segunda-feira, 25 de março de 2019

Minha Opinião sobre o Google Stadia


Nessa última terça-feira (19/03/2019) houve um pronunciamento da Google na Game Developers Conference (GDC) -em São Francisco, Califórnia- na qual a mesma apresentou ao mundo uma proposta ambiciosa voltada ao púbico gamer. Trata-se de uma plataforma de games com uma biblioteca de jogos em nuvem com disponibilidade de acesso em tempo real.

Esse projeto a qual foi batizado de ''Google Stadia'' tem gerado as mais diversas reações no publico, alguns entrando em um nível de ''histeria hype'' enquanto outros apresentam cinismo quanto a noticia.

Por motivos de ''furo de reportagem'' estarei fazendo um artigo a respeito desse tema, parafraseando alguns sites de noticias e dando o meu parecer e minhas expectativas quanto a essa que promete ser a mais nova revolução no mercado de games.

Fala pessoal, como vão vocês? Hoje lhes trago um artigo sobre o Google Stadia, o que ele é, qual sua proposta, seus possíveis prós e contras.

Sem mais delongas, vamos ao tema desse texto então.



Diversos portais e sites de grande destaque ao público gamer tem feito matérias sobre o evento da GDC. Alguns tiveram o prazer de estarem lá ao vivo para poder assistir as conferencias e testar os novos produtos nas bancadas. Dentre os produtos anunciados eis o Google Stadia.


O Google Stadia será uma plataforma de games produzida pela Google e que tem como objetivo dar capacidade de acesso e transmissão em tempo real a jogos que estiverem disponíveis em sua biblioteca virtual em qualidade 4k a 60 fps, com a promessa de chegarem na marca de qualidade de 8k e 120 fps.

Essa plataforma gerá mantida no ar graças ao uso de diversos Data Centers (Centro de processamento de dados) do Google em sintonia para seus usuários acessarem os jogos que lá ficaram (já foram confirmados Assassin's Creed Origins e Doom Eternal)

O Project Stream como também fora batizado tem como proposta inicial ser lançado nos Estados Unidos, Canadá e Europa, porém sem data de previsão para demais países e nem uma data de lançamento da mesma.

Os requerimentos para seu funcionamento é o uso de uma conexão a internet constante a pelo menos 25mbps (Megabytes por segundo).

Seu grande trunfo são suas características como uma plataforma de ''jogos streaming''. Os jogos seriam disponíveis através de algum aplicativo por meio do Google Chrome e do Chromecast e não seriam necessários o uso de consoles, downloads ou loadings, pois seriam acessíveis em nuvem para Pcs, Tablets, Celulares e Notebooks tendo a possibilidade de serem gravados e compartilhados através de um botão em seu controle similar ao usado pela Microsoft.


O controle do Stadia seriam controles Wireless (sem-fio) com conexão direta ao servidor da plataforma e que teriam a capacidade de procurar pelos jogos, assistir outras pessoas jogando, compartilhar seu gameplay e até mesmo comando de voz.

Acho que a melhor definição que eu já ouvi sobre o Google Stadia (Obrigado Amer) é que ele se equipara a um ''Netflix dos jogos''.

Pois bem...

Para um maior compreendimento do assunto leiam essas matérias aqui e aqui sobre o Google Stadia.

Se vocês repararam, a grande sacada da Google é inovar criando uma plataforma virtual para jogos sem a necessidade de consoles. Algo que parece fantástico e que caso de certo provavelmente se tornaria tendencia no mercado de jogos. O problema começa já pela sua proposta...é algo muito futurista para se termos em mãos em pleno 2019. A ideia foca em servidores online com a necessidade de estar conectado a internet durante toda a experiencia e não obstante com uma exigência de operadora de pelo menos 25 megas.

Isso acaba quebrando as pernas de muitos consumidores (boa parte dos brasileiros inclusos) pois os serviços de operadoras móveis de internet são caras por aqui (Lá fora também é assim) e seus pacotes de banda-larga não possuem na prática uma conexão tão forte quanto a esperada.

Eu não sou de dizer estas coisas, mas o fato é que o projeto do Stadia acaba sendo muito elitista pois apenas uma parcela minuscula de pessoas terão acesso aos recursos para joga-lo.

Pode parecer besteira com lugares onde os planos de dados passem de 25 mbps, mas fora a necessidade de conexão minima para jogar no Stadia, o servidor estará processando e enviando uma quantidade imensa de dados...algo que em escala global -como eles planejam atingir como público alvo- acaba exigindo muito mais da internet, fora os efeitos colaterais disso como por exemplo o lag que deixaram partidas online injogaveis.

Outro ponto que pode ser preocupante seriam os servidores do Google: Como tudo ficaria alocado por lá, caso os servidores caiam, tchauzinho jogos.

Eu gostaria de ter mais para falar, mas acho que tem gente capaz de dar uma noção melhor da situação, com isso estarei encerrando o texto.

Colocarei aqui um podcast do Amer, na qual ele fala mais a fundo sobre alguns dos problemas que o Google Stadia pode vir a ter e fazendo algumas previsões a respeito.

(Aviso: O Amer possui um humor ácido e pode falar alguma coisa que lhe ofenda).


Outro comentarista a respeito das propostas do Google Stadia é o Minicastle Org


As opiniões deles são bastante similares e ao mesmo tempo complementares, pois um foca no público (Amer) enquanto o outro aborda os problemas do Google Stadia pelo ponto de vista de mercado e tecnologia.

Eu estou um pouco com o pé atrás do Stadia, as cobranças que ele faz parece faze-lo se direcionar a público nenhum...é um suicídio de mídia.

Como sempre quando eu tenho uma péssima previsão de alguma coisa eu sempre tento ser no fundo um pouco otimista e torcer para queimar a língua, mas aqui fica difícil. A Google fez promessas e não deu nenhuma garantia ou previsão de seu lançamento, não parece algo profissional vindo de uma grande companhia da tecnologia como ela.

Esse artigo claramente morreu durante seu desenvolvimento...lamento quanto a isso, mas eu tinha um ''script'' mental sobre o tema, mas acabou se perdendo logo em seguida. Eu esperava citar os pontos fortes e os fracos, mas estaria trabalhando apenas com suposições.

Meu conselho aos que leram isso aqui (ou melhor, aos que viram os vídeos anexados) é que permaneçam cínicos, o que vier é lucro, pelo menos não serão abatidos pelo hype.


Então é isso, não tenho mais o que dizer, espero que tenham gostado do artigo, caso não eu compreendo, recomendo que vejam outros artigos se você for novo para ter um melhor compreendimento da forma como trabalho aqui nesse blog, e caso venha a gostar, será muito bem vindo para dar suas sugestões e críticas.

Quanto a mim, voltarei a programação local, me aguardem.

quarta-feira, 20 de março de 2019

Primeiras impressões de Yari no Yuusha no Yarinaoshi


Ficando de bobeira durante meus dias de folga, decidi dar uma procurada em alguns mangás para ler, animes para assistir e games para jogar...não é como se eu tivesse exito em achar algo interessante nisso, então acabei passando o dia inteiro enfornado no meu quarto enquanto assistia clips no youtube.

Foi então que eu tive uma epifania...''Puxa vida, eu havia feito um artigo sobre Tate no Yuusha no Nariagari e tinha citado sobre sua ''continuação'' Yari no Yuusha no Yarinaoshi, já que eu estou de bobeira, vou dar uma olhada e ver se é bom''.

Então foi o que eu fiz na tarde de segunda-feira, fui ler os capítulos disponíveis da obra e com isso pude ver algumas das minhas expectativas se cumprindo.

Alias, faz tempo que eu não faço isso, mas vou soltar um breve ''Flashback'':

''Motoyasu serve como personagem ''suporte do herói'', aquele cara que é bem intencionado, luta ao lado do protagonista, tem carisma, é engraçado porem sempre faz alguma besteira. Yamcha de DBZ era assim.''

É...pois é, eu não imaginava que seria tão certeiro, mas enfim...

A analise de hoje esta sendo feita em cima de um mangá, por conta disso eu estarei criando um gênero novo de artigos aqui no Blog (Eventualmente eu quero criar vergonha na cara e reformular alguns artigos antigos e remover o excesso de temáticas).

Antes de começar eu devo dar um aviso: parte da sinopse da obra remete ao Motoyasu (Herói da Lança) voltar no tempo. Por conta disso rolam muitos flashbacks de eventos ''passados'' que não foram presenciados no anime de Tate no Yuusha no Nariagari, se quer no mangá do mesmo, então já sabem, vai ter muitos spoilers na obra em si, mas eu irei tomar o máximo de cuidado para não estragar a experiencia de quem decidir ler.

Sem mais delongas vamos ao texto e não se preocupem que no próximo artigo eu voltarei com minha saudosa abertura de artigos.




AVISO: Esse artigo contém SPOILERS.
Yari no Yuusha no Yarinaoshi (The Redo of the Spear Hero/ O Refazer do Herói da Lança) é uma obra de gênero isekai (protagonista tragado em um mundo alternativo, virtual ou viagem temporal), fantasia, comédia e ação produzida por Aneko Yusagi  em 2014 e adaptado para mangá pela mesma em parceria de Seira Minami em 21 de Agosto de 2017.



Sinopse:

Motoyasu Kitamura (O Herói da Lança) após ser mortalmente ferido ao final de TYN (Tate no Yuusha no Nariagari) acaba por despertar um poder que o permite voltar no tempo e poder recomeçar tudo de novo. Movido pelos sentimentos de se reencontrar com a Firo (A Filofial de Naofumi), Motoyasu acaba seguindo em uma viagem ao lado do Herói do Escudo em busca de acabar com as ondas de calamidades e um dia poder rever sua amada.




Primícia:

Yari no Yuusha no Yarinaoshi possui um enredo meio bobo e que foge da ideia inicial da obra original que seria voltada para ação com umas pitadas de slice of life...dessa vez os papéis se inverteram e a obra agora foca mais em ser uma comédia do que uma ação (não porque não exista ação, mas vocês já vão entender o que quero dizer).

O grande destaque aqui é o Motoyasu após conseguir a ''Minute Hand of Ryugon'' que o permite viajar para o começo da história. Após todos os acontecimentos em TYN, Motoyasu se tornou uma nova pessoa e decidido a ajudar Naofumi em seu momento mais crítico acabou sendo responsável por mudar a história principal.

É interessante notar que por conta disso inúmeras coisas não ocorreram ou então tiveram um desfecho diferente por conta da interferência de Motoyasu, seus poderes e seus conhecimentos (O Herói da Lança regressa ao inicio da história portando os mesmo poderes que ele tinha ao final de TYN, além do conhecimento parcial (ele não se lembra de todos os detalhes) que ele adquiriu daquele mundo seja por presenciar tais eventos ou por ter ouvido histórias de terceiros).




Motoyasu Kitamura:

Motoyasu teve uma grande mudança em sua personalidade desde o inicio de TYN até YYY (Yari no Yuusha no Yarinaoshi). Motoyasu continua sendo um cara bem intencionado e meio bobão, porém agora nutre uma grande antipatia por todos aqueles que o enganaram esse tempo todo, se referindo principalmente as mulheres como porcos, continua sendo um ''mulherengo'', porém seu alvo de afeto agora é unicamente a Firo, uma filofial que ainda sequer nasceu nessa história, porém a qual Motoyasu tem como uma guia para seguir em frente.

Justamente por conta disso e o que mais tiver acontecido em TYN, Motoyasu agora tem uma enorme admiração e senso de proteção perante Naofumi Iwatani, chegando até mesmo a chama-lo de ''pai'' e agir como um puxa-saco do mesmo (Outra mudança perceptível: Motoyasu esta bem mais sentimental agora, talvez sempre fosse, mas nunca se via ele por muito tempo na outra série e sempre que aparecia, ele fazia coisas que iam contra essa identidade).
Momentos após Naofumi ser capturado e julgado culpado de ter estuprado a princessa Malty. Reparem que foi esse o estopim para fomentar a nova personalidade de Naofumi, como um cara eternamente vestindo uma ''armadura'' de ressentimento e frieza para a sua proteção pessoal. Mas aqui nessa história, antes que isso pudesse acontecer, Motoyasu aparece e lhe oferece o ''ombro amigo'' e o defende.

Em sua busca por se reencontrar com Firo, Motoyasu toma iniciativa e entra de cabeça em estudos sobre as espécies de firofials (informação off-screen, ou seja, não nos é mostrada) e tenta adquirir posse do máximo possível de ovos da espécie na esperança de se encontrar com Firo desse jeito.

Algo também inovador é a ''paternidade'' de Motoyasu perante sua party de filofials, ele age com um grande senso de zelo e carinho pelos ''chobocos'', mas nunca deixando seu lado descontraído sair de cena.
Que bonitinhos...nem parecem que podem se transformar em galináceos de meia tonelada capazes de criar furacões com um bater de asas...

Eu tô sem palavras...



Naofumi Iwatani:

Eu confesso que fiquei bastante surpreso quando reparei que o Naofumi se tornaria um personagem recorrente nessa história. Na minha visão as coisas iriam seguir seu rumo normalmente, porém Naofumi não seria mais carrancudo pelo o que aconteceu no começo da história e no máximo ele protagonizaria alguns cameos (aparições especiais) durante a história, mas não...ele se tornou um membro da party ''Esquadrão de proteção do paizão'' fundada pelo Motoyasu.

Mas eu acho que uma das coisas mais impactantes a respeito dessa obra é justamente o Naofumi e a sua nova interpretação na obra. Como ele não chegou a quebrar emocionalmente pela acusação da Malty, aqui ele demonstra ser um rapaz ingênuo, puro, meio medroso, porem extremamente gentil e transmissível em relação aos seus sentimentos.

Ocorrem algumas vezes cenas de ''flashbacks'' ou então diálogos por parte do Motoyasu onde ele acaba comparando as duas personas de Naofumi, uma onde Motoyasu era contra ele, e a outra onde ele o apoiou. 

Por conta dessa mudança (ou melhor dizendo dessa NÃO mudança) do Naofumi, muitas coisas que ele fez ou foi obrigado a fazer nunca ocorreram, como por exemplo ele recorrer ao vendedor de escravos para comprar a Raphtalia (isso eu achei vacilo, porem compreendo o novo Naofumi não querer fazer isso, já que ele não se vê necessitado disso e por também achar escravidão uma coisa errada...algo que é totalmente dicotômico com seu outro lado que foi justamente meu objeto de estudo quando fiz o artigo de Tate no Yuusha no Nariagari).

Fora isso, a pegada de YYY é totalmente oposta ao de TYN onde Naofumi nunca deixou sua guarda baixa devido sua péssima reputação. Aqui ocorre justamente o contrário, uma vez que ele é o alvo de elogios devido seus feitos futuros e por causa da religião do Escudo que ajudou a promover o Esquadrão do Motoyasu na hora de proteger o Herói do Escudo.


Quem acompanhou TYN jamais imaginaria uma releitura do personagem dessa forma. É totalmente oposto ao que é apresentado na obra original.




Desenvolvimento e Narrativa:
Alô policia?

Em Yari no Yuusha no Yarinaoshi ainda existem elementos de drama e suspense alimentados pelos grandes conflitos e conspirações que são mostradas em Tate no Yuusha, porém essas mesmas batalhas e conflitos politicos quando não são rapidamente sanados aqui, eles são deixados em segundo plano, onde o grande foco aqui é mostrar os personagens viajando ou fazendo coisas do dia-a-dia. Honestamente isso não me incomoda, porem eu sei que isso não vai servir de agrado a todos que acompanharam a obra original. Felizmente eu aposto minhas fichas que esse ''sossego'' será passageiro, pois eventualmente terão que focar nas ondas de calamidade como prioridade narrativa.

O motivo das lutas aqui perderem seu impacto é justamente por culpa do Motoyasu. Enquanto os heróis estariam começando sua jornada no nível 1, o Herói da Lança estaria na casa do nível 80, sendo assim qualquer batalha é rapidamente encerrada por conta do absurdo poder que o atual protagonista tem.
Para upar o nível das suas filofials, Motoyasu decide grindar (termo gamer para matar monstros para coletar experiencia e dinheiro) dentro do território de dragões...E estraçalha eles com apenas um golpe.


Embora a ação tenha ficado um pouco de fora pela ausência de adversários a altura, a trama de YYY ainda mantem um certo padrão de qualidade, pois aqui conhecemos mais sobre as maquiavélicas ações do rei de Melromarc em tentar sujar a reputação do Herói do Escudo. Como se isso não bastasse, Motoyasu é alertado pela Filofial Rainha que eventualmente ele teria que escolher um caminho a seguir que poderia culminar em grandes mudanças.

Um ponto que é levantado em relação a isso é sobre as mudanças na história de TYN que Motoyasu fez. Por mais honesta que tenha sido suas intenções, impedir o ''amadurecimento'' do Naofumi pode acabar levando a terríveis consequências a longo prazo. 

Já quanto ao Motoyasu, uma coisa que eu achei que YYY acertou foi em dar uma origem ao personagem, assim como Naofumi tinha antes de ir parar nesse mundo.
''Meus pais estavam em uma longa viagem de negócios juntos. Então, começando em torno do ensino médio eu vivia por minha conta.''

Motoyasu em sua vida estudantil vivia cercado de garotas, porém elas sempre tinham segundas intensões quando faziam companhia para ele (Se aproveitavam da ingenuidade dele para conseguirem favores).

Conforme vamos vendo mais sobre o passado do sujeito,  mais claro ficam algumas coisas a respeito do seu modo de agir na obra original.

E por fim temos o grande forte dessa obra que é a comédia. Para faze-la, é muito utilizado como recurso comédia visual, sejam nas declarações exageradas e melosas do Motoyasu para cima do Naofumi, ou então nos desfechos de diálogos e lutas, como por exemplo:



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Considerações Finais:
Esse artigo carece de imagens da Raphtalia, portanto ta aqui eternizada nas minhas ''Considerações Finais''.

Eu gostei bastante de Yari no Yuusha no Yarinaoshi, é incerto imaginar se um dia ele vai conseguir emplacar ao ponto de ter seu próprio anime, mas se quiserem minha opinião sincera, Motoyasu é muito funcional como ''protagonista'' e ajuda bastante a dar uma outra vibe para a obra, além disso a desconstrução do Naofumi da obra original também é algo bem visto uma vez que abre portas para novas interações do mesmo com os antigos parceiros dele (Isso é, se caso ele for voltar para buscar eles).

Eu continuo batendo na tecla de alguns personagens (Herói da Espada e do Arco) que podiam ter um pouco mais de humanização, e também acho que YYY conseguiria ser mais polêmico do que TYN por conta de algumas piadas e o uso de fanservice em algumas cenas. Nada muito escancarado ou ridículo, mas que mesmo assim serviria de alvo para ataques de algumas pessoas sensíveis a esse tipo de conteúdo.

Aos que podem ficar aflitos com a ideia da história resetar e tomar novos rumos, não se desesperem pois Yari no Yuusha no Yarinaoshi é um spin-off (ele não é canônico, portanto pode ser apreciado sob uma visão de ''E Se''...algo que acho bem visto).

Algumas pessoas reclamaram de alguns episódios de Tate no Yuusha no Nariagari (os episódios 6,7 e 8 se não me falha a memória) por fugir do tema principal da série e focar mais em uma abordagem slice of life. Eles estão em seu direito de reclamar, mas esquecem que são momentos como esse que permitem que os personagens ''respirem'' e possam se desenvolver um pouco entre um arco e outro da obra.

Então é isso, acho que disse tudo o que eu tinha para falar. Espero que tenham gostado da nova temática dos artigos do Blog e se quiserem colaborar com um feedback, podem me mandar obras (mangás) para que eu possa dar uma analisada aqui também.

Me sigam no Facebook e no Twitter e nos veremos em breve em um próximo texto.

Até a próxima e tchau.

segunda-feira, 18 de março de 2019

5 Vilões que tinham ''boas'' intenções


No meu tempo livre, uma das coisas que eu gosto de fazer e que recentemente criei o habito é de ler mangás, de vez em quando eu faço artigos aqui onde uso informações e imagens tiradas de mangás. Isso se deve muitas vezes pois as vezes a história no anime não foi tão bem explicada ou não avançou até aquele ponto e porque eu gosto de fazer esse tipo de coisa, explorar mais de uma fonte faz meus artigos terem mais variedade...

Enfim, anteontem eu tinha acabado de ler ''Rave: The Groover Adventure'' (Conhecido também como ''Rave Master''. Eu sempre tive um xodó pelo anime de Rave Master, já comentei a muito tempo atrás que Rave foi eu primeiro anime da qual eu nutri um gigantesco hype, mas infelizmente o final do anime não podia ser mais banho de água fria. Isso aconteceu pois o último episódio deixou muitas pontas soltas e foi inconclusivo, no mangá ele teria terminado lá pelo capitulo 80 (Quando a obra em si tem 300 capítulos).

Enfim terminando a história da obra, pude conhecer mais daquele universo, além de dar uma boa olhada no grande final boss da obra, e ele era mais um daqueles casos de vilões que possuíam um objetivo humano ou nobre.

Após a montanha russa emocional que eu senti com a obra (entre choros e risadas), eu senti uma sensação de dever cumprido e parei para analisar o que eu acabei de ver, principalmente nos capítulos finais onde podemos ver as motivações do vilão.

E isso me deu uma ideia: que tal eu fazer um artigo a respeito de vilões com boas motivações? Ou com motivações ''humanas''? Se pararmos para pensar, esse tipo de roteiro não é incomum, é algo bastante explorado por exemplo no mercado de jogos japoneses e em alguns filmes. Um vilão desprezível que faz coisas abomináveis, mas que apresenta uma visão dos fatos que nos faz refletir se ele por acaso não tinha razão e somente foi infeliz em executar seu plano.

Por esse motivo listarei cinco vilões entre animes e jogos que buscavam se ''beneficiar'' ou beneficiar ao mundo, mas que as coisas sairão de controle.

Sem mais delongas, vamos a eles.



AVISO: Esse artigo contém SPOILERS




Lucia RareGroove (Rave: The Groover Adventure)

Fez o que fez para parar de ser perseguido.

Lucia RareGroove foi o vilão da qual estive rasgando seda a alguns parágrafos atras. Lucia parece inicialmente um caso de vilão genérico do tipo ''Sou uma versão maligna do herói/posso usar os mesmos poderes e vou usa-los para destruir o mundo''.

Lucia RareGroove também nomeado como ''aquele que possui o sangue do demônio nas veias'', era filho de Gale RareGroove, também conhecido como King e antigo grande vilão da obra e líder da Demon Card, uma organização do mal. Gale era um sujeito mal-estigmatizado por ser descendente de um tirano que provocou uma guerra que eliminou 1/10 do planeta devido as suas proporções, mesmo assim, Gale fez amizade com Gale Glory (pai do protagonista) e juntos fundaram a Demon Card, que inicialmente era uma organização mercenária de combate a demônios.

O problema foi quando Gale Glory saiu da Demon Card para viver sua vida. Sozinho e sendo perseguido pelo passado e pressionado em manter a paz, King sucumbe ao mal ao usar os poderes de pedras conhecidas como Dark Brings. King acaba sofrendo um ataque em sua base, na qual sua mulher e filho são dados como mortos. Lucia na verdade havia sobrevivido e foi parar em uma prisão de segurança máxima na qual era considerado o pior prisioneiro devido seu histórico familiar.

Alimentado com uma sede de vingança, ressentimento e pelo poder de uma Dark Bring, Lucia escapou dessa prisão e começou a tacar o terror. Seu objetivo era ''Resetar a humanidade'' e se tornar um ''Adão no paraíso'', onde assim ele poderia viver e criar um mundo sem medo, perseguições e incertezas sobre seu futuro.

Explicando desse jeito faz ele parecer apenas um vilão cretino, mas acreditem, ele é bem desenvolvido na história e você consegue ter alguma empatia ou pena por ele em seus momentos finais.

Pensem em por um momento sobre como seria a vida de alguém se ela fosse descendente de Adolf Hitler... O sujeito poderia ser a melhor pessoa do mundo, o mal que seu ancestral fez o perseguirá para sempre, e é essa abordagem que eu acho interessante em Lucia, só é um pouco clichê e fraco toda essa regressão de humanidade que ele tem off-screen por decorrência da Dark Bring.



Monika (Doki Doki Literature Club)

Fez o que fez pois se sentia solitária.

Monika é a tipica ''engana trouxa que julga que um rostinho bonito não pode ser caótico''. Monika é a líder do clube de literatura do jogo Doki Doki Literature Club, uma garota descrita como bela, atlética, popular e muito inteligente.

Acontece que Doki Doki Literature Club engana pela aparência bonitinha (assim como Happy Tree Friends) e por se mascarar um jogo de simulação de encontro. Na verdade esse jogo é um game de terror psicológico brutal devido as cenas detalhadamente perturbadoras, pelo tema recorrente da obra (depressão) e devido a diálogos com o uso da quebra da 4ª parede.

Monika é uma personagem que tem ciência que vive dentro de um jogo. Ela era solitária por viver em um mundo ''falso'' onde as pessoas viviam conforme o scripts. Isso tudo muda quando você aparece. Monika se apaixona por você, porém não é uma das garotas da trama que podem ser correspondidas. Por conta disso, ela acaba manipulando o ''mundo'' daquele jogo e faz as outras garotas terem mortes horríveis para poder ficar com você.

Uma vez que a ''vencemos'', ela demonstra arrependimento pelas coisas que fez e deixa claro que tudo o que queria era poder viver e ter as coisas do mundo real, um amigo e amante.



Krelian (Xenogears)

Fez o que fez para salvar e ser salvo

Se eu tiver que explicar todo o plot de Xenogears eu não termino mais, pois é um game com uma história gigantesca e que sempre da um jeitinho de aparecer aqui no blog.

Krelian foi inicialmente um mercenário contratado por Solaris para matar Sophia que estava liderando um grupo de resistência. Acontece que quando Krelian conhece Sophia ele acaba se apaixonando e se lavando de todos os seus pecados, se tornando parte dessa resistência.

Uma guerra foi travada entre Nissan (Cidade natal de Sophia e representante das forças do planeta) e Solaris (Utopia militar e tecnológica que se localizava no céu) e para terminar o derramamento de sangue, Sophia se sacrificou, mas não contava com as coisas que iriam acontecer por conta disso.

 Krelian desacreditado que sua amada (não correspondida só para deixar claro) havia perdido a vida para salvar a todos, acaba tendo um momento de desesperança e imaturidade e culpa Deus por não ter intervindo (Sophia era também uma líder religiosa de Nissan, e cuja religião pregava a paz).

Krelian jura então criar ''Deus'' com as próprias mãos para que ninguém mais passasse por isso de novo.

Por ser uma pessoa muito aplicada aos livros de ciências e tecnologia, Krelian acaba aprendendo como manipular a nano-tecnologia e assim dar a si mesmo uma espécie de imortalidade para que pudesse concretizar seus planos.

Quinhentos anos se passam (e vamos parar no tempo presente onde o jogo se passa), Krelian conseguiu se aliar a Solaris e manipulando a todos de lá, se fincou no topo de sua hierarquia e usou do poderio cientifico para fazer experimentos humanos afim de despertar ''Deus'' (Em Xenogears existe um robô com esse nome, com os mesmos poderes e que acredita de fato ser ele)

Krelian consegue cumprir seus objetivos, embora as coisas não tenham saído como planejado, ele conseguiu abrir seus olhos e pode perceber que depois da morte de Sophia, tudo o que ele queria era a sua ''salvação''.



Nagato Uzumaki (Naruto)

Fez o que fez para promover a paz.

Nagato, Konan e Yahiko eram três crianças órfãs de guerra no País da Chuva. Os três foram treinados por Jiraiya e foram levadas a crer que havia-se esperança para alcançar a paz, porém após a morte de Yahiko, Nagato se ''perde'' e acredita que a unica maneira de se ter a paz e submetendo a todos sobre seu completo controle através do medo e do poder.

Nagato após ouvir as ideias distorcidas de Tobi/Obito acaba formando a Akatsuki com o objetivo de reunir os ninjas renegados mais poderosos e concretizar suas metas. Para tal, umas coisas a serem feitas era ir atrás das bijuus.

Nagato então usou o poder de um jutsu proibido chamado Edo Tensei para trazer de volta a vida algumas pessoas - entre elas Yahiko - e formar o esquadrão dos Pain's. Pois somente através da ''Dor'' (Pain é dor em inglês) que as pessoas entenderiam sua nobre causa.

No anime Naruto Shippuden esse foi um dos melhores arcos da série, tanto pela ação da luta entre Naruto e Pain, como pela carga dramática presente.


Walter Sullivan (Sillent Hill 4: The Room)

Fez o que fez para ficar com sua ''mãe''.

Walter Sullivan é um vilão trágico. Abandonado pelos pais biológicos no apartamento 302 em Ashfield, o bebê foi criado em um orfanato ministrado pela seita demoníaca de Silent Hill chamada de Wish House.

Walter passou por todos os abusos físicos e psicológicos que se possam imaginar, viu amigos da Wish House morrerem (as crianças eram recrutadas para serem membros do culto doentio a Samael) e foi ensinado perante o caminho da seita, onde lá passou a conhecer sobre seus rituais e seus propósitos.

Walter foi convencido lá dentro que sua ''mãe'' ainda estava em Ashfield (cidade vizinha a Silent Hill) e que na verdade ela era o próprio quarto 302. Walter por conta disso viajava constantemente para lá em busca de sua ''mãe''. Na cidade é onde se enraíza mais ainda toda a depreciação de Walter pela humanidade ao se deparar com adultos cruéis que ficavam entre ele e sua mãe.

Walter cresce, vive uma parte da sua vida como mendigo e ao chegar aos 24 anos decide por em prática o ritual dos 21 sacramentos, ritual esse que exigia a morte de 21 pessoas (sendo as dez primeiras tendo seu coração removido, a 11ª vitima seria o próprio Walter para que ele virasse um espirito (Ritual da Assunção Sagrada) e as últimas dez pessoas sendo alvos específicos catalogados através de atributos).

Walter Sullivan apesar de ser um personagem trágico, ele pra mim é o melhor (isso não é algo bom) vilão da série de Sillent Hill. Ele é algo mais perturbador do que um demônio, ele é humano, e mesmo assim ele foi o único da qual vemos fazendo suas ações homicidas no decorrer do jogo.

Para se ter uma ideia do quão frio e perverso Walter se tornou pelo objetivo de ficar com sua mãe (só por isso que ele fez o ritual dos 21 sacramentos) duas de suas vitimas (Miriam e Billy Locane) eram um casal de irmãos gêmeos de uns 8 anos que foram mortos a golpes de machadadas (felizmente essa informação não nos é mostrada, apenas comentada...mesmo assim perturbador).



Considerações Finais:
Myria de Breath of Fire 3 é considerada uma ''vilã'' pelas perspectivas dos nossos heróis, pois ela quer matar ou aprisionar Ryu, mas ela é quem tem suprido as necessidades das pessoas desse mundo...Oh Well...


Bom, talvez nem todos tivessem de fato boas intenções, apenas intenções ''humanas'' como encontrar alguém ou deixar seus problemas de lado (por essas e outras que usei aspas no título), e certamente se tivessem sido postas em outros contextos, talvez ainda fossem redimidos, mas não é o que acontece com os personagens da lista (Krelian foi o único que conseguiu se redimir de certa forma).

Os personagens dessa lista não são dos mais famosos (O mais conhecido foi o Nagato de Naruto e olhe lá) pois eu não queria usar figuras já carimbadas quando se pensa em um vilão virtuoso e também porque na hora de fazer esse texto eu não consegui lembrar de quase nenhum de cabeça.

Personagens assim são enriquecedores para uma obra, são bons para confrontar o protagonista e ver se o mesmo não estava agindo por razões egoístas ou se não ha nada que ele não possa fazer com o aprendizado que é o confronto entre os dois (Avatar: A Lenda de Korra consegue fazer isso em pelo menos duas ocasiões diferentes).

Uma trívia quanto a alguns personagens que eu usei na lista: Lucia foi incluído pois eu havia terminado a uns dias o mangá de Rave Master, Doki Doki Literature Club idem, e eu estava me coçando (figurativamente) para falar sobre Walter Sullivan.

Eu espero que vocês tenham gostado desse artigo, e caso tenham ou não, façam o seguinte: escrevam nos comentários sobre seus vilões favoritos e quais eram as motivações deles, qualquer coisa eu posso fazer uma parte 2 desse artigo.

Então é isso, me sigam no Facebook e no Twitter e me mandem sugestões e críticas aqui ou por lá.

Vejo vocês no próximo artigo, até a próxima então e tchau.

domingo, 10 de março de 2019

A Moralidade ambígua de Tate no Yuusha no Nariagari


(Faz um tempão que não escrevo nada...)

(Tosse)

Tate no Yuusha no Nariagari é uma obra de fantasia que tem feito bastante polemica recentemente por conta de alguns personagens e suas atitudes, de modo geral as críticas negativas que são disferidas através das redes sociais são voltadas principalmente ao seu protagonista, Naofumi Iwatani...

Bem... eu gostaria de dedicar um pedaço desse artigo para dar meu parecer das coisas e de bônus falar sobre essa grande obra (no sentido de imersão) que é Tate no Yuusha.

Eu assisti o anime que foi apresentado a mim pelo meu amigo Alexandre lá pelo começo do ano, gostei e decidi acompanhar o mangá para ter um maior compreendimento da história, então vocês leitores já devem imaginar que irei dar muitos Spoilers.

Pois bem...eu irei falar muito, talvez fique confuso e divagante demais, mas quero testar esse ''formato'' e precisava expor minhas opiniões, não só pela analise em si, mas também para mostrar o ''outro lado'' dessa história.

Antes de mais nada, vamos a introdução padrão dos meus artigos, então acomode-se e me acompanhe.

Fala pessoal, como vão vocês? Hoje lhes trago uma analise de Tate no Yuusha no Nariagari, e em especial focado na exploração das facetas de seus ''heróis'' e porquê eles são tão fascinantes ou desprezíveis aos meus olhos (e possivelmente ao de vocês também).

Sem mais delongas, vamos ao texto.



Aviso: Esse artigo contém SPOILERS, veja o anime aqui.

Tate no Yuusha no Nariagari (The Rising of the Shield Hero/ A Ascensão do Herói do Escudo) é uma obra nascida como Web Light-Novel pelas mãos de Aneko Yusagi em 29 de Outubro de 2012 e posteriormente adaptado para mangá por Minami Seira em 5 de Fevereiro de 2014 e ganhando uma versão em anime por Takao Abo & Keigo Koyonagi (Diretor e Roteirista respectivamente) em 9 de Janeiro de 2019.



Sinopse:

A história gira em torno de Naofumi Iwatani que após interagir com um livro misterioso é transportado junto de outros três jovens para um mundo medieval na qual enxergam nos quatro jovens os ''heróis lendários da profecia''. Munidos com armas lendárias, eles teriam que salvar aquele mundo de ''ondas'' de calamidade que afligiam ao reino de Melromarc.
Tudo ia bem, até Naofumi ser enganado e traído por Malty S. Melromarc, a princesa que forja uma acusação de estupro e destrói a reputação de Naofumi perante a todos. Humilhado, em um mundo novo e desconhecido e sem ter como voltar para casa, Naofumi viaja em busca de salvar a todos enquanto busca se vingar pelas injurias que sofreu.


Ok... (quero que vocês se recordem desse trecho para mais tarde).


Agora que a sinopse foi dada, apresentarei os 4 heróis e a partir dai vou destrinchando o assunto que quero abordar:


Naofumi Iwatani:
Naofumi Iwatani (Herói do Escudo) tem 20 anos e em seu mundo era um universitário ingênuo e despreocupado cujo maior prazer era ler histórias de fantasia. Numa ida a biblioteca local, acaba se deparando com um livro que narrava a aventura de quatro heróis portadores de armas mágicas, sendo elas a ESPADA, a LANÇA, o ARCO e o ESCUDO.

Naofumi após ser roubado e acusado de estupro pela princesa Melty, é tratado pior que lixo por todos e acaba quebrando emocionalmente...o resultado disso foi ele tomar uma postura fria, pouco ou nada comunicativa e objetiva. Naofumi após os eventos do começo da história se fecha em uma casca de amargura e raiva e recorre a compra de escravos para ter alguém para lutar ao seu lado já que um escravo faz todas as ordens de seu amo, enquanto uma pessoa qualquer poderia ganhar a confiança de Naofumi e trair ele novamente.

Embora seja uma pessoa de semblante sério e aparente ser oportunista e ganancioso (cobra para fazer boas ações), Naofumi realmente se importa com as pessoas, possui uma natureza gentil dentro de todo aquele ressentimento e tem grande afinidade com magias de cura e afins.

(Por conta da obra girar em torno dele, sabemos mais coisas sobre ele do que dos demais).


Motoyasu Kitamura:
Motoyasu Kitamura (Herói da Lança) tem 21 anos, é um rapaz bem intencionado, porem é muito orgulhoso para assumir seus erros e é facilmente manipulável. Motoyasu é um mulherengo cujas suas aparições se resumem a cenas de ação (afinal é um guerreiro), alívio cômico (pois sempre acaba se ferrando) e cenas que nos deixam putos com ele (Isso eu não preciso explicar).


Ren Amaki:
Ren Amaki (Herói da Espada) tem 16 anos e é um sujeito reservado, ''lobo solitário'' e perspicaz, porém é muito arrogante e não mede as consequências de seus atos, sempre sendo emboscado por fortes vilões da série por subestima-los.


Itsuki Kawasumi:
Itsuki Kawasumi (Herói do Arco) tem 17 anos e a primeira vista parece ser um sujeito legal (só parece...). Itsuki é um rapaz tão orgulhoso quanto Ren, além de ser extremamente avarento e portador de um complexo de superioridade que só fica mais evidente com o desenrolar da história. A diferença dele quanto aos demais em relação aos seus defeitos...bem, ele sabe ''esconder''.


Tendo em vista que os quatro foram convocados para salvar o mundo, não fica difícil de se presumir que eles não podiam ser mais distantes do pensamento de senso comum sobre o que é um herói. Todos eles possuem sérios desvios de caráter enquanto alguns deles (Arco, Espada e Lança) mantem uma postura quase infantil e segura de si por basearem as experiencias naquele mundo com as experiencias ''vivenciadas'' em seus respectivos jogos online favoritos.

Para poder explicar melhor a respeito do tema, irei dar alguns spoilers pesados do mangá sobre a história do mundo magico de Tate no Yuusha.



No inicio das eras, haviam os primeiros quatro heróis que lutaram para salvar a humanidade, em forma de agradecimento aos seus atos, as pessoas fundaram a ''Religião/Igreja dos Quatro Heróis''.

Esse igreja cultuava aos quatro e seus respectivos atributos...porém uma guerra movida por razões politicas e raciais entre humanos e demi-humanos enfraqueceram a força da igreja que ficou dividida em dois lado hegemônicos: A ''Igreja dos três heróis'' (Espada, Arco e Lança) e a ''Religião do Escudo''.

A primeira ficou sediada em Melromarc e tinha uma regência similar ao Catolicismo, onde a figura máxima dela era um Papa.

Essa mesma igreja tinha invertido alguns valores que eram do firmamento da religião dos 4 heróis, uma dessas alterações foi a mudança de status que o ''Herói do Escudo'' carregava, de um santo, ele foi rebaixado para um demônio.

A Igreja dos três heróis possui grande influencia em diversos lugares, em destaque em Melromarc onde a mesma atuava em parceria da monarquia (similar a Idade Média).

Já a ''Religião do Escudo'' ficou sediada em Sheltwelt, um reino predominantemente povoado por demi-humanos e que alavancaram a posição do Herói do Escudo para um ''Padroeiro dos enfermos e oprimidos'', enquanto os outros três heróis apenas perderam seus status.

Nos sonhos da Raphtalia ela tem lembranças desse dialogo com seus pais...Coincidência? (Episódio 2)

Por fim...a grande sacada da ''Moralidade Ambígua'' é a forma em que são construídas narrativas e personagens que são intitulados de um jeito, porém demonstram não ser...ou então quebram paradigmas e mostram que podem ser falhos...algo que deixa um grande potencial para histórias com arcos conspiracionais repletos de reviravoltas.

Quem leu o mangá ou uma das Light Novels sabem quem é esse cara e como ele encaixa nessa temática.

Algo que é interessante de notar por conta da maneira que é descrita os heróis lendários é que aparentemente eles seguem um arquétipo estabelecido na hora de determinar a sua arma.

O ''Padroeiro dos ENFERMOS e dos oprimidos'' coincidentemente trabalhando como um curandeiro nas vilas por onde ele vai enquanto atuava como caixeiro viajante (episódio 7)

Naofumi manifestando as marcas da ''maldição do escudo'' depois de se deixar levar pelos sentimentos de ódio e desespero...algo que foi destravado depois de ser submetido as humilhações da monarquia em Melromarc. ''Coincidentemente'' a figura mais ''santa'' dentre os heróis apresentando uma forma corrompida (episódio 8)


Os quatro heróis são descritos como figuras quase divinas graças aos seus poderes e por supostamente serem figuras altruístas, valentes e nobres...porem fica claro que todos eles possuem objetivos próprios e fazem o que fazem ou por obrigação ou visando algo maior, seja ela a glória para inflar seus egos ou recompensas, e muitas vezes por conta dessa postura, acabam não se preocupando com as consequências de suas ações e o que seria ''bom'' acaba se tornando uma catástrofe

Exemplos de catástrofes geradas por atitudes idiotas.


Voltando a focar no Naofumi...armaram para ele por ele representar o simbolo máximo de algo que uma nação rival adorava. Naofumi fica tomado pelo ódio e sem ter a quem recorrer comete uma das maiores atrocidades (falando de moral) porem ao mesmo tempo uma das suas ações mais sensatas e vai em busca de um comerciante do mercado negro.

Voltando a assistir o anime em busca de imagens para o artigo, eu paro e penso: ''Não é engraçado como dentre todas as criaturas com grande potencial de força bruta, Naofumi demonstra interesse logo na Raphtalia (Uma Demi-Humana)?''


Pois bem, vamos falar de uma das melhores personagens da obra e de seu envolvimento com Naofumi, falemos de Raphtalia:

Raphtalia era uma criança alegre que vivia com os pais em uma pequena vila aos arredores de Melromarc, até que um dia uma onda de calamidade assolou o lugar. Como a vila era povoada apenas por demi-humanos, o reino fez vista grossa do ocorrido mandando uma patrulha de busca mais tarde ao local apenas para levar os sobreviventes para serem escravos.

Raphtalia acabou passando por muitas coisas até chegar doente e sem esperanças na jaula onde foi vendida pelo comerciante do mercado negro para o Naofumi.

Mesmo com um desejo latente de vingança e não dando a minima para nada, Naofumi mimava a garota e atendia algumas das necessidades básicas da mesma, em troca, ela teria que ser a sua ''espada'' e lutar por ele para que ambos pudessem prosseguir.

Dona de uma personalidade manhosa no principio, Raphtalia descobriu quem era Naofumi e passa a admira-lo, prestando assistência ao mesmo e chegando ao ponto de seguir suas ordens por livre vontade ao invés de fazer pelo medo e pela condição da marca da escravidão que a eletrocutaria caso desobedecesse.

O grande trunfo da Raphtalia é que mais do que a ''espada'' de Naofumi, ela se tornou seu ombro amigo, alguém que conseguiu atravessa toda aquela armadura de ressentimento e magoas e salvar o seu companheiro do pesadelo que estava vivendo.

Raphtalia se tornou a coisa mais preciosa (por mais que Naofumi não admita) para o Herói do Escudo, ela se tornou tão importante que ela era a voz de ternura e razão que fazia ele voltar a si depois de entrar no modo frenesis da ''maldição do escudo''.

Porem...independentemente das boas intenções de ambos os lados, tanto dentro quanto fora da obra, o fato dela ser a escrava de Naofumi gerou revolta e polemica.

Bem...eu gostaria de tomar a dianteira e falar sobre o que eu penso, mas ficarei só como fala complementar e deixar a própria autora falar a respeito disso (alias, você pode ver a entrevista dela aqui)


''Eu gosto de pensar em Naofumi como um espelho. Ele responde a gentileza com gentileza, e ao mal com mal. Como um fragmento de um espelho quebrado, ele tem algumas pontas que machucam, mas no fim das contas ele é um personagem empático que se importa com os outros.

Quanto à compra de um escravo, ele foi forçado a fazê-lo por causa de sua situação – ele precisava de ajuda de outros em um local e época onde ninguém queria ajudá-lo. No mundo moderno, onde as pessoas são movidas e controladas pelo dinheiro, funcionários de empresa têm muito em comum com escravos.

É preferível ter moral, mas criamos um mundo onde quem é totalmente ético não consegue mais sobreviver. Tem muita gente por aí que simplesmente não responde à ética – diante de pessoas assim, que opção resta além de insistir emocionalmente em seu espaço e seus pontos de vista? Minha intenção é mostrar que, diante de inimigos assim, muitas vezes não temos escolha a não ser lançar um contra-ataque.''

(Nota: Grifei algumas partes que achei serem relevantes)


O mundo fantasioso de Tate no Yuusha no Nariagari é inspirado em um universo medieval, com praticas e visões similares aos datados da época, naqueles tempos era algo extremamente normal as pessoas terem vassalos (escravos).

 Naofumi nada contra a maré de tudo aquilo que prega o que é ser um ''herói bom''. Ele é um dono de escravos, é enigmático com seus sentimentos, faz suas ações como moeda de troca, foi acusado de molestar uma herdeira ao trono (mesmo sendo inocente, essa acusação feriu gravemente sua reputação e a ele) e demonstra desinteresse aos problemas alheios. Mas mesmo assim, Naofumi se importa com as pessoas ao seu redor, tem um grande senso de proteção, salvou centenas de vidas seja curando enfermos ou salvando de um ataque de monstros e mima suas companheiras como se fossem suas filhas.


Para poder sobreviver por mais um dia e bancar as despesas de viagem e suprimentos, Naofumi adquiriu posse de Raphtalia e Firo (um ''chocobo'' que pode se transformar em uma menina com asas), treinou e providenciou equipamento para ambas, aprendeu a ler o idioma daquele mundo, se tornou um artesão de jóias, curandeiro e caixeiro viajante (Eventos que podem ser vistos no anime mesmo).

Ao invés de simplesmente demonstrar indignação ou revolta pelas coisas que acontecem com os camponeses assim como os outros heróis quando embarcam em alguma missão, Naofumi Iwatani vai além, ele demonstra empatia e não tendo muitas opções, vive uma vida comum e luta pelas causas dos necessitados, enquanto os outros três heróis vivem de regalias no palácio e só carregam consigo uma força superficial...pois não detêm posse das experiencias e conhecimentos que o Herói do Escudo tem por viajar por ai por sua conta e risco.

Naofumi foi desafiado no episódio 4 pelo Motoyasu (lança) valendo a liberdade da Raphtalia. Naofumi não tinha nada alem do seu escudo (que convenhamos, mesmo sendo categorizado como uma ''arma lendária'', não tem poder ofensivo real na hora do aperto) e uns monstros de nível baixo em suas vestimentas, contra um sujeito com quase o dobro do nível e com ataques elementais de diferentes propriedades.

Resultado? (Tirando a parte onde Naofumi perde pois alguém interfere na luta)


Alias...um pequeno spoiler para o pessoal que só acompanhou o anime, eles chegam a ter uma revanche.
Acho que não preciso explicar o que aconteceu...

E pra encerrar quero falar do ''Elefante na sala'', que são as polêmicas que cercam a obra e a minha opinião a respeito das mesmas.

Pois bem...lembram no começo que eu pedi para ''guardarem'' aquela sinopse? Pois é aqui que ela entra.


Muitas pessoas tem se sensibilizado com a história de Tate no Yuusha, não compreendem o que a autora quis passar e começam a acusar a obra do que ela não é.

Uma das críticas que li a respeito sobre a acusação de estupro que a Malty fez ao Naofumi é que ela estaria ''relativizando o estupro'' e fazendo as mulheres parecerem mentirosas e oportunistas...
Ta ai uma acusação forte, mas eu tenho uma ideia melhor...A Malty é uma antagonista psicopata!!!

O que eu vou falar (escrever) pode ter sentido ou não, ai vai da interpretação e da opinião de vocês, mas uma coisa que o senso comum sempre pregou foi o sacro-santismo feminino.

Vocês sabem, sempre existe uma comparação (normalmente feita com crianças), onde falam/pensam de forma generalizada que todo menino é briguento, mal-educado, bagunceiro, burro, desleixado, e etc... Enquanto as meninas eram fofas, meigas, delicadas, esforçadas, belas, cooperativas entre outras coisas...

Isso é uma base de arquétipo. Levando em consideração esse tipo de visão, quando algum autor de uma obra, seja um filme, uma animação, uma peça de teatro ou um game faz um vilão, é quase certeiro que esse vilão será marcante se for protagonizado por uma mulher (minha opinião, e sim, sei que é polemica e talvez idiota).

O fato é que as pessoas não esperam por isso, é isso que traz o climax na hora da revelação.

Querem ver exemplos de vilãs que se demonstraram grandes desafios para os heróis?


Azula de Avatar: A Lenda de Aang não só é uma vilã, como também uma das maiores antagonistas da série, ela é prodigiosa, estrategista, habilidosa e sempre esta um ou dois passos a frente de seus adversários, se não bastasse isso, como personagem ela é fria, psicótica, abusiva, controladora, e manipula as pessoas através do medo.


Querem mais?


As vilãs da Disney que são em sua maioria o exemplo clássico de ''Rainha Má'', ''Madrasta Má'', ''Bruxa má'', entre outras coisas. Vale lembrar que todas elas carregam alguma característica marcante de algo que consideramos perigoso ou hediondo. A Rainha má da Branca de Neve é uma narcisista egomaníaca que não suportando a ideia de ter alguém mais bonita do que ela, manda um mercenário para mata-la. Cruella De Vil é uma poderosa mulher de negócios, excêntrica e com status financeiros para conseguir ter posse de tudo, não dando valor a vida animal se ver potencial em suas peles para fazer um casaco elegante. Ursula de A Pequena Sereia era uma estelionatária que vivia na parte mais podre do Oceano (ninguém gosta de se imaginar indo ou interagindo com os ''mal elementos'' de um lugar perigoso)

Esther de A Órfã é uma ''garotinha'' com um terrível segredo sobre sua identidade, é violenta e engenhosa.


(Tosse)


Eu odeio a Malty, ela foi feita justamente para ser desprezível, é uma pessoa que faz coisas absurdas apenas porque sabe que pode pois tem poder real e portanto ninguém seria louco de a confronta-la. Porem, se por um lado ela é odiosa, ela é fantástica, pois por conta das ações que ela fez/faz culminou no começo da história do Naofumi como o herói ambíguo que tem um dever, mas reluta em ajudar aqueles que o prejudicaram. Entendem...foge do marasmo.


Agora se tratando do tema de escravidão:


Histórias fantasiosas sobre viagens no tempo, viagens a outras civilizações/planetas, universos alternativos ou de realidades pós-apocalípticas nos dão a liberdade de visualizar culturas primitivas ou não, que podem compactuar com coisas que a nossa sociedade atual aboliu e abomina.

Quer um exemplo de um mundo futurista onde coisas terríveis acontecem?

Quer um exemplo de um mundo medieval onde coisas terríveis acontecem?

O ponto que quero chegar é que não é porque uma obra apresenta um conteúdo questionável que ele serve de propaganda para aquilo acontecer. Tate no Yuusha se passa em um universo medieval, é irônico as pessoas de Melromarc abominarem o fato do Herói do Escudo deter posse de um escravo, sendo que essa mesma escrava em questão foi capturada e vendida ao mercado negro por eles mesmos e pela sua nação dar liberdade para que pessoas tenham posse de um. Então é ok capturar e vender escravos nesse mundo, mas é errado te-los? WTF?


Enfim...



Considerações Finais:

Tate no Yuusha no Nariagari tem sido o anime do momento...possui uma ambientação fiel a temática medieval, cenários riquíssimos de detalhes (observe as comidas das tavernas nos episódios mais focados em slice of life), bons personagens, efeitos visuais bacanas e uma comédia engraçada.

Acho legal também alguns elementos visuais estilo layout de RPG que o anime e o mangá apresentam na hora de mostrar as habilidades e arvore de skills dos 4 heróis.

A interação e o carisma da party do Naofumi também é algo fantástico, você se apaixona por cada cena dele interagindo com as pessoas a sua volta e revelando aos poucos seu lado gentil novamente.

Porém, uma coisa que é valido criticar é o posicionamento e o desenvolvimento dos outros três heróis...eles raramente aparecem e quando aparecem sempre fazem alguma merda. Seria bacana se fossem protagonizadas mais cenas como essa.
Ignorem por um momento a última fala do Motoyasu. Por um breve momento ele se abriu para Naofumi  reconhecendo suas ''habilidades'' e pediu sua ajuda para amparar uma garota com tendencias suicidas em uma praia.

Eu já devo ter enchido o saco de tanto falar das partes que eu admiro no Naofumi, de quebrar paradigmas, e isso e aquilo, porem os outros três heróis possuem tanta importância narrativa e tanto potencial e quase não são mostrados os desenvolvimento deles, seja treinando ou crescendo como pessoas.

Motoyasu serve como personagem ''suporte do herói'', aquele cara que é bem intencionado, luta ao lado do protagonista, tem carisma, é engraçado porem sempre faz alguma besteira. Yamcha de DBZ era assim.

Ren é o menos desenvolvido dos heróis, ele quase nunca se expressa, normalmente solta alguma fala óbvia e inteligente sobre o tema da conversa e volta a se tornar elemento do cenário. Seria legal se tirassem essa coisa ''Sasuke'' dele e ele fosse mais aberto tanto a interações quanto a sua história, dos quatro ele também parece ser o menos ''sujo'' então um pouco de esforço o colocaria nos eixos.

Já Itsuki...fica bem difícil trabalhar esse cara sob a visão de um herói. Eu acharia uma grande reviravolta se um dos heróis se tornasse um vilão, e até o presente momento Itsuki é o com maior potencial para isso. No anime que não esta muito avançado na história, Itsuki é basicamente um ''Ren segundo''.

Eu imagino que futuramente eles irão deixar suas diferenças de lado e trilhem um caminho de redenção em busca de salvar o mundo. Motoyasu não é irritante por si só, acontece que ele anda pra cima e para baixo com a Malty e não percebe que ela usa de seu título para facilitar os podres que ela comete.

Tanto é verdade, que a autora da obra desenvolveu uma ''sequencia'' chamada ''Yari no Yuusha no Yarinaoshi'' onde o protagonista é o herói da lança que após (SPOILER), acaba voltando no tempo para o começo de ''Tate no Yuusha no Nariagari'' e possuindo a experiencia que adquiriu ao longo da série, luta em busca de ajudar as pessoas e impressionar a Firo.
Não cheguei a ler, mas pelos comentários que vi, a série foca mais em um humor despreocupado. É uma expansão do universo da obra interessante e ajuda a conhecer mais sobre um dos personagens da trama.


Bom...disse tudo o que eu tinha para dizer, então cheguei na parte onde encerro as coisas.

Para falar bem a verdade foi difícil produzir esse artigo, não pela sua complexidade ou porquê faltava material para apresentar a obra em si, mas porque eu simplesmente não sabia como começar o artigo...eu fiquei tanto tempo parado que tinha enferrujado de vez e ficava praticando sobre o que escrever para ''criar coragem'' e trazer esse tema a vida.

2019 até o momento tem sido um ano bem medíocre em relação as minhas postagens aqui no blog, peço desculpas quanto a isso, mas a verdade é que muita coisa aconteceu que me mantiveram ocupado: Volta as aulas da faculdade, Autoescola, Serviço, minha procrastinação e uma quase crise nervosa.

Eu estou bem se quiserem saber, porém ainda estou me acostumando com a nova rotina, tem sido um pouco duro dar conta de tudo, mas o importante é que estou fazendo.

Se tiramos uma lição disso tudo é nunca deixar para depois o que você pode fazer agora e nunca se dar por vencido...

É...

E antes que eu me esqueça, estarei passando o link do Blog Anime21 que eu achei enquanto procurava imagens para esse artigo. Ele faz resenhas/reviews de animes e eu particularmente gostei do formato e da sua narração, depois desse artigo gigantesco, deem um pulo por lá.

Então é isso, espero que tenham gostado desse texto. Sejam bem-vindos aos que descobriram o Blog nesse artigo, e quanto aos demais, me sigam no Twitter e no Facebook.

Até a próxima e tchau.