FLASHBACK
''E como estou falando de Death Note, não posso passar a oportunidade de falar sobre o filme que eles (Hollywood) pretendem lançar neste ano sobre Death Note.
''E como estou falando de Death Note, não posso passar a oportunidade de falar sobre o filme que eles (Hollywood) pretendem lançar neste ano sobre Death Note.
Esse filme será lançado e distribuído pela NetFlix e esta
previsto para 25 de Agosto de 2017.
E querem saber minha singela opinião?
Esse filme tem tudo para ser uma B.O.S.T.@
A começar pelo Elenco.
Na primeira imagem, os atores estão a esquerda de seus
respectivos papéis.
Sendo franco, só aposto minhas fichas no Ryuk interpretado
pelo Willen Dafoe (O Duende Verde do Homem Aranha de 2002)
Outra coisa que eu reparei, é que não foram apresentados os
atores que iram fazer Near, Mello ou Rem (personagens de certa significância
dentro da narrativa do anime)
Então de 2 em 1: Ou eles não preencheram a ficha do elenco
completo dos atores que iram atuar nesse filme, ou eles iram modificar pesado o
enredo da história original.
Eu sei que em uma adaptação de um jogo, ou animação para os
filmes, o diretor e o produtor(es) não podem fazer igual a obra original, pois
iria ser previsível e não traria frescor a série, alem de não atrair publico
novo. Mas eu estou com medo de como o filme ira progredir uma vez que não temos
a presença dos personagens antes citados.
Bom, é um tiro no escuro, mas eu prefiro mil vezes que esse
filme fique ''ruimzinho'' ou ''medíocre'' do que se tornar isso aqui.''
Ai ai...
Fala Pessoal, como vão vocês? Hoje eu pretendo fazer uma
analise/crítica ao filme Death Note da Netflix inspirado na obra homologa de
Takeshi Obata e Tsugumi Ohba. Este filme ''maravilhoso'' que tem gerado treta
na internet por se tratar de um divisor de águas.
Pois bem...lá vamos nós com mais uma analise...
PS: Ignorem se por um acaso a formatação desse artigo ficar
estranha (Fundo cinzento), é um erro de formatação causado pelo começo do
artigo ser um ctrl C ctrl V do meu artigo passado.
Antes de mais nada, vejam o artigo onde
eu falo do anime de Death Note para poderem se situar a respeito do universo e
da trama da qual esse filme tem base.
E agora sim, vamos ao filme:
(Aviso: Esse artigo contém SPOILERS,Caso queiram ver o
filme, vejam aqui))
Death Note (Caderno da Morte) é um filme de suspense e
terror dirigido por Adam Wingard e produzido em 25 de Agosto de 2017.
Adam Wingard (1982-) é um diretor de cinema voltado para os
gêneros Slasher (Filmes de terror que usam e abusam de imagens fortes de
mortes), conhecido por alguns trabalhos como ''Home Sick'' (2007), ''O ABC da
Morte (2012), ''V/H/S'' (2012) e The Woods (2016).
Sinopsia
Em Seattle nos Estados Unidos, reside um jovem chamado Light
Turner( Nat Wolff), amargurado por ter perdido a mãe para um criminoso que
ficou impune, hoje ele vive como um estudante do ensino médio que faz colas
para demais alunos em busca de uma graninha. Na escola onde Light estuda,
também há a presença de Mia Sutton (Margaret Qualley), líder de torcida e amor
não correspondido de Light. Em um determinado dia cai um caderno do céu logo ao
pé de Light, esse era o Death Note, da qual Light acaba descobrindo sua
funcionalidade quando o antigo dono do caderno, um shinigami chamado Ryuk
(Willem Dafoe) aparece em sua frente e atiça o rapaz a usar os poderes no seu
desafeto, um valentão babaca que estava mexendo com Mia. Ao perceber do que era
capaz, Light acaba se unindo de Mia e juntos pretendem limar o mundo de
qualquer criminoso. Perante as enxurradas de mortes de razão desconhecida, um
detetive enigmático conhecido como ''L'' (Keith Stanfield) vem para Seattle em
busca do responsável pelos assassinatos, para isso ele decide fazer uma
parceria com James Turner (Shea Whigham), pai de Light e chefe de policia em
Seattle. Light Turner agora adotando o codinome de ''KIRA'' busca sair ileso de
um confronto que ele mesmo iniciou.
Personagens
- Light Turner (Nat Wolff): Light é um garoto franzinho, que sofre bullying e que tem uma certa superioridade intelectual em relação aos demais estudantes (Mas não pense que ele é um gênio como o Light do anime). Light Turner é medroso, covarde, impulsivo e age por emoções fortes como medo, amor ou vingança.
- James Turner (Shea Whigham): James é o pai de Light, da qual tem um relacionamento conflitivo recorrente do que aconteceu com sua esposa (mãe de light). James também é o chefe de policia de Seattle, e um homem honrado e compromissado com a justiça, e o único que não se sente confortável com a presença de Kira, uma vez que todos aceitaram de braços abertos um ''salvador'' da pátria.
- Mia Sutton (Margaret Qualley): Mia é uma líder de torcida, mas que diferente das visões estereotipadas, ela não é arrogante, extremamente sociável e vaidosa, mas sim uma garota ''diferente'', sim, Mia Sutton é uma garota de olhar amplo, que defende os fracos e tem motivações melhores para ser a portadora do caderno. Eventualmente Mia acaba se tornando a namorada de Light e é obcecada pelo Death Note, parecendo até que ela usa Light para ter suas vontades concretizadas.
- L (Keith Stanfield): L é o maior detetive do mundo e uma pessoa misteriosa que não mede esforços para desmascarar Light como Kira. Infelizmente é o personagem mais cagado do filme (explicações mais adiante).
- Ryuk (Willem Dafoe): O shinigami portador do Death Note. Diferente de sua versão do anime, aqui Ryuk é ameaçador, sádico e manipulador, muito embora tenha dado algumas colheres de chá para Light para que ele pudesse abandonar tudo enquanto as coisas não progredissem ao nível que chegaram.
- Wasabi (Paul Nakauchi): Wasabi é o porta-voz de L para o mundo, além de ser uma figura paterna para o mesmo e seu braço direito.
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Entre outros...
Universo do Filme
Primeiramente eu tenho que dizer que eu estava errado, o
filme não é tão ruim...Isto é, quando olhado de forma individual, sem enxergar
que ele é produto de uma obra original, uma vez que negamos isso, o filme
parece ter uma primícia interessante.
Só que, se lembrarem direito, eu não quebrei a cara, o filme
comete muitas atrocidades durante o decorrer da história, a diferença é que se
comparado com Dragon Ball Evolution (Outro câncer) o filme se torna uma pérola
mal compreendida.
Eu falo isso pois muitas pessoas que defendem a qualidade
duvidosa desse filme (Pois afinal gosto é gosto) desconhecem a obra original,
assim sendo eles não tem o mangá ou o anime como um parâmetro para ser seguido.
Antes de dar progresso ao que quero falar, é preciso
agradecer ao pessoal que ficou ''de piti'' na internet, pois acabaram servindo
de propaganda para o filme, bem como aquele ditado que diz: ''Falem bem ou
falem mal, mas falem de mim''.
-Mas Matteus por que o filme é tão ruim? Foi culpa dos
atores? -Eu já chego lá.
Primeiro precisamos separar o trigo do joio e ver o que é
bom (Ou que traz frescor a obra) e o que é ruim.
Pontos fortes
1°: A história segue sua própria origem:
Sei que pode parecer confuso pelo título dado, mas segue o
raciocínio: Diante de toda a informação contida na obra original, o pessoal
decidiu inovar e tentaram ser originais, isso foi uma faca de dois gumes, mas
já chego a parte ruim. O que quero dizer é que achei interessante a história de
origem de Light, além da personalidade de Ryuk.
Se formos parar para pensar, o filme deu uma cara nova a
personagens já conceituados, tentaram humanizar mais eles, dando mais roteiro:
histórias de trauma, defeitos e até fraquezas, desse modo, sim, eu acho que foi
um ponto forte.
2°: Os efeitos especiais:
Que o diabo me carregue, mas que efeitos fodas, digo, o que
mais impressiona em relação a todo o figurino é sem dúvidas o Ryuk, a criatura
transparece inúmeras características visuais que nos lembram do shinigami
brincalhão, ao mesmo tempo que carrega um estigma ameaçador, com uma boca
estampando um sorriso largo e cheio de dentes afiados.
3° :A violência Gráfica:
Juntamente do item ''2'', temos a presença de violência
gráfica, que ao meu ver é um ponto mais positivo do que negativo. Veja bem, em toda
a obra original, ocorreram mortes dos tipos mais variados e destrutivos, gente
sendo atropelada, fuzilada, pulando de arranha-céus entre outras formas
criativas de se alegar psicopatia. Na adaptação em filme deixaram as coisas
mais explicitas, com pessoas morrendo, sangrando, explodindo entre outras
características (O filme trouxe muito detalhismo para essas cenas), parecendo
cenas tiradas da saga premonição. Já um adendo: Se você caiu nesse artigo sem
ter visto o filme e for uma pessoa impressionável, não sei se ele é
recomendável para você, para fins de conhecimento da obra, eu te indico o mangá
e o anime, que você pode acompanhar online pela internet, incluso, tem um link
para assistir o anime de Death Note no meu artigo sobre o anime.
4°: A atuação:
Uma das teclas que eu mais bati é que o elenco era formado
por novatos na carreira teatral/cinematográfica e isso podia machucar o
resultado final ou até causar um mau estar para os mais cinéfilos entre os fãs
de obras adaptadas. De longe, as atuações mais impressionantes são as de Willem
Dafoe (Como Ryuk), Shea Whigham (Como James Turner) e acreditem se quiserem,
Keith Stanfield (Como L). Esses personagens souberam se expressar muito bem
diante da ''realidade dos eventos'' (Atenção a parte com grifo-aspas, ela é de
importante compreensão do que estou falando, pois falo dos eventos do FILME,
não da transcrição da obra original para as telonas).
Pontos Fracos
1°: Personagens principais desinteressantes:
Deus do céu, a partir de agora começa a latrina. Digam o que
quiserem, mas em uma obra, indiferente de estilo ou gênero, o desenvolvimento
principal deve vir por parte dos protagonistas. Tendo isso em mente, eu tenho
que falar que esse Light Turner me da asco, se falar dessa Mia então vou parar
em um hospital. Light Turner parece um fracassado que deram posse de algo
importante demais para ser cuidado, dai (Barulho de peido*) Acontece que Light
Turner é uma figura totalmente oposta da personalidade de Light Yagami. Yagami
era manipulador, estrategista, cauteloso e frio. Aqui nós temos a vista um
personagem de mente fraca, burro, descuidado e movido por emoções, que não
bastasse ser uma piada ambulante que vive fazendo caras e bocas.
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Esse é o Seu novo Deus a partir de agora, não é uma figura
ameaçadora e imponente?
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Ele ainda coloca tudo a perder mais de uma vez, tudo porque
é movido pelos sentimentos e por ser mente fraca, acaba sendo usado por Mia
umas duas vezes e quase se ferra o tempo inteiro, sendo o próprio culpado por L
chegar tão perto a principio.
2°: A péssima direção:
Como eu disse mais acima, a atuação dos personagens está
boa, mas se os atores fizeram o seu dever de casa, por outro lado o diretor
desse filme, Adam Wingard cagou e andou pra isso. Aqui presenciamos personagens
com personalidades diametralmente opostas a de seus respectivos papéis, como
por exemplo L, que começa sendo um detetive que é sempre dito como inabalável e
astuto e mais pro final do filme se torna agressivo, inconsequente de seus atos
e louco. Light já falei então não preciso repetir. Mia é inspirada em Misa
Amane, a loirinha gótica que segue Yagami para cima e para baixo e que não se
importa em ser usada como ferramenta para que Kira alcance seus objetivos.
Aqui, a mesma personagem apresenta motivações mais fortes do que o personagem
principal, fora o fato de ter uma história mais concreta e ter as
características pessoais que mais coincidem com Yagami do que o próprio Light
Turne, mais parece que fizeram uma troca de papéis.
3° :A falta de identidade:
Uma coisa que me incomoda nesse filme é o fato dele não
saber que rumo ele deseja trilhar. No começo seu ritmo é lento e de certa forma
semelhante a pegada do anime, no decorrer ele adota uma mescla de gore
(Violência explicita) junto com uma pegada de suspense conspiratório, lá pra
metade do filme ele se torna investigação e mais pro final do filme ele se
torna ação frenética. O que você quer ser Death Note?
Adaptação
Falando com meu cunhado a respeito do que ele achava do
filme, ele respondeu mais ou menos assim: ''O filme seria o que teria
acontecido se o Death note tivesse caído nos Estados Unidos''.
Por um lado, essa afirmação faz sentido, pois afinal, dos
Estados Unidos pro Japão a uma diferença absurda de costumes e visões sobre um
determinado assunto, é de se esperar que as pessoas nos E.U.A não
compartilhariam das mesmas visões que o povo nipônico.
Por outro lado...O filme pecou em tentar adaptar uma história
de forma ''original e desprendida'' da obra canônica, pois utilizou a mesma
primícia e os mesmos personagens.
Esse filme se vende pela ideia central: Um jovem que pensa
em mudar o mundo usando de um caderno para matar a todos os malfeitores que ele
tiver ciência de sua existência, mas esta muito longe da ideia original.
Eu acho que o que fez esse filme ficar estranho foi o fato
do diretor não saber aonde ele gostaria de atingir quando o tema foi publico
alvo, ele queria focar nos fãs ou em um publico novo?
Bem, os fãs (Ou a enorme maioria deles) detestou esse filme
desde sua época de produção pelas inúmeras ideias propostas que culminaram em
seu fracasso de crítica. Por outro lado, esse filme abriu as portas de um anime
''underground'' para um publico geral que não é assinante de carteirinha no
meio otaku e nem vê como hobbie acompanhar semanalmente obras vindas do mercado
de animação japonês.
Agora, o pessoal trabalhando no filme mais parecia um vesgo,
eles tentaram encaixar em um filme duas ideias que não casaram bem, que foram
''Ser fiel demais ao anime (Como manter o nome dos personagens) e ''Ter
sua identidade própria'' (Como mudar todo o resto), o resultado disso foram
diversos choques entre as duas ideias gerando assim uma história confusa e
fraca, mas mesmo assim conseguiram bater a meta, pois era chamativa para o
publico novo.
O filme estava sendo produzido desde 2015, não é possível
que nesse tempo todo durante o set de filmagens ninguém reparou que a história
estava cada vez mais se distanciando da ideia central. Outro grave problema no
filme são infodumps (Informação inútil em excesso). Vou citar um exemplo:
Quando Light começa a se interessar pela coisa de ser um ceifador de vidas,
vulgo, ''Deus do novo mundo'', Ryuk explicar para ele algumas regras, dando a
entender que certas mortes só poderiam ocorrer em tais condições, e seria
preciso andar na linha. O problema é que temos acesso a umas 20 regras e
somente são lembradas/trabalhadas umas 4, ou seja ficou algo no ar, como se
desse a entender que o foco do anime ainda iria ser voltado ao uso do Death
Note.
Outra coisa que eu gostaria de reclamar foi mediante o nome
''KIRA'':
No filme é explicado que ''Kira'' vem de ''Iluminado'' em
celta e em russo (Acho) enquanto no Japão a tradução se daria por assassino.
Já no anime, o surgimento do nome não se deu do próprio
Light, e sua origem era americana, pois fazia alegoria a palavra ''Killer''
(Assassino).
Pois bem, eu poderia passar horas divagando sobre como o
filme faz bem em alguns pontos e erra em outros.
Minha Opinião
Pois então, se fossemos resumir tudo o que eu falei e
fossemos dar o veredito final, esse filme se paga? A resposta pode ser dada
tanto aqui, quanto nessa crítica que
achei quando estava procurando imagens para ilustrar meu artigo.
Sendo curto e direto: O filme é ''legalzinho'', tem ótimas
cenas e atuações excelentes, mas é mal finalizado e não chega no dedão do pé da
obra original.
E vamos ficar de olhos abertos, pois este filme terminou com
um cliffhanger (Por mais mal trabalhado que ele tenha terminado, deu margem
para muitas interpretações, e se tem continuação quer dizer que uma das
hipóteses não aconteceu, ou seja, inútil) e é possivel que venham a inserir a
outra parte da história, talvez tenhamos o amadurecimento de Light Turner e o
surgimento da dupla Near e Mello...só espero que melhorem a direção do filme e
costurem algumas pontas soltas...
Enfim, isso era tudo o que eu tinha a dizer sobre o filme,
espero que tenham gostado, se tiverem sugestões ou críticas, favor mandar para
o meu Twitter ou
escrever aqui nos comentários.
Nos vemos na próxima vez, até mais e tchau.
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