Ficando de bobeira durante meus dias de folga, decidi dar uma procurada em alguns mangás para ler, animes para assistir e games para jogar...não é como se eu tivesse exito em achar algo interessante nisso, então acabei passando o dia inteiro enfornado no meu quarto enquanto assistia clips no youtube.
Foi então que eu tive uma epifania...''Puxa vida, eu havia feito um artigo sobre Tate no Yuusha no Nariagari e tinha citado sobre sua ''continuação'' Yari no Yuusha no Yarinaoshi, já que eu estou de bobeira, vou dar uma olhada e ver se é bom''.
Então foi o que eu fiz na tarde de segunda-feira, fui ler os capítulos disponíveis da obra e com isso pude ver algumas das minhas expectativas se cumprindo.
Alias, faz tempo que eu não faço isso, mas vou soltar um breve ''Flashback'':
''Motoyasu serve como personagem ''suporte do herói'', aquele cara que é bem intencionado, luta ao lado do protagonista, tem carisma, é engraçado porem sempre faz alguma besteira. Yamcha de DBZ era assim.''
É...pois é, eu não imaginava que seria tão certeiro, mas enfim...
A analise de hoje esta sendo feita em cima de um mangá, por conta disso eu estarei criando um gênero novo de artigos aqui no Blog (Eventualmente eu quero criar vergonha na cara e reformular alguns artigos antigos e remover o excesso de temáticas).
Antes de começar eu devo dar um aviso: parte da sinopse da obra remete ao Motoyasu (Herói da Lança) voltar no tempo. Por conta disso rolam muitos flashbacks de eventos ''passados'' que não foram presenciados no anime de Tate no Yuusha no Nariagari, se quer no mangá do mesmo, então já sabem, vai ter muitos spoilers na obra em si, mas eu irei tomar o máximo de cuidado para não estragar a experiencia de quem decidir ler.
Sem mais delongas vamos ao texto e não se preocupem que no próximo artigo eu voltarei com minha saudosa abertura de artigos.
AVISO: Esse artigo contém SPOILERS.
Yari no Yuusha no Yarinaoshi (The Redo of the Spear Hero/ O Refazer do Herói da Lança) é uma obra de gênero isekai (protagonista tragado em um mundo alternativo, virtual ou viagem temporal), fantasia, comédia e ação produzida por Aneko Yusagi em 2014 e adaptado para mangá pela mesma em parceria de Seira Minami em 21 de Agosto de 2017.
Sinopse:
Motoyasu Kitamura (O Herói da Lança) após ser mortalmente ferido ao final de TYN (Tate no Yuusha no Nariagari) acaba por despertar um poder que o permite voltar no tempo e poder recomeçar tudo de novo. Movido pelos sentimentos de se reencontrar com a Firo (A Filofial de Naofumi), Motoyasu acaba seguindo em uma viagem ao lado do Herói do Escudo em busca de acabar com as ondas de calamidades e um dia poder rever sua amada.
Primícia:
Yari no Yuusha no Yarinaoshi possui um enredo meio bobo e que foge da ideia inicial da obra original que seria voltada para ação com umas pitadas de slice of life...dessa vez os papéis se inverteram e a obra agora foca mais em ser uma comédia do que uma ação (não porque não exista ação, mas vocês já vão entender o que quero dizer).
O grande destaque aqui é o Motoyasu após conseguir a ''Minute Hand of Ryugon'' que o permite viajar para o começo da história. Após todos os acontecimentos em TYN, Motoyasu se tornou uma nova pessoa e decidido a ajudar Naofumi em seu momento mais crítico acabou sendo responsável por mudar a história principal.
É interessante notar que por conta disso inúmeras coisas não ocorreram ou então tiveram um desfecho diferente por conta da interferência de Motoyasu, seus poderes e seus conhecimentos (O Herói da Lança regressa ao inicio da história portando os mesmo poderes que ele tinha ao final de TYN, além do conhecimento parcial (ele não se lembra de todos os detalhes) que ele adquiriu daquele mundo seja por presenciar tais eventos ou por ter ouvido histórias de terceiros).
Sinopse:
Motoyasu Kitamura (O Herói da Lança) após ser mortalmente ferido ao final de TYN (Tate no Yuusha no Nariagari) acaba por despertar um poder que o permite voltar no tempo e poder recomeçar tudo de novo. Movido pelos sentimentos de se reencontrar com a Firo (A Filofial de Naofumi), Motoyasu acaba seguindo em uma viagem ao lado do Herói do Escudo em busca de acabar com as ondas de calamidades e um dia poder rever sua amada.
Primícia:
Yari no Yuusha no Yarinaoshi possui um enredo meio bobo e que foge da ideia inicial da obra original que seria voltada para ação com umas pitadas de slice of life...dessa vez os papéis se inverteram e a obra agora foca mais em ser uma comédia do que uma ação (não porque não exista ação, mas vocês já vão entender o que quero dizer).
O grande destaque aqui é o Motoyasu após conseguir a ''Minute Hand of Ryugon'' que o permite viajar para o começo da história. Após todos os acontecimentos em TYN, Motoyasu se tornou uma nova pessoa e decidido a ajudar Naofumi em seu momento mais crítico acabou sendo responsável por mudar a história principal.
É interessante notar que por conta disso inúmeras coisas não ocorreram ou então tiveram um desfecho diferente por conta da interferência de Motoyasu, seus poderes e seus conhecimentos (O Herói da Lança regressa ao inicio da história portando os mesmo poderes que ele tinha ao final de TYN, além do conhecimento parcial (ele não se lembra de todos os detalhes) que ele adquiriu daquele mundo seja por presenciar tais eventos ou por ter ouvido histórias de terceiros).
Motoyasu Kitamura:
Motoyasu teve uma grande mudança em sua personalidade desde o inicio de TYN até YYY (Yari no Yuusha no Yarinaoshi). Motoyasu continua sendo um cara bem intencionado e meio bobão, porém agora nutre uma grande antipatia por todos aqueles que o enganaram esse tempo todo, se referindo principalmente as mulheres como porcos, continua sendo um ''mulherengo'', porém seu alvo de afeto agora é unicamente a Firo, uma filofial que ainda sequer nasceu nessa história, porém a qual Motoyasu tem como uma guia para seguir em frente.
Justamente por conta disso e o que mais tiver acontecido em TYN, Motoyasu agora tem uma enorme admiração e senso de proteção perante Naofumi Iwatani, chegando até mesmo a chama-lo de ''pai'' e agir como um puxa-saco do mesmo (Outra mudança perceptível: Motoyasu esta bem mais sentimental agora, talvez sempre fosse, mas nunca se via ele por muito tempo na outra série e sempre que aparecia, ele fazia coisas que iam contra essa identidade).
Momentos após Naofumi ser capturado e julgado culpado de ter estuprado a princessa Malty. Reparem que foi esse o estopim para fomentar a nova personalidade de Naofumi, como um cara eternamente vestindo uma ''armadura'' de ressentimento e frieza para a sua proteção pessoal. Mas aqui nessa história, antes que isso pudesse acontecer, Motoyasu aparece e lhe oferece o ''ombro amigo'' e o defende.
Em sua busca por se reencontrar com Firo, Motoyasu toma iniciativa e entra de cabeça em estudos sobre as espécies de firofials (informação off-screen, ou seja, não nos é mostrada) e tenta adquirir posse do máximo possível de ovos da espécie na esperança de se encontrar com Firo desse jeito.
Algo também inovador é a ''paternidade'' de Motoyasu perante sua party de filofials, ele age com um grande senso de zelo e carinho pelos ''chobocos'', mas nunca deixando seu lado descontraído sair de cena.
Algo também inovador é a ''paternidade'' de Motoyasu perante sua party de filofials, ele age com um grande senso de zelo e carinho pelos ''chobocos'', mas nunca deixando seu lado descontraído sair de cena.
Que bonitinhos...nem parecem que podem se transformar em galináceos de meia tonelada capazes de criar furacões com um bater de asas...
Eu tô sem palavras...
Naofumi Iwatani:
Eu confesso que fiquei bastante surpreso quando reparei que o Naofumi se tornaria um personagem recorrente nessa história. Na minha visão as coisas iriam seguir seu rumo normalmente, porém Naofumi não seria mais carrancudo pelo o que aconteceu no começo da história e no máximo ele protagonizaria alguns cameos (aparições especiais) durante a história, mas não...ele se tornou um membro da party ''Esquadrão de proteção do paizão'' fundada pelo Motoyasu.
Mas eu acho que uma das coisas mais impactantes a respeito dessa obra é justamente o Naofumi e a sua nova interpretação na obra. Como ele não chegou a quebrar emocionalmente pela acusação da Malty, aqui ele demonstra ser um rapaz ingênuo, puro, meio medroso, porem extremamente gentil e transmissível em relação aos seus sentimentos.
Ocorrem algumas vezes cenas de ''flashbacks'' ou então diálogos por parte do Motoyasu onde ele acaba comparando as duas personas de Naofumi, uma onde Motoyasu era contra ele, e a outra onde ele o apoiou.
Por conta dessa mudança (ou melhor dizendo dessa NÃO mudança) do Naofumi, muitas coisas que ele fez ou foi obrigado a fazer nunca ocorreram, como por exemplo ele recorrer ao vendedor de escravos para comprar a Raphtalia (isso eu achei vacilo, porem compreendo o novo Naofumi não querer fazer isso, já que ele não se vê necessitado disso e por também achar escravidão uma coisa errada...algo que é totalmente dicotômico com seu outro lado que foi justamente meu objeto de estudo quando fiz o artigo de Tate no Yuusha no Nariagari).
Fora isso, a pegada de YYY é totalmente oposta ao de TYN onde Naofumi nunca deixou sua guarda baixa devido sua péssima reputação. Aqui ocorre justamente o contrário, uma vez que ele é o alvo de elogios devido seus feitos futuros e por causa da religião do Escudo que ajudou a promover o Esquadrão do Motoyasu na hora de proteger o Herói do Escudo.
Quem acompanhou TYN jamais imaginaria uma releitura do personagem dessa forma. É totalmente oposto ao que é apresentado na obra original.
Desenvolvimento e Narrativa:
Alô policia?
Em Yari no Yuusha no Yarinaoshi ainda existem elementos de drama e suspense alimentados pelos grandes conflitos e conspirações que são mostradas em Tate no Yuusha, porém essas mesmas batalhas e conflitos politicos quando não são rapidamente sanados aqui, eles são deixados em segundo plano, onde o grande foco aqui é mostrar os personagens viajando ou fazendo coisas do dia-a-dia. Honestamente isso não me incomoda, porem eu sei que isso não vai servir de agrado a todos que acompanharam a obra original. Felizmente eu aposto minhas fichas que esse ''sossego'' será passageiro, pois eventualmente terão que focar nas ondas de calamidade como prioridade narrativa.
O motivo das lutas aqui perderem seu impacto é justamente por culpa do Motoyasu. Enquanto os heróis estariam começando sua jornada no nível 1, o Herói da Lança estaria na casa do nível 80, sendo assim qualquer batalha é rapidamente encerrada por conta do absurdo poder que o atual protagonista tem.
Para upar o nível das suas filofials, Motoyasu decide grindar (termo gamer para matar monstros para coletar experiencia e dinheiro) dentro do território de dragões...E estraçalha eles com apenas um golpe.
Embora a ação tenha ficado um pouco de fora pela ausência de adversários a altura, a trama de YYY ainda mantem um certo padrão de qualidade, pois aqui conhecemos mais sobre as maquiavélicas ações do rei de Melromarc em tentar sujar a reputação do Herói do Escudo. Como se isso não bastasse, Motoyasu é alertado pela Filofial Rainha que eventualmente ele teria que escolher um caminho a seguir que poderia culminar em grandes mudanças.
Um ponto que é levantado em relação a isso é sobre as mudanças na história de TYN que Motoyasu fez. Por mais honesta que tenha sido suas intenções, impedir o ''amadurecimento'' do Naofumi pode acabar levando a terríveis consequências a longo prazo.
Já quanto ao Motoyasu, uma coisa que eu achei que YYY acertou foi em dar uma origem ao personagem, assim como Naofumi tinha antes de ir parar nesse mundo.
''Meus pais estavam em uma longa viagem de negócios juntos. Então, começando em torno do ensino médio eu vivia por minha conta.''
Motoyasu em sua vida estudantil vivia cercado de garotas, porém elas sempre tinham segundas intensões quando faziam companhia para ele (Se aproveitavam da ingenuidade dele para conseguirem favores).
Conforme vamos vendo mais sobre o passado do sujeito, mais claro ficam algumas coisas a respeito do seu modo de agir na obra original.
E por fim temos o grande forte dessa obra que é a comédia. Para faze-la, é muito utilizado como recurso comédia visual, sejam nas declarações exageradas e melosas do Motoyasu para cima do Naofumi, ou então nos desfechos de diálogos e lutas, como por exemplo:
hue
Considerações Finais:
Esse artigo carece de imagens da Raphtalia, portanto ta aqui eternizada nas minhas ''Considerações Finais''.
Eu gostei bastante de Yari no Yuusha no Yarinaoshi, é incerto imaginar se um dia ele vai conseguir emplacar ao ponto de ter seu próprio anime, mas se quiserem minha opinião sincera, Motoyasu é muito funcional como ''protagonista'' e ajuda bastante a dar uma outra vibe para a obra, além disso a desconstrução do Naofumi da obra original também é algo bem visto uma vez que abre portas para novas interações do mesmo com os antigos parceiros dele (Isso é, se caso ele for voltar para buscar eles).
Eu continuo batendo na tecla de alguns personagens (Herói da Espada e do Arco) que podiam ter um pouco mais de humanização, e também acho que YYY conseguiria ser mais polêmico do que TYN por conta de algumas piadas e o uso de fanservice em algumas cenas. Nada muito escancarado ou ridículo, mas que mesmo assim serviria de alvo para ataques de algumas pessoas sensíveis a esse tipo de conteúdo.
Aos que podem ficar aflitos com a ideia da história resetar e tomar novos rumos, não se desesperem pois Yari no Yuusha no Yarinaoshi é um spin-off (ele não é canônico, portanto pode ser apreciado sob uma visão de ''E Se''...algo que acho bem visto).
Algumas pessoas reclamaram de alguns episódios de Tate no Yuusha no Nariagari (os episódios 6,7 e 8 se não me falha a memória) por fugir do tema principal da série e focar mais em uma abordagem slice of life. Eles estão em seu direito de reclamar, mas esquecem que são momentos como esse que permitem que os personagens ''respirem'' e possam se desenvolver um pouco entre um arco e outro da obra.
Então é isso, acho que disse tudo o que eu tinha para falar. Espero que tenham gostado da nova temática dos artigos do Blog e se quiserem colaborar com um feedback, podem me mandar obras (mangás) para que eu possa dar uma analisada aqui também.
Até a próxima e tchau.
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