tentar o trair.

De maneira geral, é um filme bacana para assistir e dar umas risadas ou então para vibrar com as cenas de luta (embora existam filmes melhores em ambos os gêneros).

Considerações Finais:

Embora não faça parte do Universo Cinematográfico da Marvel, esse filme ainda contou com a participação do Stan Lee, este que veio a falecer no dia 12 desse mês.

O filme é mediano, mas devemos lembrar que foi a última participação (Ou ante-penúltima já que os filmes ''Miss Marvel'' e ''Vingadores 4'' que ainda estão em produção já tinham gravado cenas da aparição do Stan Lee) desse gênio que foi um como um pai para a editora em quadrinhos e o responsável direto pela infancia de muita gente seja pelos que colecionaram os quadrinhos, os que assistiram os desenhos ou os que jogaram os jogos da Marvel; por essas e outras eu encerro dando minhas notas de agradecimento a esse cara, que vá em paz.

Então é isso,  lamento por toda essa demora para postar artigos aqui no blog, mas infelizmente esse mês de Novembro foi muito corrido para mim, principalmente agora que comecei a fazer academia e o pouco tempo que me restava agora ficou ainda mais apertado. Espero que no mês de Dezembro as coisas melhorem com as férias, mas até lá eu estarei lançando outros projetos.

Enfim....esse artigo em partes vinha sendo planejado apenas a falar sobre o filme, mas devido aos últimos acontecimentos precisou ser reformulado, espero que entendam e deem um desconto por não conseguir manter o padrão de qualidade dos meus artigos, infelizmente acabei ficando mais de 20 dias sem postar nada e acabo enferrujando também.

Sejam bem vindos aqueles que começaram no blog por meio desse artigo, e nos veremos em breve.

Até a próxima e tchau.

sábado, 3 de novembro de 2018

Viva - A Vida é uma Festa


Fala pessoal, como vão vocês? Outubro acabou e Novembro começou, sei que comparado a enorme quantidade de temas que eu projetava pro mês passado não fui capaz de fazer nem a metade, porem isso não é motivo de tristeza, afinal eu consegui a proeza de bater recordes de ''audiência'' nesse mês que passou que eu jamais consegui nos messes anteriores, fico grato a vocês leitores assíduos por isso e agradeço mais ainda aos que me dão apoio ou comentam em meus artigos, por isso mantenho a cabeça firme rumo a grandeza sem olhar para trás e lembrando com carinho de cada um de vocês.

Sei que o paragrafo anterior ficou ''meloso demais'', mas é porque hoje decidi assistir alguma obra que fizesse tema para o Dia de Finados que se comemora hoje/ontem e que melhor obra para ser analisada do que ''Coco'' (Popularmente conhecido como Viva - A Vida é uma Festa).

Baseado nisso, é sobre esse tema que irei falar hoje, apreciem a leitura.




AVISO: Esse artigo contém SPOILERS, assistam/baixem o filme AQUI.
Coco (Viva - A Vida é uma Festa aqui no Brasil) é um filme animado de aventura e drama musical produzido por Lee Unkrich e Adrian Molina (Diretor & Co-Diretor respectivamente) pela Pixar e distribuído pela Disney em 20 de Outubro de 2017.



Lee Unkrich (1967-) é um diretor e editor norte-americano. Nascido em Ohio, na cidade de Cleveland; Lee Unkrich tinha o desejo de trabalhar com o cinema e por conta disso decidiu estudar na academia de artes cinemáticas da University of Southern California. Uma vez formado, ele começou a trabalhar como editor de programas de tv até conseguir um trabalho na Pixar, onde acabou se destacando pela participação na produção de diversos filmes como Procurando Nemo, Monstros S.A, A trilogia Toy Story (onde ele dirigiu o 3º filme) entre outros.



Adrian Molina (1985-) é um roteirista, animador e ilustrador de Storyboard nascido em Yuba City, Califórnia nos Estados Unidos. Adrian Molina fez faculdade na California Institute of the Arts (uma universidade inaugurada pelo próprio Walt Disney na década de 60) em 2007 e logo depois ingressou na Pixar onde trabalhou inicialmente na produção de Ratatouille e futuramente em Toy Story e Universidade dos Monstros, mas foi com a produção de ''O Bom Dinossauro'' que ele ganhou holofotes e pode ser ''promovido'' a Co-Diretor, tendo como primeira obra a produzir nesse cargo, Coco (Viva - A Vida é uma Festa), uma obra que ele quem ofereceu a ideia.




Sinopsia:
Miguel Rivera é um garoto de 12 anos que sonha em ser músico, o problema? a muitos anos atrás, sua tataravó baniu da família toda e qualquer forma de música como forma de protesto pelo seu marido ter seguido o sonho de ser músico e deixado a esposa e a filha sozinhas. Os anos se passaram e a família Rivera criou um negócio como sapateiros e queriam passar esse legado para Miguel, mas Miguel estava encantado com a música e buscava inspiração em Ernesto de la Cruz, um grande músico em sua época e um dos grandes heróis de Santa Cecilia (cidade onde se passa o filme).
Após uma discussão feia com sua família pelos seus sonhos de carreira na véspera do Dia de los Muertos, Miguel decide pegar o violão que estava no mausoléu de Ernesto de la Cruz para usar em um show de talentos, é quando o garoto acaba sendo levado para o mundo dos mortos ao lado de Dante, um cachorro vira-lata que ele escondia da família. Miguel acaba se encontrando com seus parentes mortos e busca a benção deles para voltar ao mundo dos vivos antes que seja tarde demais, ao mesmo tempo que ele busca encontrar com seu ídolo Ernesto, da qual o garoto acredita ser seu tataraneto.





Personagens:
  • Miguel Rivera: Miguel é um garoto de 12 anos que tem o sonho de ser um musico famoso, inspirado pelo seu ídolo Ernesto de la Cruz, o jovem rapaz aprende a tocar violão as escondidas de sua família. Miguel é um garoto sonhador porem que não queria confrontar sua família para conquistar aquilo que queria. Levado pelas emoções e por uma série de eventos, Miguel acaba parando na terra dos mortos onde encontra com outros parentes e acaba descobrindo mais sobre sua história e sobre a paixão pela música.
  • Elena Rivera (Abuelita): Elena é a avô de Miguel, uma mulher ríspida e que tenta por juízo na cabeça de seu neto. Embora seja uma mulher um tanto ignorante pela forma como trata músicos e como age diante as confissões do neto sobre sua carreira, Elena é uma personagem trágica pois teve que lidar com a responsabilidades de cuidar de sua família incluindo sua mãe já debilitada, Mamá Coco (Ines no Brasil). Apesar disso tudo, ela ainda é uma mulher materna e que se preocupa com seus familiares.
  • Mamá Coco/Ines: Bisavó de Miguel; Ines é uma senhora idosa que sofre com os sintomas do Alzheimer que eventualmente chama pelo seu pai, um homem da qual ela ainda tem muito afeto, porem que é odiado e esquecido por todos os outros familiares. Mamá Ines seria a personagem central da história devido a forma como a narrativa vai seguindo.
  • Imelda Rivera: Imelda é a mãe da Mamá Ines e foi casada com um músico aspirante que sumiu sem dar noticias e a deixou sozinha com uma criança de colo para cuidar. Imelda em personalidade lembra muito a Elena. Imelda foi parceira de seu marido nos shows que eles faziam juntos, mas quando a Ines nasceu, Elena adquiriu um grande senso materno e estabeleceu prioridades, algo que a fez se afastar de seu marido pouco a pouco por conta dele não ter deixado seu sonho de lado.
  • Héctor: Héctor é um alivio cômico atrapalhado e galanteador. Héctor é um indigente - Ele é uma pessoa morta que não é lembrada pelas pessoas vivas e por conta disso ''vive'' marginalizado na zona ferrada do mundo dos mortos (similar a uma favela ou algo do tipo). Héctor na verdade foi o marido de Imelda e tataravô de Miguel; embora tenha sido ensinado pela família Rivera que o cara era um desprezível que abandonou a família, a história de verdade não foi essa: Héctor era parceiro de música de Ernesto de la Cruz e viajava com ele na época em que os dois não eram famosos, mas a saudade bateu e ele quis voltar para casa, mas foi impedido por Ernesto que o matou envenenado para roubar suas músicas e assim ganhar fama.
  • Ernesto de la Cruz: Ernesto é conhecido como um grande astro da cidade de Santa Cecilia: era galã, dono de um talento musical incomparável e de músicas românticas cativantes (roubadas de seu parceiro assassinado) e que morreu em um trágico acidente envolvendo um sino. Ernesto ganhou tanta fama que isso subiu a sua cabeça e se tornou famoso até mesmo na morte, onde ficou rodeado de gente importante já falecida e que o premiava e inflava seu ego enquanto assistiam suas performasses nos filmes que Ernesto fazia. É um sujeito egoísta e insano que faz tudo pelos seus objetivos, não vendo problemas em tentar matar uma criança para não manchar sua reputação.


Dentre outros



Universo da Obra:

Sendo o 19º filme da Pixar, a proposta de Viva - A Vida é uma Festa é contar uma história baseada no México, tendo como plano de fundo O Dia de los Muertos e tendo como tema principal a importância da família e das recordações.

A produção do longa animado se iniciou lá por 2012 onde a Pixar decidiu fazer que nem a Disney quando foram buscar material na produção de Moana; foram fazer um ''intercambio'' no México para aprender mais sobre sua cultura, crenças e costumes, principalmente aqueles que estavam vinculados ao Dia de los Muertos, como as cerimonias aos que já morreram e as decorações com caveiras.

O resultado de toda essa pesquisa foi um filme de ''qualidade Pixar'' que consegue ser divertido, comovente e capaz de transmitir um tema pesado como a morte de maneira leve para um publico geral.

A história acompanha Miguel, um garoto que possui diversas incertezas, mas que sabe que quer se tornar músico, uma das coisas que ele faz para ir atrás desse sonho é negar a sua família (eu disse lá em cima que a discussão foi feia?) e invadir o mausoléu de Ernesto pois era o único lugar próximo onde ele poderia arrumar um violão para poder tocar em um show de talentos. Miguel acaba fazendo um juramento em meio a folhas ditas sagradas por fazer elo com o mundo espiritual e resulta no menino indo parar no mundo dos mortos onde ele decide ir em busca de respostas e tem que encarar novamente a sua família, dessa vez, os mortos.

Ao ''invadir'' o mundo dos mortos, ele tinha uma opção imediata de retornar ao mundo dos vivos desde que ele conseguisse a benção de algum parente, mas todos eles sempre atribuíam como condição de retorno que o garoto abandonasse a música. Irritado e frustrado, o garoto foge adentrando a cidade dos mortos, onde acaba topando com um moribundo chamado Héctor que diz conhecer Ernesto e que estaria disposto a ajudar o garoto se ele em troca colocasse a sua foto no memorial de sua família.

Aos poucos, a dupla vai criando um vinculo que vai se desenvolvendo no decorrer da história até chegar na revelação em que eles seriam tataraneto e tataravô, separados por gerações e por intrigas familiares não resolvidas.

Miguel em sua jornada pelo seu maior ídolo acaba amadurecendo, quebra a cara no que inicialmente parece ser um fantástico mundo onde os mortos habitam, mas acaba presenciando a ''morte'' de um deles que é resultado de quando ninguém em vida se lembra de você; uma cena um tanto pesada (principalmente para quem já assistiu Vingadores - Guerra Infinita).

Acompanhamos então a jornada pessoal de Miguel em busca de seu suposto tataravô em busca de conforto e afirmação quanto ao que fazer de sua vida e de seu verdadeiro tataravô que apenas busca redenção e reconciliação com a sua família.
Uma antiga foto da primeira geração dos Rivera, essa mesma foto presente no filme tem o rosto de Héctor rasgado para que ele não seja lembrado, diante do tão imperdoável que é para essa família o ''abandono'' - tema também recorrente da obra.

Toda história tem dois lados, e a do Héctor ficou sem ser ouvida por muito tempo, o que gerou um bando de alienados com um ódio anormal e obsessivo pela música, logo no México, o que faz ser ainda mais chamativo uma vez que é um dos primeiros lugares que a gente pensa quando falamos em ''música'' (Quem não pensa em mariachis quando ouve falar do México?).

A história do filme carrega diversas mensagens ao telespectador, como a necessidade de perdoar, recordar das pessoas que morreram, pois por mais que tenham partido, elas sempre estarão conosco dentro de nossos corações e principalmente sobre a família, por mais conflitante que possa parecer, é com sua família onde você encontrara apoio para seguir seus sonhos e alcançar seus objetivos.

O filme traz consigo uma bonita lição amarrada a uma história de umas 1 hora e 45 minutos de duração que conta com reviravoltas e cenas incríveis, cenários belíssimos cheios de cores e detalhes, algo bastante chamativo e curioso pois foram mais usados esses elementos com os mortos (que normalmente são atribuídos a figuras tristes e ''sem-cor'') ao invés dos vivos.
A família morta de Miguel

A justificativa dos mortos serem tão expressivos e alegres é por conta do Dia de los Muertos, a data comemorada no México que seria um dia onde os dois mundos se fundem e os espíritos podem apreciar os gestos de carinho de seus familiares enquanto recebem as oferendas...Mas o filme embora não tenha se aprofundado tanto (usou isso mais como trampolim para falar sobre o tema de mortos) mostra que nem todos que partiram dessa para melhor são felizes; pessoas que não tem entes queridos vivos lembrando deles são deixados a sarjeta onde vivem isolados e marginalizados já que a foto de recordação dos mortos é usada como uma espécie de passaporte, e sem ela eles estão limitados a lugares infelizes e não podem ir para o mundo dos vivos para estar ao lado de suas famílias.
Por viverem isolados e sem recordação de seus entes queridos lhes dando significado, os mortos ''adoecem'' e morrem em forma de poeira translucida. Essa cena em questão mostra um ancião ranzinza minutos antes de ''morrer de vez'' ouvindo pela última vez uma música que foi marcante na vida dele. (vale levar em conta que nessas zonas marginalizadas, todo mundo se diz parente de todo mundo, para tentar amenizar a dor da solidão de se viver esquecido).

Eu parabenizo a Pixar por ser tão caprichosa e atenta nos detalhes desse filme, mas o ponto mais chamativo dele sem dúvidas é a musical. Por se tratar de um filme com a primícia que possui e por já ser um filme de gênero musical produzido pela Disney/Pixar, a obra Viva - A Vida é uma Festa conta com diversas musicas fieis a sua nacionalidade; a música, o ritmo e as danças foram elementos mantidos e retratados com fidelidade.
Miguel minutos antes de sua tataravó morrer, canta a canção que Héctor escreveu para ela, uma cena emocionante e que serve para abrir os olhos do restante da família que estava observando a cena.

''Lembre de mim''
''Pois tenho que ir meu amor''
''Lembre de mim''
''Não chores por favor''
''Te levo em meu coração e em breve você vai ter''
''Sozinho irei cantar''
''Sonhando em retornar''
(Essa música não esta corretamente traduzida, mas mantem intacto seu sentido...a versão brasileira é modificada também).


E por fim, o filme se encerra com um time-skip de 1 ano; A Mamá Ines morreu, porem pode realizar seu sonho de se reencontrar com seu pai, Héctor. A família de Miguel perdoou o que aconteceu a tantos anos atrás e reconheceu a importância de Héctor não só como parte da família, mas como um grande músico e decidem abrir um ''museu'' em sua casa (foi como eu interpretei), e Miguel pode seguir carreira musical.
A família de Miguel viva.




Considerações Finais:

Embora eu não tenha atribuído o gênero comédia no filme, ele tem seus momentos de descontração e humor, ele usa bastante isso quando decide por exemplo homenagear personagens históricos marcantes do México, como por exemplo a Frida Kahlo ilustrada acima, um ícone histórico e marco na luta das mulheres na sua época; além dela, existem vários personagens (alguns em formato de Easter-Egg, então boa sorte para identificar todos) dentro da carreira artística, musical e teatral mexicana retratados como ''famosos'' no mundo dos mortos.

O filme carrega uma mensagem de amor, perdão e reconciliação com a família, e é bastante oportuno por se tratar de uma história sobre O Dia de los Muertos. As pessoas quando perdem alguém importante elas ficam desamparadas pela perda, morte sempre foi um tema pesado para ser retratado pelas mídias, mas esse filme fez com profissionalismo e humanidade; por mais que as pessoas que você ame tenham partido, você não deve ficar triste pelo adeus, mas deve ficar feliz por todos os bons momentos que passaram juntos, pois isso que é a vida, um compilado de coisas, recordações e eventos que ficaram imortalizados em nossas memórias, e saber que a pessoa que morreu foi especial para alguém é um tipo de ''sentimento mutuo'' que aquece os corações.

Espero que minha mensagem tenha sido boa; essa é uma homenagem para todos aqueles que foram queridos e que partiram, não necessito citar nomes, o ''Dia de Finados'' justifica esse meu ato.

Então é isso, espero que tenham gostado do artigo, Novembro esta ai e eu tenho muitos artigos para fazer, te espero novamente no próximo texto e é isso, caso tenham gostado me sigam no Twitter e no Facebook; caso seja novo, seja muito bem-vindo, eu não possuo uma frequência organizada para postar meus artigos, então de tempos em tempos eu falo sobre alguma coisa.

Até a próxima e tchau.

terça-feira, 23 de outubro de 2018

5 Animações que eu recomendo para esse mês


Fala pessoal, como vão vocês? Hoje eu pretendo falar a respeito de algumas animações das quais eu recomendo vocês assistirem nesse mês (Ou em qualquer outro) do Halloween.

Estarei apresentando 5 animações, das quais fiz o favor de linkar para que vocês possam assistir, só recomendo que ativem o antivírus para se precaverem dos pop-ups.

Sem mais delongas, vamos as animações.



Aviso: Esse artigo contém SPOILERS.



ParaNorman é o segundo filme a ser produzido pela Laika Studios, em 7 de Setembro de 2012 e tinha como enredo a história de Norman Babcock um garoto considerado a aberração da cidade devido seu 6º sentido. A cidade onde Norman vive, chamada Blithe Hollow é um lugar supersticioso porem com um povo descrente e alienado que se orgulha de sua ''vida pacata'' e do fato de terem enforcado uma bruxa a 300 anos atrás...
O dia de Norman estava sendo horrível quando em uma reviravolta do destino é chamado por seu tio Prenderghast para assumir seu lugar como o guardião do tumulo da bruxa e evitar uma catástrofe que corre risco a cada ano.

A grande sacada do filme é a forma como ele apresenta certos elementos narrativos como por exemplo a revelação de quem é a Bruxa (uma menininha inocente de uns 7 anos) além da forma como o filme dialoga a respeito de deixar de lado preconceitos e lutarem por uma causa em comum, quando Norman consegue fazer alguns amigos recém-formados (em sua composição estavam a irmã cretina de Norman, o Melhor amigo dele, um bullying que maltratava os dois e um cara saradão que era a paixonite da irmã de Norman, mas que não queria nada com nada pois ele era gay) ficarem contra a cidade toda praticamente para defende-lo uma vez que sabem que o garoto diz a verdade e é o único que pode por o espirito da criança-bruxa para dormir.

Ah sim, não estou zoando sobre um dos mocinhos do filme ser gay, ParaNorman é uma das pouquíssimas obras em animação a ser pioneira no que se refere a representatividade, algo que para alguns deve ser visto como uma grande conquista, já que o filme saiu antes de obras como Undertale, Steven Universe dentre outras mais populares da atualidade ganharem vida.

Alias, antes de passar para o próximo filme, recomendo que deem uma passada no artigo do blog Dentro da Chaminé, onde ele faz uma releitura sobre o filme em questão.



Coraline criado em 6 de Fevereiro de 2009 foi a primeira obra da Laika Studios, na qual se inspiraram em um livro homônimo escrito por Neil Gaiman.

A história do filme gira em torno da família Jones que acabara de se mudar para o ''Palácio Rosa'', um velho casarão de 150 anos de idade e que poderia ser o recomeço da família por ali; em especial da filha do casal, chamada Coraline.

Por conta da relação quase inexistente entre Coraline e seus pais (eles não eram (tão) negligentes com ela, apenas eram dois ''Workaholic'' - Pessoas que poe seus trabalhos acima de tudo), a menina decide explorar a casa e é quando ela descobre uma porta secreta que supostamente não daria a lugar nenhum, mas que na verdade era um portal que ligava esse mundo a um mundo alternativo onde sempre é de noite e cuja moradora conhecida como Beldam (Ou a ''Outra Mãe'') reside e sobrevive atraindo crianças curiosas com a personificação daquilo que elas mais queriam (No caso de Coraline, era uma família que se importassem com ela e que fosse ativos em sua presença diária), mas em troca enganava essas crianças com uma espécie de pacto onde elas abdicavam de seus olhos (de maneira literal e metafórica) e de suas almas.

Coraline foi um sucesso de publico, bastante conhecido devido as inúmeras bizarrices e segredos escondidos ao longo do filme; foi um prato cheio para pessoas conspiracionistas formarem suas teorias a respeito do lugar onde se passava o filme e de seus personagens enigmáticos, em especial o gato preto do Wybie que de alguma forma sabia da existência do ''mundo invertido'' e foi uma peça fundamental para que a Coraline pudesse escapar de lá.


A Casa Monstro é um filme clássico de animação e terror criado em 1 de Setembro de 2006 por Steven Spielberg e distribuído pela Columbia Pictures.

O enredo gira em torno de D.J Walters e seus amigos Chowder (Bocão em terras tupiniquins) e Jenny Bennet que estão convencidos de que a casa do vizinho Nebbecracker (Epaminondas no Brasil) é assombrada e decidem os três investigar...quando eles chegam a conclusão que a casa tem vida própria e é um monstro assassino, eles se unem para acabar com a criatura de dentro para fora.

Esse filme pode até não dar medo nos dias de hoje onde temos obras com outras ferramentas para coletar gritos de medo alheios, mas na época ele era o que havia de melhor na animação americana para te deixar apreensivo. O filme carrega um ritmo lento, trabalha uma ideia absurda de dar ''humanidade'' a casa, fazendo cada peça de comodo e os próprios serem retratados como as partes do corpo da casa, com direito a ''olhos de janela'', ''linguá de tapete'', ''estomago de cozinha/porão'' e assim por diante.

Lembro até hoje que eu aprendi o que é uma ''Úvula'' graças a esse filme...Enfim, alem de trabalhar o gênero de terror, o filme mescla outros temas e gêneros como o fato do trio de protagonistas serem crianças recém-chegados a idade de adolescente e por conta disso tem uma visão cínica, acovardada, curiosa e até amorosa do mundo (a parte do ''amoroso'' é porque temos uma garota no trio, e eles estão naquela fase de que um não pode olhar pro sexo oposto que já querem se pegar), além do filme suavizar a trama com comédia e ação.


O Estranho Mundo de Jack é um filme musical de fantasia sobrenatural da Disney criado por Tim Burton em 29 de Outubro de 1993.

Jack Skellington é o ''Rei das Aboboras'' da cidade do Halloween, é o equivalente a um herói ou uma figura publica que inspira admiração de seus moradores, monstros, fantasmas e outras criaturas da noite.
Todos os anos a cidade do Halloween prepara um grande festival voltado a temática do terror e em todos os anos, Jack se destaca por suas ideias originais e por suas habilidades para assustar, mas havia uma anomalia nesse ano, Jack estava exausto e cansado do marasmo de sempre viverem em prol daquele tema e buscava uma inspiração ou uma fuga daquilo ali, é quando ele acaba encontrando a entrada para a ''Cidade do Natal'' e lá acaba tendo a ideia de recriar o espirito natalino em ''Halloween Town''. Para isso, Jack Skellington rapta e se veste de ''Pai Natal'' (Papai Noel) e decide espalhar o amor, presentes e o que mais o natal simbolizar para crianças da cidade do Natal, mas as coisas não saem bem como o planejado...

O Estranho Mundo de Jack é um simbolo do Halloween que acabou impregnando a mente de todos que assistiram com a sua música tema (This is Halloween) e que consegue ser fascinante tanto pela parte voltada ao terror quanto a parte mais descontraída voltada as cenas onde trabalham o natal.

O filme é antigo, bizarro e uma obra de arte do grande gênio Tim Burton. Assim como ParaNorman e Coraline, são filmes criados em cima do modelo de animação Stop-Motion, que consiste em gravar diversas cenas de bonecos de argila em diferentes posições e depois por para rodar todas as cenas gravadas em animação para dar ''vida'' a obra...Um estilo similar ao que era feito com as animações 2D só que muito mais cansativas.


Over the Garden Wall
Over the Garden Wall (''O Segredo Além do Jardim'' aqui no Brasil) é uma mini-série animada produzida pela Cartoon Network em 3 de Novembro de 2014.

A história narra a jornada de dois irmãos, Wirt e Greg que após uma fuga alucinante de um cemitério na noite de Halloween vão parar em uma floresta magica e sombria e que agora precisam sobreviver e encontrar o caminho de volta para casa.

Over the Garden Wall é uma animação com temas adultos pois meche bastante com coisas bizarras como uma dupla de irmãos tendo que se virar em uma floresta sombria habitada por criaturas estranhas e que dentre elas a mais aterrorizante é um ser com semblante humano, com enormes galhadas na cabeça e que é a própria escuridão e se define como ''A Fera''.

A série (que eu encaro mais como um filme mesmo, os episódios são curtos e possuem aquela coisa de ''o fim do episódio é exatamente o começo do outro'') possui uma atmosfera pesada, personagens conflitantes, muitos mistérios e bebe de inspirações como ''A Divina Comédia''. E como se não bastasse tudo isso, para deixar as coisas ainda mais perturbadoras o universo magico onde eles foram parar é inspirado naqueles cenários dos Estados Unidos da década de 20 (vinde o filme A Princesa e o Sapo ou então um episódio qualquer dos antigos Looney Tunes) onde existem animais antropomórficos e fenômenos paranormais.

 Lembro de ter visto esse filme na casa do meu amigo Alexandre enquanto madrugávamos zapeando canais e comendo pizza e de repente paramos no Cartoon Network exibindo um desenho novo com uma criatura que chamou muito a atenção de nós dois (A Fera).

Uma coisa que é bacana da série é a forma como ela trabalha os traumas dos irmãos, os conflitos pessoais de Wirt e os problemas que os moradores daquele lugar tem enfrentado por culpa deles mesmos ou da influencia da Fera; a série contrasta bem suspense e drama com comédia sendo leve e bobo quando dá o papel de protagonista para o Greg. Wirt seria o irmão mais velho, preocupado e paranoico em voltar para casa para poder se preocupar sobre o que fazer em relação a garota que ele gosta e que ele acredita ter perdido a chance de ficar com ela. e Greg que é um garoto despreocupado, brincalhão e alegre que tenta tirar seu irmão dessa situação, tudo isso enquanto vagam por aquele lugar interagindo com o povo e sendo considerados uma espécie de salvação.

Minha Opinião:

Então é isso, mais um artigo feito e dessa vez falando sobre as animações que eu recomendo a vocês, espero que tirem um tempo de seu dia-a-dia para que possa assistir essas obras e poder refletir sobre seus temas ou apenas ficar de bobeira enquanto curte o filme.

Espero que tenham gostado do tema, caso tenham sugestões ou críticas, favor escrever nos comentários, me sigam no Twitter e no Facebook.

Até a próxima e tchau.