sábado, 22 de setembro de 2018

Castlevania Symphony of the Night


Fala pessoal, como vão vocês? Hoje decidi falar de um jogo que joguei recentemente e que em sua época foi fortemente aclamado tanto pela crítica quanto pelo publico, falarei sobre Castlevania Symphony of the Night.



(Aviso: esse artigo contém SPOILERS)
Castlevania Symphony of the Night (悪魔城ドラキュラX 月下の夜想曲 (Akumajõ  Dracula X: Gekka no Yasõkyoku no Japão, que significaria ''Castelo Demôniaco do Dracula X: Noturno na Luz da Lua'') é um jogo side-scrolling plataforma de ação e aventura com elementos de RPG criado por Koji Igarashi (Konami) em 20 de Março de 1997 para o Playstation, e futuramente recebeu portes para Sega Saturn (Em 1998), Xbox Live Arcade, Plastation Network e PSP (Todos em 2007).



Koji Igarashi (1968-) é um produtor de games que por muito tempo esteve vinculado a Konami, produzindo jogos como Gradius II, Tokimeki e Elder Gate, mas que iria se destacar por ser o responsável pela criação e participação na produção da franquia de Castlevania. Koji Igarashi foi um membro atuante da Konami até a empresa mudar suas politicas internas, resultando na saída do mesmo em 2014 e decidido a expandir seus horizontes com um ''sucessor espiritual'' de Castlevania chamado Bloodstained: Ritual of the Night e esta previsto para 2019.




A Konami é uma empresa de games criada por Kagemasa Kozuki em 21 de Março de 1969, sendo uma das mais consagradas empresas do ramo dos games (Isso é, no passado, hoje em dia as pessoas declaram ódio a mesma, mas isso irei explicar em um artigo futuro) por títulos como Metal Gear, Castlevania, Pro Evolution Soccer (Para os íntimos, PES), Sillent Hill, além de jogos de produtos licenciados como Yu Gi Oh e Tartarugas Ninjas.





Sinopsia:
Trezentos anos se passaram desde que Drácula foi derrotado por Trevor Belmont (Eventos de Castlevania III: Dracula's Curse), e ao retornar novamente é detido por Richter Belmont, mas algum tempo se passa e o último representante do clã Belmont dessa era (por volta de 1802) desaparece e o castelo do tirano vampiro surge (Ta ai um sujeito que não desiste). Alucard desperta de seu longo sono pressentindo que seu pai retornara e que alguém deveria para-lo de uma vez por todas. Então Alucard invade o castelo em busca de respostas e de matar Drácula.




Personagens: 


  • Alucard: Alucard é um Dhampir (Um mestiço de vampiro com humano) filho da relação de Dracula e Lisa Tepes. Alucard recebeu como nome de batismo Adrian Farenheights, mas adotou o nome ''Alucard'' como uma afronta a identidade de seu pai. Crescido com a personalidade e visão de mundo de sua mãe, Alucard não permitira que Dracula assole a Terra com um exercito de demônios por causa do que fizeram com Lisa. Alucard é frio, habilidoso e astuto e decidiu derrotar Drácula pois não havia um Belmont para faze-lo no momento.

  • Richter Belmont: Richter é o representante do Clã de caçadores de monstros, os Belmonts do século XVIII/XIX. Richter assim como seus ancestrais é um homem habilidoso, destemido e inabalável que utiliza o chicote como arma contra as criaturas profanas. Richter Belmont derrota Dracula, mas desaparece logo em seguida, quando é encontrado por Alucard, descobre-se que estava sendo controlado por forças malignas para ajudar no plano de reviver o Vampiro.
  • Maria Renard: Maria é irmã adotiva de Richter e possui um parentesco distante com a linhagem dos Belmont. Maria é ingênua e muito apegada ao seu irmão adotivo uma vez que o mesmo desapareceu e ela foi em busca de seu encalço. Maria é uma caçadora de monstros habilidosa na arte da conjuração de familiares (seres espirituais ou não que possuem a forma de animais).
  • Dracula Vlad Tepes: Dracula é o grande vilão da série de Castlevania, sendo o mais poderoso e temido vampiro que já andou por essas terras, Dracula procura vingança pelo o que aconteceu com sua amada Lisa.





Detalhes Técnicos:

Em Castlevania Symphony of the Night podemos fazer as mesmas coisas dos jogos anteriores, ou seja: andar, pular, atacar e usar armas secundárias  tendo corações como munição, adquiridos de objetos quebráveis presentes no cenário, com o acréscimo que aqui controlamos Alucard que é capaz de dar dashs (Uma espécie de correr/rasteira) para andar mais rápido e para esquivar de ataques além de outras habilidades especiais adquiridas através de ''relics'' (relíquias) da qual comentarei mais adiante.

O jogo foi muito inovador dentro da franquia pelo acréscimo de diversas mecânicas que iriam ser polidas e reformuladas para os jogos seguintes.

A começar pela parte gráfica: O jogo apesar de ser um jogo 2D na geração do primeiro Playstation, ele é muito bonito, cenários detalhados com muitos elementos inspirados na arquitetura medieval da época (lembrando que o universo de Castlevania é um eterno castelo sombrio com um visual gótico e renascentista) além de personagens, objetos interativos e inimigos terem sido trabalhados em um molde 3D, assim como foi Donkey Kong Contry do Super Nintendo.

A iluminação e a ausência da mesma no jogo são ótimas e combinadas com a trilha sonora do jogo são perfeitas para te deixar aflito ou eufórico. O jogo revolucionou dentro da franquia também pela criação de um mapa geral que conecta as fases do castelo, permitindo que você possa revisitar lugares anteriores em busca de passagens secretas, poderes e itens...algo bem parecido com o conceito de stages de Metroid de Super Nintendo.
 Os pontos vermelhos existentes no mapa são salas de save, onde existem a presença de um ''orbe de save'' que uma vez que você interage com ele você recupera todo seu HP e sua mana em um caixão (Um detalhe genial já que Alucard é parte vampiro) além de salvar o jogo. Já as salas amarelas do mapa são salas de teletransporte que conectam uma nas outras, assim não precisando atravessar o mapa inteiro para ir para alguma seção do mapa.

Outro ponto interessante a respeito do jogo e que se encaixa com o fator mapa é a sua exploração: O jogo assim como os demais que o antecederam segue um script de onde você deve ir para dar continuidade a trama, porem o jogo te da a liberdade de escolher qual caminho você deve tomar, deixando ele assim menos linear do que foram os outros Castlevanias.

A animação do jogo é belíssima para sua época; movimentos fluidos, efeitos especiais com efeitos de luz bacanas e CGs impressionantes, fora que eu acho muito legal esse efeito visual do Alucard de quando ele se move muito rapido ele deixa um rastro de presença dele (tipo umas sombras), algo bobo, mas que chama a atenção.

Os sons do jogos são um dos seus maiores pontos fortes; as músicas (Um total de 25 faixas) são bem variadas e que te deixam na pilha de seguir adiante no jogo ou então recuar e salvar o game, fora a gama de emoções que elas transmitem. Fora isso, o jogo possui a presença de sons de fundo como gritos e coisas se quebrando quando tomamos dano ou destruímos algo, e também foi o jogo de Castlevania a inserir diálogos dublados, as dublagens são boas então nem preciso aflorar muito sobre o assunto.

O jogo possui alguns elementos de RPG como por exemplo a existência de uma barra numérica de XP nos Status de Alucard; subindo de nível aumentamos alguns status como HP (Vida), Mana, Força (Dano Base), Inteligência (Dano Mágico e das armas secundárias), Sorte (Fator que influencia a chance de acerto crítico em inimigos e a chance deles droparem itens) e Constituição (Defesa Base).
Além dos Status base do personagem, o jogo ainda conta com um sistema de equipamentos, da qual Alucard possui dois slots para mãos para o uso de armas brancas, escudos, itens arremessáveis e poções dos mais variados efeitos; um slot para cabeça (elmo), um slot para armadura, um slot para capa e dois slots para acessórios como pingentes, colares e anéis. O uso de certos equipamentos além de agregar um aumento nos status já mencionados antes, podem ter algum efeito adicional como imunidade a certos tipos de ataques ou um boost (um aumento) ainda maior em algum atributo.

Um detalhe legal aqui existente é que os equipamentos embutidos nesse jogo não são só de caráter ofensivo/defensivo, eles também são estéticos, ou seja, algumas peças de roupa irão mudar as cores das vestimentas de Alucard, e isso influencia também nas cores das asas de sua transformação em morcego.

Enquanto exploramos o castelo de Dracula iremos encontrar diversos power ups, como jarros que aumentam nossa Vida máxima e Contêineres de Coração (Como em Zelda) que aumentam a quantidade de munição para armas secundárias (Que são 7 ao todo nesse jogo, variando para menos ou para mais dependendo do porte do jogo que estiver jogando), e o prato cheio da vez, as Relics.

As Relics são habilidades e summons espalhadas ao redor do Castelo e que conferem a Alucard poderes uteis para superar obstáculos e enfrentar inimigos, como o Pulo Duplo (Leap Stone), Pular ainda mais alto (Gravity Boots), Respirar debaixo d'água (Holy Symbol), Monster Cards (Os monstros auxiliares de Alucard), as transformações em Lobo, Morcego e Fumaça, seus respectivos Upgrades e etc...

Explorar o mapa e coletar as relics são uma tarefa essencial para poder passar no game.

A dificuldade do jogo é moderada, ela ira variar de acordo com o seu desempenho em subir de nível, equipar peças fortes e encontrar relics, fora o fato que todos os inimigos (incluindo os chefes) possuem um padrão em seus movimentos e golpes, forçando o jogador a ter paciência e estudar o estilo do oponente, e é muito legal que esse jogo possui a presença de um glossário de monstros que vamos encontrando durante nossa empreitada. O jogo também segue a lógica de vantagens e desvantagens, embora sejam poucos, existem armas e armaduras que são efetivas contra determinados tipos de monstros; como por exemplo a ''Alucard's Mail'' que lhe garante proteção a ataques de fogo, gelo e relâmpago, muito útil na reta final do jogo.

Quando matamos inimigos eles podem dropar dinheiro, diferente dos jogos anteriores onde o money era usado para pontuar seu score estilo arcade, aqui você pode comprar e vender coisas para o Bibliotecário, um NPC que por dinheiro vende poções, algumas armaduras e dicas para derrotar alguns bosses (Infelizmente eu não entendi a necessidade de ver as dicas de monstros que você já derrotou antes) e acessar o glossário.

O jogo possui vários chefes, cada um deles sendo o responsável por guardar uma parte do castelo, com exceção das Underground Caverns, onde existem dois bosses, em especial a Succubus (demônio sexual feminino) que tenta fazer a cabeça de Alucard o fazendo reviver a cena mais traumatizante de sua vida.
...Mas esse boss a gente mata com gosto...

O jogo possui 4 finais, (2 pra falar bem a verdade, mudando pouquíssima coisa de uma versão de um deles para a outra), 2 ruins onde matamos Richter Belmont, e 2 bons, onde ao poupar a vida do Belmont, nos aventuramos no VERDADEIRO castelo de Dracula, uma réplica exata do primeiro só que de ponta cabeça acima do mesmo, com novos desafios, inimigos fodidos de forte, bosses resistentes e é claro...o pai do Alucard, Conde Dracula.
O legal desse confronto final é que alem de ser a luta mais esperada do game, ela também é algo ideológico, ambos os vampiros lutam pela mesma causa, motivados pela perda de Lisa, mas enquanto Dracula busca vingança contra a humanidade pelos seus atos mesquinhos e cruéis, Alucard compreende que não era isso o desejo de morte de Lisa, alem do fato de outras pessoas bondosas como fora sua mãe seriam mortos pelo desejo cego de seu pai.

A versão que eu joguei foi a do Playstation One americano, mas existem diferenças no gameplay das versões de outras regiões (como o porte do Japão) e consoles (como o do Sega Saturn), como por exemplo a existência de novas armas e summons e a possibilidade de jogar com Maria e Richter respectivamente no começo do jogo.
Jogar com Richter é como jogar os jogos clássicos de Castlevania, usando chicote e os poderes que só um Belmont teria (os power-ups não existem em seu gameplay, porem ele poder pular obstáculos que existiriam na campanha de Alucard. Já jogar com Maria seria similar ao modo de jogar com a Sypha Belnades de Castlevania III, usando bastante de magias para derrotar inimigos.


Eu acho incrível e enalteço a existência desse jogo, pois sem ele obras futuras não existiriam como por exemplo Curse of Darkness que foi por muito tempo o meu Castlevania favorito devido muitas das mecânicas empregadas que deram as caras inicialmente aqui; fora que esse jogo apresenta algumas mensagens ''poéticas'' como a frase de efeito de Alucard no final bom ''Only thing necessary for evil to triumph is for good men to do nothing...'' (A unica coisa necessária para o mal triunfar é que os homens bons não façam nada).





Minha Opinião:
Uma coisa que eu acho valido ressaltar é que muitos dos eventos presentes nesse jogo são explicados na série da Netflix de Castlevania que recontam a era de Trevor Belmont, da qual eu já falei antes no blog.

As vezes eu me pego olhando para trás, através da minha ''linha do tempo com jogos'' e percebo que muitas das obras das quais eu nunca houvi falar ou nunca havia expressado interesse vieram a ser jogadas graças ao meu blog e minha curiosidade em relação a experimentar emoções novas, claro, o fato de possuir as ferramentas para jogar alguns desses jogos também foram fatores para isso, mas eu acho que foi muito bom para mim a criação desse blog, pois me permitiu vivenciar coisas novas, além de vez em quando conversar com alguns leitores a respeito de um gosto em comum onde posso dialogar de maneira descontraída sobre games e animações. Castlevania Symphony of the Night foi só mais um dos diversos exemplos de jogos que me permitiram isso.

Em partes, eu quero agradecer a todos os meus amigos & familiares e leitores que me deram apoio e sugeriram tantos temas incomuns, já somos mais de 20.000 nesse blog que tem um pouco mais de 2 anos.

Então é isso, espero que tenham gostado do artigo, se tiverem sugestões ou críticas, escrevam nos comentários, me sigam no Twitter e no Facebook.

Até a próxima e tchau.

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