quinta-feira, 26 de julho de 2018

Com a Pulga Atrás da Orelha: Dragon Ball Super


Recentemente saiu o trailer do novo filme de Dragon Ball Super, longa-metragem esse que promete trazer um soft-reboot (Soft-Reboot é quando fazem um recomeço, mas que ao mesmo tempo é continuidade dos eventos de tal história, tipo o que foi Ben 10 Omniverse se comparado ao Supremacia Alienígena) do Broly, eu pessoalmente desgosto da ideia de trazer de volta o Broly, acharia muito mais sensato a criação de um personagem com outro nome, mas assim como no anime do Dragon Ball Super, o pessoal quer ganhar hype em cima de nostalgia e ideias antigas que foram sendo deixadas de lado no Dragon Ball Z.

De qualquer forma, é esperar para ver como esse filme vai sair, embora eu admita: Que trailer bonito, o pessoal voltou a trabalhar com os traços do Dragon Ball Z, achei legal a aparência do que parece ser o Paragas (O pai do Broly) mas achei a roupa dele ridícula; e o Broly vai atingir a sua ''forma'' de lendário super-saiyajin para bater de frente com Goku e cia em suas transformações mais poderosas (menos o Goku que vai estar em ssj blue), o que por um lado é bom, pois todo mundo que gosta de shonen esta ali pra ver porrada, porem isso mostra um dos pontos ruins que irei debater no artigo de hoje.

Enfim, para os que querem ver o trailer, apreciem com moderação; o tema que irei falar vai ser outro.


Fala pessoal, como vão vocês? Hoje estarei criando um gênero novo no meu blog chamado ''Com a pulga atrás da orelha'' que assim como o ditado popular, quer dizer que algo anda perturbando a nossa pessoa, seja algo que nos deixa apreensivos, cismados ou confusos.

Nesse novo bloco do meu blog irei abordar temas que me deixaram incomodados com algo, normalmente irei ''meter o pau'' nessas coisas e usarei bastante de comparativos com outras obras que seguem uma ''receita de bolo'' similar, mas que não chegaram a fazer tais coisas que irei comentar nos tópicos.

Mas eu serei bastante justo, apesar de malhar em cima de Dragon Ball Super, reconheço que ele teve diversos pontos altos e irei listar alguns ao fim do artigo para não ficar tão parcial e negativo quanto posso deixar a entender.

Sem mais delongas, vamos a uma breve introdução para aqueles que não sabem do que eu estou falando.

(Aviso: Esse artigo contém SPOILERS, aqui você pode assistir o anime)
Dragon Ball Super (ドラゴンボールスーパー) é um anime de gênero shonen (ação e aventura) e fantasia produzido pela Toei Animation em 5 de Julho de 2015 e sendo finalizada em 25 de março desse ano, 2018 com um total de 131 episódios.
Dragon Ball Super é um anime que da continuidade aos eventos de Dragon Ball Z após a derrota de Majin Boo; a Terra fica em paz por cinco vindouros anos, até que surge uma nova ameaça, Beerus (Leia-se Bills) um Deus da Destruição que acordou de seu sono milenar com uma profecia que dizia que nos tempos atuais ele iria lutar com um poderoso guerreiro intitulado como ''Super Saiyajin Deus''. Goku junto de seus amigos fazem um estranho ritual para fazer com que ele (Goku) se torne o Super Saiyajin Deus e possa confrontar Bills tendo o destino da Terra em jogo.
Apesar de perder, Goku consegue a simpatia de Beerus que decide poupar a Terra e treinar Goku e Vegeta para futuras ameaças que estariam por vir. (Tudo isso são os eventos descritos em Dragon Ball Z: A Batalha dos Deuses)
Em cima dessa primícia o anime se inicia e vai se desenrolando ao longo dos seus mais de cem episódios.



Agora que vocês já se situaram a respeito do que é Dragon Ball Super, vamos as críticas.





Animação:

E para iniciar vamos começar tirando do caminho um dos principais motivos de reclamação do começo do anime, a animação (traço).
É impressionante parar para pensar que Dragon Ball Super é um anime de 2015 e que tinha uma certa quantia de dinheiro investida para cada episódio; essa quantia variava de episódio para episódio, mas mesmo assim devia ser o suficiente para a montagem de um capitulo tendo a disposição a tecnologia computacional da época, é muito diferente se compararmos por exemplo a saga androides onde o trabalho era manual.

Alias, vejam essa comparação entre o anime do Super fazendo um ''flashback'' da história do Mirai Trunks, com a cena do filme ''Guerreiros do Futuro'' de 1995.


A desculpa dada é que na produção do anime, Dragon Ball Super foi sofrendo rodizio de supervisores de animação e o responsável pela fase cagada (até o comecinho do arco do Goku Black) do anime foi Yukihiro Kitano, o que pessoalmente eu acho balela, na hora de produzir a obra todos estão envolvidos e quando da merda somente um é o responsável pelo fiasco? Segunda a história, Kitano teria que supervisionar os animadores para que o anime saísse fluido e bem feito, mas isso não quer dizer que ele estava sozinho com esse fardo e tão pouco que os animadores não se davam conta das tosquisses que estavam criando. Eles eram o que, retardados?

Pois bem, uma forma de consertar esse erro foi quando o anime já tinha avançado bastante com a história e já tinha audiência o suficiente para ser vendidos pacotes com os episódios mundo a fora, quando isso aconteceu, decidiram refazer as cenas para a edição de blue-ray e esse problema nunca mais retornou, mas até lá já tinha virado meme o amadorismo dos animadores.







Descaracterização de Personagens:


Outro grande male que Dragon Ball Super sofre é a descaracterização que os personagens sofreram ao seres transcritos do Z para cá. Goku sempre foi um personagem ingênuo, de coração puro e amante das lutas, mas aqui ele esta insuportável: Nessa nova versão Goku demonstra-se mais imaturo e estupido do que seria justificado se o fosse quando criança, e demonstra um fascínio tão insano pelas lutas que já chegou a por o destino do universo em risco pois queria lutar com pessoas mais fortes do que ele.

Vegeta também é outro personagem que passou por algumas transformações: Aqui o príncipe orgulhoso dos saiyajins vira e mexe esta contracenando cenas de humor pastelão (como a postada acima) e voltou a se ver como um rival de Kakaroto. Ok, talvez alguns de vocês não recordem dos fatos, mas durante a luta contra Kid Buu no planeta dos Supremos Senhores Kaioh, Vegeta havia refletido a respeito da motivação de Goku por lutar, e havia percebido que independentemente do quanto ele fosse ficar mais forte, Goku sempre seria o número 1, não se tratava do quanto você lutava, mas pelo o que você lutava e foi assim que os dois finalmente se tornaram amigos; mas em Super todo esse amadurecimento foi descartado em prol de reavivar a rivalidade entre os dois saijajins de raça pura.
Piccolo se tornou um terra-planista, limpando a sujeira (rastro de destruição) que o pessoal faz na corporação capsula.

Entre tantos outros. No caso dessa reclamação, aqui não tem desculpas pois foi um tipo de alteração que levaram até o final do anime.






Transformações:


Quem diria que o ponto-chave das lutas dos saiyajins seria listada por aqui não é mesmo? Pois deixe-me explicar, o que acontece não seria UM problema, mas na realidade TRÊS problemas (mas irei explicar melhor o último no próximo tópico).

O primeiro problema aqui ocorre pelo número de transformações que ocorrem no decorrer da história e a sequencia quebrada de transformações que cada personagem tem.

É o seguinte:
Tirando o SSJ4 que aparece ali no canto, todas as outras formas estão presentes no anime.

Se vocês perceberem as transformações seguem uma certa ordem númerica: SSJ, SSJ2, SSJ3, SSJ GOD (SSJ Red), SSJ Blue (Melhor do que chamar de ''SSJ GOD SSJ''), Migatte no Gokoi Imperfect (O Instinto Superior de cabelos pretos) e Migatte no Gokoi Perfect (SSJ White)

Enfim, um dos principais problemas na série é o seu ritmo: com pouco tempo em tela os nossos heróis já estão destravando novas transformações para seus combates mais sangrentos (Ops...pera)

E isso gera um questionamento: Se o Goku pode ativar a transformação Blue, por que caralhas ele insiste em se transformar no super saiyajin convencional contra um inimigo? Sendo que é visível a esmagadora diferença entre poderes de uma forma e outra.

Outro ponto apresentado aqui é que todas essas transformações ocorrendo ao longo de 131 episódios acabam por saturar e inutilizar as demais transformações; ficou uma coisa tão banalizada que em determinado ponto da série o que tinha acabado de ser uma transformação nova já é jogada para escanteio pois uma outra ''mais forte'' tomou o seu lugar.

E isso que estou falando apenas do Goku, Vegeta assumiu uma ordem própria de transformações que acabam destoando legal das mostradas pelo Kakaroto.

Pois vamos a elas.
SSJ 1 (Vale pelo SSJ 2 também, já que não há muitas diferenças entre uma transformação e outra no visual do príncipe dos saiyajins por aqui)

Vegeta pulou a transformação ritualistica do SSJ GOD e adquiriu o SSJ Blue treinando com Whis.


Vegeta na luta contra Toppo na última saga atinge um ''segundo estágio'' da forma Blue (SSJ Blue 2). Reparem nas mechas de cabelo de Vegeta, além de sua aura estar maior e com mais tons de azul em volta.

É confusa a progressão de Vegeta in-anime, vimos ele se esforçando muito e sempre estando no mesmo nível ou pelo menos um passo atrás de Goku no que se referia a uma nova transformação. Vegeta não foi capaz de atingir o SSJ 3, mas muitos teorizam que para adquirir tal forma Vegeta teria que ter treinado no outro mundo ou ainda como uma desculpa para não ter tanto desgaste físico quanto Goku nessa forma, o mesmo decidiu aprimorar a técnica do SSJ2...o que eu acho estranho uma vez que cada transformação é vista como um multiplicador fixo de poder.
Link para o vídeo de onde eu tirei essa tabela.

Por outro lado, Vegeta pulou o SSJ 3, pulou o God, conseguiu o Blue e ainda fez algo que nem Goku conseguiu (talvez uma forma de trazer individualidade ao personagem? Neh, provavelmente para vender mais bonecos), se transformou em ''Super Saiyajin Azul 2''.

Acham que já temos transformações de mais? Calma lá, Mirai Trunks da as caras aqui durante o arco Black, e nele vemos Trunks atingir uma transformação de ssj2 que mescla ki divino, essa transformação é conhecida como ''SSJ Rage''.


E ainda temos o Goku Black com o seu ssj Rose, mas acho que já me fiz entender.

O outro ponto negativo para falar a respeito das novas transformações encontra-se em seu design: As antigas transformações de super saiyajin davam destaque para o aumento da massa muscular, auras de ki maiores e mais intensificadas, correntes elétricas pelo corpo e principalmente o crescimento de um cabelo DOURADO.

Já em Dragon Ball Super decidiram adotar uma nova postura em relação ao design de suas transformações, aqui cada uma delas carregaria uma auria intensa com muitas ''labaredas'' de energia (ponto positivo pro anime) e cabelos coloridos.

E como vimos na imagem dos power rangers, já deve-se imaginar como foi a recepção de tudo isso, não é mesmo?





Cronologia e Tempo:

O outro grave problema que as transformações em DBZ Super sofrem é em relação ao tempo que leva para serem adquiridas.

Aos menos perceptivos, Dragon Ball Z conta com diversos time-skips (saltos no tempo) entre suas sagas. São esses time-skips que garantem a fluidez e autenticidade na narrativa da obra, pois podemos imaginar que durante esse espaço de anos entre uma fase e outra os personagens estiveram se aprimorando e vivendo suas vidas cotidianas.

Grandes e pequenos acontecimentos nos são contados mas não mostrados no anime durante esses time-skips como por exemplo: Kuririn e N#18 ficando juntos e tendo uma filha, o crescimento pessoal/acadêmico de Gohan, Goku aprendendo a dança metamoru (a dança da fusão) e a terceira transformação, Vegeta e Bulma ficando juntos, entre tantas outras.

Ficaria dificil de engolir por exemplo que Vegeta logo após chegar na Terra teria se apaixonado pela Bulma, mas quando colocamos um espaço de tempo de uns 4 anos, ai meu amigo, tudo pode acontecer.

Agora falando de Dragon Ball Super, TODO o anime ocorre em um espaço de mais ou menos um ano, e como se fosse a coisa mais simples do mundo, o pessoal vai quebrando limites absurdos e adquirindo novas transformações; fora a Terra que vira e mexe esta sendo ameaçada. Em DBZ por exemplo o espaço de tempo da primeira ameaça global (Invasão dos Saiyajins) e a segunda (Invasão de Freeza) ocorre em um espaço de um ano e meio quase.

Não bastasse isso, o ritmo do anime é uma coisa que vira e mexe fica bastante comprometida: Temos momentos corridos da série, e outros que supostamente seriam breves (como os acontecimentos de Batalha dos Deuses) que são esticados a um ponto que se torna massante. A saga do Goku Black, uma das mais queridas entre os fãs, foi por boa parte uma pura encheção de linguiça.


Agora falando no aspecto narrativo: Supostamente DBZ Super deveria se passar 5 anos após a vitória de Kid Buu, mas visualmente falando, esta todo mundo igual. Vejam o caso de Goten e Trunks que estão com a mesma cara de pivetes de quando tinham 7 e 8 anos respectivamente e que deveriam na verdade possuir 12 e 13 anos nessa época. Mas eu vou mais além (Obrigado Nerdologia Alternativa), temos a personagem Maron (a filhota de Kuririn e 18) que aqui deveria ter 8 anos, mas é encarnada na forma de uma criancinha de colo.





Discrepância de Poderes:
Alguém disse ''Apelação''?


Essa aqui em partes é justificável, porem esta fortemente entrelaçada ao próximo tópico.
Não é novidade para ninguém que acompanhou/acompanha Dragon Ball que com o passar do tempo os nossos personagens vão ficando mais fortes para poder combater novas ameaças e pouco a pouco os amigos terráqueos de Goku vão deixando de atuar nas lutas pois somente os saiyajins aguentam o tranco.

Acontece que Dragon Ball Super trabalha e ressalta tanto os aspectos ''divinos'' da obra, que fica difícil de crer que alguém que rivaliza com UM DEUS DA DESTRUIÇÃO apanha para inimigos genéricos e capangas dos vilões principais.

A forma como Sorbet (sujeito da foto) fere gravemente Goku é muito imbecil.
Contemplem o nosso herói, Son Goku, aquele que rivaliza com DEUS e consegue ser ferido uma uma arma lazer em um momento de distração.

Mas eu darei maiores detalhes em relação a discrepância de poderes no próximo tópico.




Furos de Enredo e Falta de lógica:

Eu poderia começar falando sobre o Torneio do Poder, mas irei me ater inicialmente ao arco do Renascimento de Freeza (Fukkatso no F). Aqui presenciamos o retorno do Imperador do universo Freeza, que é mostrado como um prodigioso lutador cuja raça tem a habilidade de aumentar o nível de seu poder a escalas exponenciais, e que estaria em busca de vingança com o seu novo exercito.

Se prestarem muita atenção no filme ou no anime, perceberão que Freeza arquitetou como plano para destruição do planeta treinando por apenas 4 meses terráqueos sob as condições do nosso planeta.

E é ai que começa uma das maiores pisadas de bola da história: Freeza era muito poderoso em sua época como vilão, em sua forma final era dono de assombrosos 120 milhões de poder de luta. Acontece que já na saga androides (uns 4 anos após a saga de Namek) o Imperador do Universo tinha se tornado bucha de canhão, podendo ser derrotado por qualquer um dos amigos de Goku (Alguns somente com o uso de inteligencia), se for falar da saga majin buu então chega a ser covardia, onde teríamos personagens como Mystic Gohan com 45 Bilhões de P.L, Gotenks SSJ3 com 37 Bilhões de P.L, Goku SSJ3 com 36 Bilhões, Vegeta SSJ2 com aproximadamente 10 Bilhões, Piccolo com uns 2 Bilhões, enfim, o abismo entre poderes tinha ficado imenso...E mesmo assim, Freeza no auge da sua arrogância e burrice tinha condições de aumentar sem muito esforço seus míseros 120 milhões para algo incalculável que se equiparava aos poderes de um Deus?

Alguns de vocês podem não dar muito a mínima para esse detalhe mas fere a história que nos é passada em DBZ muito antes de Super sonhar em existir.

Freeza era um ditador galático, assustador não somente por sua influencia, ele era dono de um gigantesco exercito, tinha um arsenal tecnológico futurista, um incrível poder de destruição e uma inteligencia a se invejar. Mesmo com tudo isso em mãos, Freeza cresceu com histórias do povo saiyajin (Uma raça subordinada a ele) que dizia que a cada mil anos, um guerreiro com incríveis poderes surgia (Se referindo ao Super Saiyajin de nível 1) e temendo ser morto pela tal lenda, decidiu destruir todos os Saiyajin junto com o seu planeta, deixando só alguns remanescente de BAIXO poder.

Não irei desmerecer a transformação de SSJ, mas se comparada a todo o potencial que os Changelins (O nome da raça do Freeza) parecem carregar nessa adaptação, sendo capazes de ultrapassar a força de ssj3, quão imbecil Freeza não se torna por nunca ter almejado explorar melhor seus poderes?


Continuando: Freeza retorna após seu treinamento sendo capaz de alcançar uma nova transformação. Goku e Vegeta estavam treinando com Beerus e Whis no outro mundo, e ficou nas mãos dos guerreiros Z de segurar a invasão até a chegada dos mesmos.

Agora, os nossos heróis contam com um bom panteão, não teriam que se preocupar com a invasão do Freeza certo? Errado, pois como era ''perigoso'' decidiram deixar de fora 18 (Tinha que cuidar de Maron enquanto Kuririn ia lutar), Yamcha (Ta certo), Chiaotzu (Ok), Goten & Trunks (PQP) e Majin Boo (Ele estava dormindo). Então quem sobrou foi Kuririn, Piccolo, um Gohan incrivelmente fraco, Mestre Kame (Como os soldados de Freeza são perigosos demais para Goten & Trunks, mas são de boas contra o Mestre Kame?), TenshinHan e um personagem novo e muito sem graça chamado Jacob.

Gohan aqui foi humilhado o que chega a ser estranho sendo que a pouco tempo atrás o mesmo tinha acesso a forma ''Mystic'', mas aqui ficou tão enferrujado que perdeu para Freeza forma base com um único golpe e ainda precisou do Piccolo ser sacrificado para não ser morto.

O que muita gente esperava.

O que recebemos.

Resolvidas as tretas com Freeza, passamos ao arco do torneio entre universos irmãos (Universo 6 vs Universo 7 (o nosso)), mas esse eu irei pular pois não teve MUITAS tiradas foras, mas logo em seguida veio a saga Black...

O Arco Black é um dos arcos mais obscuros e dramáticos, se passando no futuro desgraçado de Mirai Trunks, este que dá as caras aqui após uma nova ameaça, chamada Black, um sujeito maligno com os poderes de Goku que planeja destruir todos os humanos como uma forma de purificar o mundo do mal.

Durante essa saga muitas surpresas acontecem, entre elas uma batalha de fusões, uma técnica antiga (Mafuba), uma transformação nova e cenas de luta tão intensas que fazer o queixo cair da cara.

Infelizmente é um dos arcos que é afetado pela falta de lógica (E bom senso) em Dragon Ball Super.

A primeira metade do arco se foca no retorno de Trunks do Futuro ao nosso mundo, conhecendo as pessoas e lugares que mudaram desde sua ultima visita (12 anos desde a saga Cell) e também vendo o amor de sua vida (personagem ''nova'') ainda criança, a Mai.

E que o Diabo me leve, mas eu achei tão errado essas cenas onde o Trunks rasgava seda e declarava para uma Mai de uns 8 anos o quanto ela é especial para ele em sua época.

Essas cenas que supostamente eram para trazer alivio cômico (Ou slá o que deveria trazer) me causavam vergonha alheia.

Ah sim, a turma do Pilaf esta de volta, agora como crianças por terem pedido a Shenlong a sua juventude em um momento não revelado in-anime. Mai nessa adaptação é uma personagem que acaba recebendo um grande destaque, enquanto a trupe como um todo só servia para fazer palhaçada ao lado de Goten e Trunks.

Já na segunda metade do arco conhecemos a verdadeira face do vilão, Zamasu, um Kaioshin corrompido com a ideia de purificar os mundos dos pecadores oriundo do universo 10.

Zamasu teve todo um plano para poder chegar tão longe, basicamente ele matou seu mentor Gowasu (Maior bebedor de chá da história), roubou seu anel do tempo (Uma relíquia que permitia que ele interferisse entre épocas), viajou até a Terra onde reuniu as esferas do Dragão e pediu para trocar de corpo com Goku, tornando-se assim o ''ser mais forte do universo'' e resolveu exterminar todos os amigos e familiares do saiyajin junto com os outros kaioshins para que ninguém com poder ou autoridade pudesse derrotar ele, mas ainda faltava uma coisa...

Ele usou o anel do tempo para viajar para o futuro de Trunks onde lá encontrou a sua versão do futuro e juntos reuniram as Super Esferas do Dragão para pedir a imortalidade para o Zamasu do Futuro, eles haviam se tornado imbatíveis.

E é então que Goku e Vegeta chegam no futuro alternativo de Trunks com o objetivo de derrotar esse mal, algumas lutas acontecem e Trunks desperta sua transformação rage.

O grande problema aqui esta nos níveis de poderes durante o confronto: Mirai Trunks não tinha e continua não tendo poder para lutar contra Zamasu e Black, mas isso não impediu os produtores de colocar ele para lutar de igual para igual contra ambos em determinado momento da série em prol do protagonismo.

Em um breve momento ocorre a luta entre Vegetto Blue e Black Zamasu, que lutam um empasse equilibrado (Embora a dubla de saiyajins tenha se demonstrado mais poderosa do que a dos Kaioshins o que novamente faz a luta das fusões um absurdo), mas as fusões potara (Os brincos) se encerraram de repente com a desculpa nova de que ''as fusões potara são temporárias se o ser criado for muito forte'' o que eu simplesmente achei tosco demais.

Agora esgotados pela fusão, Goku e Vegeta estão fora do pódio, e cabe ao Mirai Trunks derrotar Zamasu Black, como você me pergunta? Conjurando uma Genki Dama do nada (A energia de meia-dúzia de gatos-pingados) e canalizando em sua espada para desintegrar a fusão alá Jaspion.
Não perdoou, Golpe Frontal!!!


E então entramos no último arco, O Torneio do Poder, onde os mais fortes de seus respectivos universos se encontram para lutar...E temos o Mestre Kame (de novo).

Mas o principal motivo para o Torneio do Poder ser citado em furos de enredo e falta de lógica é por causa da equipe de Goku: Em busca de lutadores para representar o universo 7, Goku saiu desafiando cada um de seus amigos no soco e em absolutamente todos os casos os amigos de Goku lutaram contra o mesmo em SSJ Blue de igual para igual!


Encerro por aqui meretissimo.






Personagens deixados de lado:
Todo um Hype para nada...

Em Dragon Ball Super muitos personagens foram rebaixados a meros coadjuvantes secundários/terciários tendo suas participações em histórias filler com a finalidade de ser bobinhos e engraçados (vinde Goten & Trunks com a trupe do Pilaf).

Nesse ponto eu culpo os produtores por não saberem como trabalhar com os personagens que tinham em mãos. Parece que os mesmos nunca viram Dragon Ball Z em suas vidas e esqueceram que embora sejam crianças, os caçulas da dupla de heróis são guerreiros bastante ativos e por diversas vezes demonstraram ser tão competentes quanto os demais lutadores. Sério, eles deixaram de usar Gotenks em diversos momentos quando a necessidade pediu usando alguma desculpa esfarrapada, e quando Gotenks aparece em anime para enfrentar Beerus, ele nem se transforma.




Eu poderia continuar a listar os problemas de Super (Acreditem, são muitos), mas os que mais me incomodaram foram esses. Eu pensei em falar sobre a farofa que é a adaptação da história para mídias diferentes, mas eu seria hipócrita de falar mal de algo que não me preocupei a ver a fundo (Entenda-se, não acompanhei os desfechos do mangá).

Eu poderia falar das censuras a sangue e cenas brutais, mas não é como se outros animes shonens não estivessem fazendo isso também, e o pior de tudo é que eu posso compreender a meta deles com isso: Ao fazerem a censura em sua fase de produção, os produtores podem abaixar a idade minima dos consumidores da obra, assim garantindo um maior retorno financeiro.

Agora, vocês devem estar achando que eu odeio a obra, correto? Há uma meia-verdade nisso tudo. Quando Super começou eu fiquei genuinamente animado com a ideia de uma continuidade da história do Z, mas com o passar do tempo eu via muita encheção de linguiça e coisas sem sentido acontecendo na série que foram responsáveis por me afastar da mesma.

Eu acompanhei o anime mesmo assim pois mesmo não gostando, eu queria ter os argumentos para provar a minha opinião e não ser um daqueles haters estúpidos que pipocam em fóruns.

Agora que eu malhei a obra, irei falar das coisas que me deixaram contente ao presencia-la.




Aberturas Fantásticas:

Um ponto forte desse anime são suas músicas frenéticas e cheias de energias que são capazes de deixar qualquer um eufórico ao ver as cenas de porrada entre os personagens da obra e ainda por cima da bastante material para os mais fanáticos pela série possam debater em fóruns a respeito de teorias e mensagens escondidas na obra, como por exemplo que transformação seria essa que aparece na segunda abertura (No caso estaria falando da Migatte no Gokoi).






Animação Soberba:
Da saga Black em diante os animadores se preocuparam em dar uma atenção maior nos frames dos episódios para que ninguém saísse (muito) torto.
Dragon Ball Super pode soar estranho para alguns fãs antigos devido seu traço e sua palheta de cores ser diferente da época de 1990, mas é mais uma questão de costume do que uma questão de qualidade.
Do episódio 70 até o 131 existem diversos efeitos especiais belíssimos e chamativos que casam muito bem com o áudio do anime, que continua mesmo após tantos anos contando com a presença de uma excelente e clássica equipe de dublagem, não importando qual país seja o responsável pela exibição do desenho. (Alias, antes que eu me esqueça, descanse em paz Hiromi Tsuru, eterna Bulma japonesa).






Personagens novos interessantes:
Dragon Ball Super foi o responsável por nos apresentar personagens carismáticos e com uma história bastante chamativa como eram o caso de Hitto, Caulifla, Kale e Kyabe. No Torneio do Poder ainda somos apresentados a personagens de diversas inspirações a cultura pop e a países, eu admito que quis o elenco de Deuses da Destruição que foi mostrada em um desenho de fã, mas os que temos são bastante competentes também.









As lutas são Incríveis:

E mais uma vez voltamos a apresentar a porradaria comendo solta, com lutas bem coreografadas e rajadas de energias incluídas.
As lutas de Dragon Ball sempre foram boas, mas Super fez um trabalho sem igual utilizando das novas ferramentas disponíveis para deixar tudo mais animalesco, se somarmos com a empolgação que adquirimos com as músicas de abertura, a trilha sonora do anime, os efeitos especiais e as transformações é para qualquer pessoa ficar igual o Vince Mcmahon.
Esse cara.








Coisas Nostálgicas:

Um ponto muito forte de Dragon Ball Super é a de explorar e trazer a tona elementos visuais e narrativos que ha muito tempo haviam sido deixados de lado, como por exemplo o Retorno de Trunks do Futuro, o Mafuba a técnica para selar Piccolo Daimao, a Fusão Potara, O retorno de Freeza, Uma personagem inspirada no Brolly, Os Yadrats e o retorno daquele humor mais leve e descontraído da primeira fase de Dragon Ball.

É um prato cheio para os mais antigos fãs da série.








É Dragon Ball:


Dragon Ball Super faz uma coisa boa ao existir mesmo possuindo todas as suas falhas: Super quebra o hiato de quase 10 anos que a franquia levava após o término de GT.
Dragon Ball Z há muito tempo deixou de ser um anime ou um mangá e passou a ser visto mais como um nome, uma marca; isso se deve ao fenômeno mundial e multi-mídia que a obra se tornou e se levarmos isso em consideração junto com o fato do anime ser aclamado e proclamado como um dos maiores e melhores do mundo seja por sua qualidade ou por inspirar diversos trabalhos ainda hoje (Como Naruto por exemplo, outro grande sucesso mundial), é bizarro como a série permaneceu por tanto tempo parada sem um filme, uma animação ou especial. Claro, se formos considerar as produções de fãs, industrias de games e os remakes, nós temos respectivamente Absolon's, Heroes's e Kai's da vida, mas não é a mesma coisa.


Enfim espero que tenham compreendido a proposta desse novo tipo de artigo: Não é sobre massacrar a obra com as coisas que me incomodam (muitas das mesmas foram corrigidas ou são vistas por muitos como coisas positivas), mas é dar uma visão mais aprofundada do tema explorando partes que me deixaram incomodado, talvez se tivessem outro desfecho poderiam ser evitados, mas não é algo que sirva para tabelar como bom ou ruim. Alias esse tipo de artigo serve de complemento para eu deixar um pouco de mim para vocês, eu vou falando dos meus gostos nesse tipo de tema e deixo mais claro qual é a minha visão das coisas. Sabe, quando te perguntam se você gosta de algo, um sim ou um não são muito rasos e as vezes não temos tempo para elaborar todo um debate com n razões de porque preferir assim.
Principalmente nos dias de hoje onde todos são criticados pela sua opinião; essas pessoas que atacam as opiniões alheias precisam saber que o mundo não é mais preto com branco, existem vários tons de cinza que mostram quem nós somos.

Uau...eu dei uma divagada ferrada agora, pois bem.


Então pessoal, esse foi mais um artigo, eu espero que tenham gostado, se você é novo seja muito bem-vindo; a todos os leitores eu peço que comentem o que acharam, façam sugestões e criticas a respeito do tema e terei o maior orgulho em responde-las.

Até a próxima e tchau.







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